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Resenha Crítica: A Classe Operária Vai Ao Paraíso

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Por:   •  6/3/2014  •  728 Palavras (3 Páginas)  •  13.244 Visualizações

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Resenha Crítica do Filme Italiano: “A classe operária vai ao paraíso”, que recebeu a Palme de Ouro em Cannes, em 1972.

O filme conta a história de um operário metalúrgico, Lulu Massa, que se dedica integralmente ao trabalho, cumprindo cotas e metas da empresa. Sendo um operário-padrão, não é bem quisto pelos companheiros. Durante o filme é retratado o cotidiano das fábricas dos anos 70, onde a mão-de-obra operária era desvalorizada e o salário muito injusto em relação ao trabalho.

Quando Lulu sofre um acidente de trabalho e perde um dedo, ele começa a questionar toda a dedicação que ele depositou na empresa, passando a apoiar greves sindicais e confrontar a chefia. Num desses movimentos, Lulu é demitido. A situação fica muito complicada, principalmente em relação a sua mulher, que vê a demissão como uma futura privação dos bens tão essenciais para uma vida confortável.

Lulu, então começa a perceber como era manipulado, e como não tinha controle sobre sua vida. A falta de um emprego gera uma falta do principal meio de aquisição dos bens essenciais e também dos supérfluos, mas que tem imensa importância na vida das pessoas. O dinheiro significa status, conforto, enfim, poder sobre sua própria vida, porque a sociedade ensina que as pessoas precisam consumir, para alcançarem a felicidade.

No final, o sindicato consegue fazer um acordo com a empresa, conseguindo até a revisão das metas pela empresa, e a readmissão de Lulu. Mas agora Lulu mudou, ganhou uma maior consciência, uma visão de sua situação de dependência pela fábrica, mas também a integração com seus companheiros.

A relação trabalho-homem foi mudando com a evolução da humanidade. Inicialmente, o homem trabalhava para sua subsistência e de sua família. Com o mercantilismo, as grandes navegações, revolução francesa, e finalmente a revolução industrial, o trabalho foi ganhando uma nova função: a de acumular riqueza. O capitalismo surgiu como uma nova maneira de organização da sociedade, onde as pessoas deveriam trabalhar para conseguir riqueza, e consumir bens.

A socialização fez com que o consumo e o trabalho tivessem uma importância tal, que gerou uma sociedade frustrada, que raramente consegue obter todas as coisas materiais que quer. A humanidade tem sempre a sensação que tem que trabalhar, mas não é feliz porque sempre quer mais.

A soma de trabalho para gerar riqueza, consumo e sociedade podem ser identificados como as causas das grandes guerras que envolvem nações e também a degradação do meio ambiente que acontece diariamente em função de se produzir para gerar bens, para atender às demandas dos seres humanos, sem se pensar nas gerações futuras.

Nos tempos atuais, percebemos que a própria sociedade em que vivemos nos direciona para conseguirmos ingressar no mercado de trabalho, sempre com a visão de um bom emprego, para que possamos consumir tudo o que pudermos imaginar. A ideia é de que se tivermos o emprego ideal, poderemos comprar o que quisermos, desde produtos materiais, até o status e a posição social que o bom emprego nos proporcionará. Esse direcionamento das pessoas é típico do sistema capitalista, porque para que ele exista, é necessária a divisão de classes, é necessária a grande massa de pessoas que trabalha com o sonho de ter seu paraíso, que nada mais é do

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