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Trabalho Baseado no Fetichismo da Mercadoria

Por:   •  27/5/2019  •  Ensaio  •  851 Palavras (4 Páginas)  •  189 Visualizações

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TRABALHO 2

MARX, Karl. “Capítulo 1 - A Mercadoria”. In. O Capital. Crítica de Economia Política. Coleção Os Economistas. São Paulo: Abril Cultural, 1996, pp. 165-175 e 197-208.

VALOR, VALOR DE USO E VALOR DE TROCA

A princípio, faz-se necessário definir mercadoria para que os outros conceitos façam sentido:

A mercadoria é, antes de tudo, um objeto externo, uma coisa, a qual pelas suas propriedades satisfaz necessidades humanas de qualquer espécie. A natureza dessas necessidades, se elas se originam do estômago ou da fantasia, não altera nada na coisa” (MARX, Karl. O Capital. Crítica de Economia Política. Coleção Os Economistas. São Paulo: Abril Cultural, 1996, pág. 165.)

Para Karl Marx, o valor de uma mercadoria consiste em dois aspectos contraditórios: valor de uso e valor de troca. O valor de uso refere-se à utilidade de um produto em satisfazer necessidades e desejos, conforme permitido por suas propriedades materiais. "O valor de troca aparece inicialmente como relação quantitativa, a proporção na qual valores de uso de um tipo são trocados por valores de uso de outro tipo” (MEDEMA, Steven G., SAMUELS, Warren J. The History of Economic Thought: A Reader. 2ª edição. Londres: Routledge, 2013, pág. 398.); isto é, o valor de troca é baseado no valor de uso de um produto para outros, valor de uso social. Ambos derivam do dispêndio da força de trabalho - usam o valor do aspecto qualitativo do trabalho como transformando matéria inútil em objetos úteis; valor de troca do lado puramente quantitativo e comensurável do trabalho: "trabalho abstrato".

“Como valores de uso, as mercadorias são, antes de mais nada, de diferente qualidade, como valores de troca só podem ser de quantidade diferente, não contendo, portanto, nenhum átomo de valor de uso” (MARX, Karl. O Capital. Crítica de Economia Política. Coleção Os Economistas. São Paulo: Abril Cultural, 1996, pág. 165.)

O FETICHISMO DA MERCADORIA

O fetichismo das mercadorias é a crença coletiva de que é natural e inevitável medir o valor das coisas úteis com o dinheiro. Marx cunhou o termo para zombar de economistas políticos que acreditavam que estudar cuidadosamente os sistemas econômicos acabaria por produzir um conjunto de leis naturais comparáveis àquelas encontradas na física ou na química.

Em um ímpeto racista em O Capital, Marx chega a comparar os economistas políticos de sua época a "pessoas primitivas” que atribuíam poderes mágicos a objetos comuns - pedras, esculturas de madeira, conchas ou, no caso dos economistas, moeda física. Suas teorias, Marx conclui, constituíam pouco mais do que uma crença supersticiosa de que espíritos animais viviam nas mercadorias e moviam os mercados por magia. Marx estava convencido de que a maioria dos economistas não chegam nem perto da realidade econômica por estar sempre fascinados por seu elaborado simbolismo: dinheiro, dívidas, direitos de propriedade, preços e, nos tempos atuais, métodos cada vez mais elaborados para calcular riscos.

Para Marx, as importantes verdades da economia poderiam ser encontradas no processo de produção, nos lugares onde as pessoas realmente trabalhavam e viviam. Desde a máquina da fábrica até as choupanas infestadas de ratos do proletariado urbano, do colapso da vida social rural à distribuição real dos recursos naturais, os aspectos mais importantes da sociedade capitalista foram todos rastreados até a dominação política por um pequeno grupo da classe de proprietários. O que realmente importava na economia, na visão de Marx, era que a classe dominante podia confiar em suas forças militares e policiais para resolver conflitos de propriedade com violência. 

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