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O Sistema Cardiovascular

Por:   •  3/7/2016  •  Relatório de pesquisa  •  2.494 Palavras (10 Páginas)  •  214 Visualizações

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O sistema cardiovascular é um dos principais sistemas responsáveis pela homeostasia corporal, pois a nutrição e a remoção de escória (resíduos metabólicos) dos tecidos orgânicos são mantidas por ele através de um suprimento sanguíneo adequado (BERNE et al., 2004).

Segundo Berne e colaboradores (2004), é um sistema composto por uma bomba propulsora de sangue, chamada de coração e pelos vasos sanguíneos. O coração é dividido em duas bombas em série, composta de um átrio e um ventrículo cada, sendo estes capazes de distribuir o sangue para o pulmão (circulação pulmonar) e para os demais órgãos corporais (circulação sistêmica). Essas duas circulações acontecem em uma única direção, devido à existência de estruturas formadas de tecido conjuntivo denominadas de valvas cardíacas. Estas, por sua vez, estão localizadas entre as câmaras cardíacas (valvas atrioventriculares), e dentro das artérias pulmonar e aórtica em relação aos ventrículos direito e esquerdo (valvas de semilunares), respectivamente.

O fluxo de sangue que é ejetado do coração em um adulto saudável é aproximadamente de 5 l/min, e é resultante da soma dos volumes ejetados durante a sístole ventricular (momento em que o músculo cardíaco contrai) que acontece de forma intermitente de acordo com os eventos conhecido como ciclo cardíaco. Este fluxo é suficiente para nutrir os sistemas corporais em condições de repouso, sendo necessário que o sangue passe por um circuito de tubos denominados de vasos sanguíneos (BERNE et al., 2004; NETTER, 2004).

Os vasos sanguíneos são formados por três camadas de tecidos distintas: camada adventícia, camada média e camada íntima. A camada adventícia é a mais externa e mais forte das três, sendo composta de tecido conjuntivo denso, mas rico em componentes celulares como fibroblastos e macrófagos. A túnica média é a mais espessa formada principalmente de tecido muscular, além de elastina e colágeno. A camada íntima é constituída por uma única camada de células, o endotélio e suas fibras elásticas elas recobrem a luz do vaso, tendo contato direto com o fluxo sanguíneo, encontrase dispostas longitudinalmente e imersas em substâncias intracelular amorfa (BERNE et al., 2004)

A aorta é a principal artéria conectada ao ventrículo esquerdo. A partir dela surgem as outras artérias do corpo humano. É o primeiro vaso a receber o sangue, recém ejetado e com a maior quantidade de oxigênio alcançada após a recente passagem pela circulação pulmonar. O fluxo sanguíneo dentro da aorta, em decorrência a sua retração elástica, torna-se mais contínuo sendo, também, responsável pela pressão diastólica e pelo fechamento da válvula aórtica o que impede o retorno do sangue para a cavidade ventricular. Em uma região chamada de leito mesentérico, a aorta começa a se ramificar para dar origem às médias (artérias distribuidoras), pequenas artérias e as arteríolas que oferecem maior resistência ao fluxo sanguíneo.

O próximo caminho percorrido pelo sangue até chegar aos tecidos alvos são os capilares. Estes tubos, de pequena espessura, são responsáveis pela irrigação dos tecidos propriamente dita. Em conseqüência a sua estrutura, os capilares proporcionam uma baixa velocidade ao fluxo sanguíneo.

Após as trocas homeostáticas impulsionadas pelos gradientes químicos e pelas forças de Starling o sangue retorna ao coração passando pelas vênulas até chegar às veias de maiores calibres (conhecidas por apresentarem maior capacitância) as quais desembocam no átrio direito. As veias e vênulas são estruturas de baixa pressão hidrostática e possuem válvulas que direcionam o fluxo sanguíneo até seu destino, o átrio direito (BERNE et al., 2004; NETTER, 2004).

Como se pode perceber há uma mudança na constituição das estruturas vasculares, conforme estes vasos se afastam da bomba propulsora, são submissos ao controle do sistema nervoso central e local, além de sofrerem interferências diretas de hormônios, nervos autonômicos, e de uma variedade de drogas (BERNE et al., 2004). O controle local acontece em decorrência à presença do músculo liso vascular (MLV) que dá aos vasos sanguíneos a capacidade de alterar seu diâmetro conforme a necessidade corporal.

Cabe ressaltar que este sistema de vasos sanguíneos e seus controles são fundamentais para o controle da pressão arterial média e esta para a homeostasia.

1.4.2 Regulação da pressão arterial

Pressão arterial, conforme detalhado por Berne e colaboradores (2004), é a força que o fluxo sanguíneo exerce sobre as paredes dos vasos sanguíneos. Para tentar manter a pressão em seus níveis fisiológicos o organismo faz uso de diversos mecanismos que serão descritos a seguir.

O equilíbrio da pressão arterial média (PAM) é mantido pela regulação permanente entre o débito cardíaco e a resistência vascular periférica (KATZUNG, 2003). Esta regulação deve ocorrer em faixas temporais diferentes, ou seja, respostas orgânicas acontecem em diferentes tempos (curto, médio e longo prazos) que se unem para ajustar os níveis pressóricos (GUYTON, 2006).

Os barorreceptores são responsáveis pelas respostas rápidas (reflexos) às variações de pressão. Eles estão localizados em pontos estratégicos (devido sua alta irrigação sanguínea), precisamente no arco aórtico e seio carotídeo. São estruturas sensíveis às eventuais alterações na pressão. (BERNE, et al., 2004 e GUYTON, 2006). Quando estes receptores especiais são estimulados, os impulsos originados neles são emitidos até o núcleo do trato solitário, no bulbo, cuja estimulação provoca redução da PAM através do sistema nervoso autônomo. Como por exemplo, em casos de aumento da PAM, a frequência de impulsos nervosos emitidos pelos barorreceptores, será maior e causará, por conseguinte, vasodilatação, inibição cardíaca e redução da pressão arterial (BERNE, et al., 2004).

Em médio prazo, tem-se como principal evento a liberação de renina pelas células justaglomerulares dos rins. Esta enzima chega à circulação e catalisa a quebra do angiotensinogênio, que é produzido no fígado, em angiotensina I, que, por sua vez, através da lise de sua molécula pela enzima conversora de angiotensina, forma um potente vasoconstritor denominado de angiotensina II (BERNE, et al., 2004 e GUYTON,2006). Este sistema reninaangiotensina é normalmente acionado quando há redução dos níveis pressóricos e reforça as ações do barorreflexo.

Convém salientar que os vãos sanguíneos que ajudam a

controlar os níveis pressóricos o fazem através do mecanismo conhecido

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