ARTIGO HD - Humanidade Aumentada

UNIVERSIDADE DE COIMBRA

CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO

ADEILTON CORREIA DE BARROS JUNIOR^[1]

HUMANIDADE AUMENTADA - A RELAÇÃO ENTRE O HUMANO E A TECNOLOGIA FRENTE A TRANSFORMAÇÃO DIGITAL

RESUMO

As sociedades modernas tem apresentado um espetacular avanço das Tecnologias de Informação e Comunicação que trouxeram grandes benefícios em todas as áreas de atividade humana. Temos caminhado na direção da integração, não apenas entre softwares, como também entre equipamentos e recentemente entre homem e máquina. A Humanidade Aumentada refere-se ao papel das tecnologias na formação dos sentidos humanos, recursos e perceções, permitindo uma nova geração de interação e interseção entre os mundos físico e digital. Trata-se de um campo de pesquisa que visa aprimorar as habilidades humanas por meio da medicina ou da tecnologia. Isso tem sido alcançado historicamente pelo consumo de substâncias químicas que melhoram uma habilidade selecionada ou pela instalação de implantes que requerem operações médicas. Ambos os métodos de aumento podem ser invasivos. Habilidades aumentadas também foram alcançadas com ferramentas externas, como óculos, binóculos, microscópios ou microfones altamente sensíveis. Ultimamente, a realidade aumentada e as tecnologias de interação multimodal permitiram formas não invasivas de aumentar o ser humano. É este o objeto deste artigo, que aborda os conceitos e os estudos relacionados ao tema da Humanidade Aumentada.

Palavras-chave: Humanidade Aumentada. Tecnologia. Transformação Digital.

SUMÁRIO

1 CONTEXTUALIZAÇÃO        2

2 OBJETIVOS        3

2.1 OBJETIVO GERAL        3

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS        3

3 METODOLOGIA        3

4 RESULTADOS ESPERADOS        4

5 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA        4

5.1 SENTIDOS AUMENTADOS        5

5.2 AÇÃO AUMENTADA        7

5.3 COGNIÇÃO AUMENTADA        9

CONSIDERAÇÕES FINAIS        10

REFERÊNCIAS        11

1 CONTEXTUALIZAÇÃO

Desde a invenção da manipulação direta e das interfaces gráficas do usuário (Sutherland, 1963; Engelbart, 1968; Shneiderman, 1982; Lipkie et al., 1982), os desenvolvimentos na interação homem-tecnologia convencional têm sido incrementais. Eles permitem usar as ferramentas de maneiras mais diretas, eficientes e robustas, mas o modelo de interação subjacente ainda é o mesmo: a noção de que um dispositivo de computação é uma ferramenta. Mais recentemente, o foco da pesquisa no campo mudou para a interação móvel e penetrante, incluindo interfaces incorporadas (Fishkin et al., 1998) e interfaces de usuário inteligentes (Maybury e Wahlster, 1998).

No entanto, ainda existe uma separação clara entre o usuário e o sistema. No passado, os humanos tiveram de se adaptar aos computadores. No futuro, os computadores se adaptarão aos humanos. Aqui, usamos o termo "natural" quando nos referimos à interação que se assemelha muito às formas inatas como os humanos agem e interagem com objetos físicos. É importante definir este termo devido às interpretações variadas da palavra "natural" na literatura (Hansen e Dalsgaard, 2015; O’Hara et al., 2013). Existem várias tecnologias e paradigmas de interface de usuário (IU) que têm como objetivo tornar a interação mais natural e eficiente. Hoje, um usuário pode dirigir um sistema, por exemplo, com fala, gestos, olhar fixo ou até mesmo através de sinais eletrofisiológicos humanos. O sistema pode adquirir dados por meio de diferentes sensores e fornecer ao usuário informações por meio de várias modalidades em tempo real, incluindo apresentações visuais, auditivas e táteis. Cada vez mais, diferentes modalidades de entrada e saída estão sendo combinadas na mesma tarefa, como notificação auditiva e tátil simultânea de eventos interessantes no ambiente circundante.

Os paradigmas da interface do usuário centrada no ser humano incluem interfaces perceptivas (Turk, 2014), realidade aumentada (AR) (Schmalstieg e Höllerer, 2016), realidade virtual (VR) (van Krevelen e Poelman, 2010; Jerald, 2015) e computação ubíqua (Weiser, 1993). A Humanidade Aumentada combina a interação em que a ação humana é o núcleo. Essas ações são apoiadas por tecnologias aumentativas relacionadas a perceber, afetar ou processar cognitivamente o mundo e as informações ao redor do usuário.

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Este artigo tem como objetivo principal abordar o tema do relacionamento Humanidade Aumentada, com foco na interação homem-máquina frente a transformação digital.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Os objetivos específicos são:

• Abordar as principais conceitos e definições relacionadas ao tema de Humanidade Aumentada;
• Identificar as principais tecnologias e ferramentas envolvidas;
• Relacionar os trabalhos referentes ao tema de aprendizado homem-máquina.

3 METODOLOGIA

Para atingir os objetivos desse trabalho será aplicada uma metodologia de natureza exploratória, através de levantamentos bibliográficos, documentais, estatísticos, de pesquisas efetuadas e de experiências relatadas.

A abordagem é de pesquisa qualitativa, uma vez que é de característica subjetiva, fazendo uso do pesquisador como ferramenta chave e o ambiente de trabalho como origem dos dados (GIL, 2008). De acordo com Denzin & Lincoln (2006) neste modelo de pesquisa temos a interdisciplinaridade de campos e assuntos, constituindo-se ela mesma um campo de investigação.

De acordo com Gil (2008, p. 41):

“A pesquisa exploratória tem como principal objetivo proporcionar mais familiaridade com o problema, tornando-o mais explícito, e desta forma servindo para aprimorar as ideias apresentadas. Em sua descrição também cita que este método de pesquisa é bastante flexível, podendo envolver a utilização de levantamentos bibliográficos, entrevistas com pessoas que tiveram prática com o problema e a análise de exemplos para maior compreensão” (GIL, 2008, p. 41).

Conforme Severino (2007, p.13):

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