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Reinterpretando Indisciplina Escolar

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Por:   •  6/9/2014  •  641 Palavras (3 Páginas)  •  436 Visualizações

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INTRODUÇÃO

No século XX a escola era tradicional, Freud nessa época achava os professores como militares, os alunos não tinham liberdades, e Freud não concordava com a repressão.

Conta um historia de uma psicóloga que foi convidada para uma escola, fazendo ligações com a psicanálise.

REINTERPRETANDO A INDISCIPLINA ESCOLAR

Convocada como psicólogo por uma escola publica d primeiro grau as voltas com problemas de indisciplina, Cintia Freller compareceu com instrumentos profissionais radicalmente diferentes tradicionais.

Não levou testes de inteligência e de personalidade e de personalidade, não produziu laudos que estigmatizam e justificam escola de baixa qualidade numa ordem social e injusta, não participou da lógica que faz da ciência recurso supostamente neutro de decisões a respeito da inclusão escolar de crianças e adolescentes.

Não quis “curá-las”, ou seja, torná-las submissas a uma realidade escolar inquestionada, muito menos fazer um discutível trabalho preventivo, em busca de detecção precoce dos supostamente predispostos à transgressão das normas sociais, à moda dos higienistas do começo do século XX brasileiro.

O que ela fez foi, em colaboração com todos os diretamente envolvidos na produção da “indisciplina escolar”, facultar uma outra leitura das atitudes e comportamentos que estavam sendo considerados pelos educadores como atos condenáveis de desobediência dos alunos.

Para fazê-lo, o ponto de partida teórico que orientou o seu olhar foi inteiramente outro: Freller superou visão naturalizada de homem e de sociedade que orienta os psicólogos que exercem as práticas acima descritas, inscientes de que elas estão fundadas em teorias cujas bases devem conhecer, se quiserem exercer a profissão com compromissos humanos- genérico ou como colaboradores na desconstrução da barbárie do mundo.

Toda a critica filosófica desenvolvida no século XX à concepção tradicional de ciência esta ai à disposição dos psicólogos que quiserem pensar o corpo teórico da Psicologia, em vez de reduzi-la a técnica incontestável.

Nesse estudo ela se move da aparente irracionalidade de um único indivíduo “indisciplinado”, a irracionalidade da escola é situada no contexto de suas redes circundantes, que devem ser vistas no contexto de organizações e instituições ainda mais amplas. Ela sabe também que essas esferas maiores não existem “lá fora”, num espaço social periférico à psique, mas estão nos interstícios de tudo o que incluem.

Cíntia Freller pôde desvelar o que há de saudável na maioria dos atos escolares tidos como “indisciplinados”, o que existe de compreensível nos que partem para franca violência – sejam eles alunos ou professores, vistos como portadores de insuficiências, de patologias de personalidade e de defeitos morais sempre que resistem ao instituído que os cerceia.

A partir da leitura da psicanálise feita por Winnicott – como pessoas, como sujeitos desejantes que resistem à “mais repressão” (nos termos de Marcuse) necessárias à realização dos interesses da classe social que detém o poder econômico, político e cultural. Essa releitura da psicanálise à luz de saberes sociológicos

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