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A imprensa durante a proclamação da república

Por:   •  13/11/2019  •  Trabalho acadêmico  •  888 Palavras (4 Páginas)  •  214 Visualizações

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História

A imprensa durante a Proclamação da República

“Viva a República”: esse foi o tema dos principais jornais de 1889 no Brasil. No dia 15 de novembro, Marechal Teodoro da Fonseca, brigadeiro militar, influenciado pelo general da brigada Benjamin Constant, promoveu uma marcha até o Ministério de Guerra, onde declarou o fim do período imperial. Naquela mesma noite assinou o manifesto de Proclamação da República, instaurando um governo provisório.

Muitas classes participaram da Proclamação da República, dentre ela, as que participaram de campanhas abolicionistas, fazendeiros e o exército. Constant deu início à conspiração para a derrubada da monarquia, porém, quem realmente pôs fim ao império foi Marechal Deodoro da Fonseca, figura de maior prestígio no exército. Mesmo sendo amigo de Dom Pedro II, Benjamin Constant conseguiu convencer Marechal Deodoro a prosseguir com o ato do dia 15 de novembro. Apesar de já ser independente de Portugal, o Brasil queria a República. Os jornais brasileiros repercutiram o golpe militar aplicado logo no dia seguinte, seguindo linhas editoriais favoráveis e contrárias à Proclamação da República. 

A imprensa do período monárquico brasileiro (1822-1889) se dividia, basicamente, entre os que eram a favor da manutenção da monarquia e os que defendiam um novo modelo político, a República. Um dos primeiros jornais a defender a implantação desse novo regime foi o “Sentinela da Liberdade”, de Cipriano José Barata de Almeida, em 1817. Na época, Cipriano chegou a ser detido diversas vezes por causa de seu posicionamento.

Em dezembro de 1870 surgiu, no Rio de Janeiro, o jornal “A República”, um periódico criado pelo Partido Republicano Brasileiro. Sua primeira edição teve como principal publicação o “Manifesto Republicano”, texto que expressava os ideais republicanos da época. Esse fato foi o ponto de partida para o surgimento de outros jornais com a mesma linha editorial no país. Na década de 1870, existiam 74 jornais que faziam parte da chamada Imprensa Republicana.

Em 15 de novembro de 1889, a monarquia sofreu um golpe militar aplicado pelo Marechal Teodoro da Fonseca, que resultou na saída da Família Real do poder e culminou na Proclamação da República Brasileira, sendo instaurado um Governo Provisório. Após isso, Dom Pedro II e sua família, foram exilados e levados para a Europa.

Após a Proclamação da República, a imprensa brasileira repercutiu os fatos de acordo com o posicionamento político de cada veículo de comunicação, já que este influenciava diretamente o conteúdo e a forma como cada notícia era publicada. Como a capital do país na época era o Rio de Janeiro, e a imprensa local era mais forte devido aos acontecimentos do governo, mostraremos como foi a cobertura dos fatos dos principais jornais da cidade na época.

O “Jornal do Commercio”, fundado em 1827, era o jornal mais antigo e um dos mais lidos do Rio de Janeiro. Noticiou a instauração da República expondo o que ocorreu, porém, sem emitir opiniões a respeito, tentando ser o mais informativo, direto e imparcial possível. Era considerado um jornal neutro em relação à política.

A “Gazeta de Notícias”, fundada em 1875 e que se intitulava um jornal independente, mostrou-se a favor da Proclamação da República, sendo bastante parcial em suas reportagens sobre o acontecimento, ressaltando que o exército havia rompido com a Monarquia. Também publicou textos enaltecendo e tornando heróis alguns personagens que teriam participado do golpe militar, como alguns membros do alto escalão do exército.

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