Reabilitação psicomotora do idoso

Marco Aurélio

O trabalho funcional e a reabilitação psicomotora no idoso.

RESENHA

O envelhecimento é um processo natural e inevitável e por essa razão precisamos estar preparados e conscientes que no futuro também seremos idosos. A população de idosos vem aumentando consideravelmente em nossa sociedade e o mais importante é que esse processo vem acontecendo com uma melhor qualidade de vida e também de saúde. Por intermédio dos meios de comunicação, as pessoas são mais conscientes sobre a importância de obter bons hábitos e cuidados com a saúde e o corpo, por essa razão o tempo de vida do idoso aumentou e com melhor qualidade de saúde.  

Em nossa sociedade o idoso vem se destacando não só pela longevidade, mas também pela qualidade da saúde, mesmo dispondo de certas limitações ele se tornou mais independente. Sabe-se que na maioria dos casos a limitação e a dependência está relacionada a algum tipo de patologia relacionada ao envelhecimento. Para Cássia Ribeiro de Carvalho Silva (2011) devemos utilizar o método de avaliação funcional para avaliarmos o grau de dependência que o idoso apresenta.

Um idoso independente na maioria das vezes participa ativamente na vida econômica e social, tem capacidade de decidir o que quer fazer com seus recursos sem a intervenção de terceiros. Já a dependência não é algo permanente, ela pode ser modificada, prevenida e até mesmo reduzida de acordo com o trabalho a ser aplicado, adequando o ambiente às limitações irreversíveis com o intuito de tornar o indivíduo mais auto-suficiente.

Muitas doenças estão associadas ao envelhecimento, onde se pode destacar as doenças crônico-degenerativas, diabetes e a hipertensão arterial e a dependência motora que também afeta a qualidade de vida do idoso tornando-o mais limitado e dependente. A osteoporose, osteoartrite e artrite são uma das doenças relacionadas ao desequilíbrio e limitações articulares.

A partir dos 80 anos ocorre uma diminuição força muscular, alterações na marcha perda de agilidade, deficiência no controle postural, deficiência de visão e audição, enfim várias enfermidades que podem causar vários acidentes relacionados a queda. A dependência neuromotora é um dos problemas que mais afeta a qualidade de vida dos idosos, devido a redução da agilidade, da coordenação, diminuição do equilíbrio, aumento da rigidez, entre outras.

A doença de Alzheimer é considerada uma das mais comuns demência no idoso, trata-se de uma doença degenerativa progressiva que compromete a autonomia dos pacientes. O diabetes resulta do mau funcionamento na secreção de insulina sendo classificado em tipos que são, tipo I e o tipo II. O tipo I é o mais comum, e geralmente incide nos indivíduos acima dos 60 anos. O tipo II é uma situação clínica frequente que acomete indivíduos na faixa etária ente 30 a 69 anos. O mau funcionamento da capacidade funcional reflete na autonomia do idoso, para realizar tarefas devido às doenças que leva o indivíduo a perder força, coordenação, flexibilidade, agilidade e equilíbrio tornando-o dependente.

A prática de atividades físicas e de hábitos saudáveis favorece o indivíduo a recuperar a sua independência total ou parcial e melhorar a sua autoestima. Silva (2011) destaca que o treinamento funcional tem como objetivo deixar o corpo preparado para os desgastes e funções do dia a dia trabalha as seguintes habilidades, locomotora, estabilização, manipulação e a de consciência de movimento, competindo ao profissional especializado avaliar o exercício compatível com individualidade biológica de cada idoso.

O fortalecimento da musculatura estabilizadora fortalece o indivíduo gerando um equilíbrio progressivo, aumenta a eficiência dos movimentos, evita o aparecimento das lesões musculares, articulares ou de ligamentos. Já o treinamento de isometria favorece o ganho de resistência e estabilidade. Os exercícios específicos para Atividades Diária favorecem ao sistema muscular o recrutamento de fibras adequadas, aumentando a capacidade funcional do indivíduo e melhora seu desempenho. Existem vários recursos para realização de tais atividades como, bolas, elásticos, cabos, instáveis, entre outros.

Os idosos podem se beneficiar de exercícios físicos como, caminhada, treinamento de força, hidroginástica que podem aumentar os níveis de força, de resistência e de equilíbrio, prolongando sua independência funcional. Os exercícios físicos para idoso devem ser frequentes de preferência todos os dias com duração entre 30 a 90 minutos e os mais indicados são, aeróbicos, força muscular, de flexibilidade e equilíbrio.

A avaliação funcional geralmente é feita por intermédio de testes, entrevistas, revisão de prontuário ou por observação que servem para fornecer informações sobre o perfil do idoso e tem a finalidade de melhorar ou retardar as incapacidades causadas pelo envelhecimento. Os critérios que são observados durante a avaliação funcional são baseados nas seguintes subdivisões: