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Resenha Raízes sociais e ideológicas do lulismo

Por:   •  23/11/2017  •  Resenha  •  2.777 Palavras (12 Páginas)  •  791 Visualizações

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Centro de letras e ciências humANAS

DEPARTAMENTO DE CINÊNCIAS sociais

Reis. M. L.

RESENHAS: “RAIZES SOCIAIS E IDEOLÓGICAS DO LULISMO” E “AS BASES DO LULISMO: A VOLTA DO PERSONALISMO,REALINHAMENTO IDEOLÓGICO OU NÃO ALINHAMENTO?”

Londrina 2017[pic 2]


Reis. M. L.

 

RESENHAS: “RAIZES SOCIAIS E IDEOLÓGICAS DO LULISMO” E “AS BASES DO LULISMO: A VOLTA DO PERSONALISMO,REALINHAMENTO IDEOLÓGICO OU NÃO ALINHAMENTO?”

Trabalho apresentado a disciplina de Teoria e Método em Ciência Politica, no primeiro semestre de 2017, como requisito parcial para o cumprimemto das atividades propostas com vistas à aprovação no curso ministrado pelo Prof. Cleber da Silva Lopes, apresentado ao Departamento de Ciencias Sociais da Universidade  Estadual de Londrina.

Londrina

      2017


SINGER, A.  “Raízes Sociais e Ideológicas do Lulismo”. Novos Estudos, n.85, nov. 2009 [p. 1-20]. Também disponível em: SINGER, A. Os Sentidos do Lulismo: reforma gradual e pacto conservador. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.

André Vitor Singer é graduado em Ciências Sociais (1980) e em Jornalismo pela Universidade de São Paulo (1986). É mestre (1993), doutor (1998) e livre-docente (2011) em Ciência Política pela USP. Atua como professor Titular do Departamento de Ciência Política (DCP) da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP). Foi secretário de Redação da Folha de S. Paulo (1987-88), Porta-voz da Presidência da República – Lula - (2003-2007) e secretário de Imprensa da Presidência da República (2005-2007). Foi coordenador e é pesquisador do Centro de Estudos dos Direitos da Cidadania (Cenedic-FFLCH/USP). Tem experiência em Comportamento Eleitoral, Teoria Política Moderna e Classes Sociais na Política Brasileira Contemporânea, atuando nas áreas de comportamento político, problemas da democracia e análise de classe do Brasil. Além de ser colunista da Folha de S. Paulo. (informações contidas no lattes que foram informadas pelo autor)[1].

O conteúdo abordado nesta resenha trata-se do capitulo “Raízes Sociais e Ideológicas do Lulismo” elaborado por André Vitor Singer, disponível no livro Os Sentidos do Lulismo: reforma gradual e pacto conservador. Singer parte da abordagem teórica de Marx utilizada no 18 Brumário, ele faz uso de estatística descritiva para estruturar sua análise. Em sua análise busca compreender as mudanças ocorridas entre 2002-2006 que acarretaram no “realinhamento” do eleitorado de Lula. Seu objetivo é tentar compreender de que forma ocorreu esse realinhamento. Sua hipótese para tal “realinhamento” sugere que o subproletariado (conceito de Marx em 18 Brumário), que anteriormente nas primeiras eleições a qual se candidatou estava distante de Lula, acabaram ´por aderir sua candidatura após o ano de 2002 ao mesmo tempo em que as classes medias se afastaram. O ponto principal de sua hipótese está na emergência do Lulismo como representação de uma “fração de classe” que, embora majoritária, não consegue edificar suas bases, construindo desde baixo suas próprias formas de organização.

O autor coloca que, com o escândalo do mensalão, o governo perdeu parcela importante do suporte das classes médias que trazia consigo desde 2002, devido ao “grande cero político” e midiático a qual foi envolvido, fazendo com que esses voltassem seu apoio para a oposição nas eleições seguintes (2006).

Enquanto o governo Lula sofria uma oposição muito grande perante os mais ricos, entre aqueles com rendas inferiores a 5 salários havia um sentimento de satisfação com o primeiro mandato desse governo, principalmente para aqueles que não tinham visibilidade, o que o autor chamou de subproletariado. De acordo com Singer, foram esses eleitores do subproletariado, principalmente aqueles com baixíssima renda, que elegeram lula nas eleições de 2006, enquanto Alckmin contou com os votos dos mais ricos e parte dos eleitores da classe média baixa.  

Levando em consideração o que foi posto, percebesse de acordo com o autor, uma mudança no eleitorado de Lula, pois os mesmos eleitores que o elegeu em 2006 (o subproletariado), foram os mesmo que o derrotou em eleições concorridas por ele anteriormente, tendo em vista que esse eleitorado, nas eleições anteriores, estavam alinhados com a direita, pois esses priorizavam a ordem e hostilizavam as greves (sindicatos) e Lula representava o oposto desta “ordem”, haja vista que era considerado como símbolo de tais greves.  Ou seja, os mais pobres se colocavam de forma hostil perante as greves, pois as pessoas de camadas mais baixas tinham medo de pôr a ordem em risco. O que acarretou, nesse período, uma adesão intuitiva a direita por parte dessas camadas mais baixas, que acabavam se identificando como de “direita” por entender o termo como sendo aquilo que é direito/correto.

O autor utiliza o modelo teórico do 18 Brumário de Luís Bonaparte onde essas classes acabam tendo a necessidade de ser organizada como “ator politico desde o alto”, pois essas classes ou “frações de classe” possuem dificuldades de se organizarem sozinhas. E tendo em vista que essas não conseguem se representar sozinhas, veem-se necessário que as representem. Surgindo essa representação de cima para baixo, sem uma auto-organização (barulhenta). E para que haja uma organização dessas “frações” de classe é preciso uma ação direta do Estado para que isso ocorra.

O autor se pergunta por que o subproletariado adere a Lula somente depois de 2002? Em resposta a essa pergunta, segundo ele, foram vários os fatores dentro de seu primeiro governo que influenciaram essa “mudança” por parte dos eleitores. O autor apresenta a explicação proposta por Coimbra, que de acordo com esse autor, esse segmento da sociedade e/ou essas “frações de classe” sentiu seu poder de consumo e produtos tanto como tradicionais, como novos aumentar (comida, roupa, eletrodoméstico, passagens aéreas etc.), influenciando positivamente na avaliação do governo por parte desses seguimentos.

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