Análise do Filme 'O Cheiro do Ralo'

A partir do minuto - 52:33

Na próxima cena, Lourenço chega à lanchonete e é atendido pela nova garçonete, morena, cabelos castanhos, baixa estatura. Ele se dirige a moça pedindo desculpas por tê-la ofendida com a proposta de compra da bunda; a nova garçonete diz que ele está se confundindo e ele então pede para que ela vire de costas e percebe então que não se trata da moça que o atendia todos os dias, índice de que ele, mesmo tentando estabelecer uma relação íntima com ela, nem o rosto era capaz de reconhecer, identificando-a somente através (das suas curvas??) da sua bunda. Mesmo assim ele fica aparentemente atordoado, na tentativa de encontrá-la novamente, índice de que quer perder a relação que tinha com ela.

De volta ao seu escritório, Lourenço está apreensivo, irritado, quando recebe a visita de um cliente (o mesmo, para fazer Lourenço se lembrar, diz que ele está amarelo, algo que havia dito na primeira vez que foi ao escritório), Lourenço então avança no senhor usando o olho (que diz ser de seu pai) como uma espécie de escudo, o senhor cai e é espancado, índice do total descontrole de Lourenço. Ele ainda diz à secretária e ao segurança, que o senhor tentou assaltá-lo, fugindo assim, para eles, da responsabilidade de culpa. Lourenço pega uma arma que está escondida entre uns livros e dinheiro e entrega ao segurança e manda mata-lo, alegando que foi agredido, índices de total perturbação e delinquência de Lourenço.

Chega o novo cliente, um rapaz vendendo livros, Lourenço está no momento na porta do banheiro observando o chão, que está cheio de água, provavelmente por causa do ralo cimentado por ele e, não demonstra interesse em realizar a compra, Lourenço olha vagamente para o cliente e fica a maior parte do tempo olhando o chão aguado, índice de que está incomodado com a situação do banheiro. Em seguida chegam dois homens para concertar o banheiro e criticam o fato do ralo está cimentado, Lourenço se irrita, diz que foi ele quem cimentou e manda cimentar também a parte onde fica o vaso sanitário. O profissional diz que se fechar o buraco, a “merda” vai vasar no prédio inteiro e Lourenço diz não ser problema dele, índice de da sua falta de postura ética.

 Ele está sentado na sua mesa no escritório quando adentra a garota que lhe vendeu o porta-joias, ela diz precisar de dinheiro, no entanto, não possui nada para vender, Lourenço por sua vez, fala a ela para que lhe mostre sua bunda. Ela então lhe mostra e ele faz movimentos com a mão debaixo da mesa e expressão de prazer, índices de que está estimulando seus órgãos genitais, índice de seu distúrbio e desejo descontrolado por sexo. Ao chegar em casa do trabalho, Lourenço encontra uma caixa em frente a porta, ele entra e abri a caixa, joga a caixa no chão e salta para trás, índice que se assustou. Na caixa havia um sapo, ele então pega a vassoura e começa a bater no sapo, sua postura e expressão facial, são índices de raiva. Acha então um papel ensanguentado, que estava na boca do sapo, escrito “Estive no inferno e lembrei de você”, desesperado ele volta ao escritório, precisamente, ao banheiro, e começar a abrir o ralo q foi cimentado, o buraco é tido por ele como o olho do inferno, índice de que ele acha que provavelmente a pessoa que lhe mandou o bilhete esteve no inferno e lhe observava pelo ralo (antes de ser cimentado), ele olha então o buraco, índice de que está tentando ver se já foi todo aberto e se também consegue ver alguém (no inferno).