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Resenha Texto: Sexualidade e Gênero na Medicina

Por:   •  21/10/2019  •  Resenha  •  760 Palavras (4 Páginas)  •  142 Visualizações

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Resenha Texto: Sexualidade e gênero na medicina.

             O artigo “Sexualidade e gênero na medicina” aborda a necessidade de se considerar em que medida sexo, gênero e sexualidade são aspectos que intervêm de forma fundamental na prática e no conhecimento médico. Primeiramente precisa-se esclarecer a diferença entre essas três categorias. O sexo costuma ser associado com uma determinação biológica. O gênero se refere a tudo que é socialmente atribuído por cada sociedade a cada um dos sexos. E a sexualidade se refere à consideração das variadas formas de expressão e manifestação do desejo sexual. Tais fatores explícita ou implicitamente fazem parte da elaboração do saber médico.

             Estudos têm evidenciado como as diferenças de gêneros levam a comportamentos diferenciados e determinadas percepções por parte dos médicos em relação aos pacientes e vice-versa. Como por exemplo, os pacientes tendem a achar as médicas mais “humanas” e atenciosas. A respeito desse conhecimento médico temos dois fenômenos, um que se refere a como as concepções de gênero e sexualidade têm influenciado na produção de conhecimento médico e outro de como a medicina contribui efetivamente para as noções de gênero e sexualidade que empregamos hoje em dia. E o interesse por tais assuntos se deu, inicialmente, por conta da preocupação com a reprodução, associando sempre a mulher como principal para esse fenômeno.

Os Fragmentos do interesse médico sobre a mulher e a reprodução se dá pois nem todas as sociedades atribuíram a mesma importância e significação ao corpo feminino mas que, em geral, todas encaram o corpo feminino como peça central para a reprodução humana, e só por conta disso, a mulher se torna digna de seus cuidados. Nota-se também a distinção entre as concepções de cada gênero, como a crença de que os fetos masculinos seriam mais bem formados e mais resistentes enquanto os femininos demorariam mais para se formar e seriam mais “moles”. 

Visto isso, Aristóteles inaugura a tese da mulher como vaso receptor da semente masculina pois a mesma não seria capaz de produzir uma semente como o esperma. Completando que com o nascimento de uma menina é demonstrado que o embrião não fora suficientemente preparado e nutrido, e com o de um menino é demonstrado um signo da perfeição. Além disso, os médicos preocupados em estudar o corpo da mulher tinha ainda um grande obstáculo: a falta de acesso, o corpo feminino era um interdito pois as práticas obstétricas ainda estavam na mão das mulheres. 

No século XVI o tema do papel da mulher na geração ganha uma nova expressão pois a dissecação parece confirmar a teoria dos chamados “testículos” femininos, ou seja, a mulher também tinha uma “semente”, sendo essa ainda considerada inferior à do homem. Também nesse século, a Igreja sempre se preocupou com a atividade da parteira pois ela poderiam denunciar crimes como infanticídio e aborto, certificar a paternidade e até mesmo batizar a criança em casos de risco de vida. Porém, na luta contra o protestantismo, a Igreja e o Estado passaram a suspeitar das parteiras e criou-se a distinção para aquelas que prestam juramento e obediência aos bispos. Em 1609, os médicos homens inauguraram os rudimentos da obstetrícia e ginecologia modernas.

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