Faculdade de Filosofia, Comunicação, Letras e Artes

Pontifica Universidade Católica de São Paulo

Faculdade de Filosofia, Comunicação, Letras e Artes

Curso de Propaganda e Publicidade

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Resenha

“Quebrando o Tabu”

Comunicação e Relações internacionais

Prof.ª Priscila Vilela

Lídia Pereira Soares

São Paulo

2017

“Quebrando o Tabu”

O filme é baseado em fatos reais e mostra que há a discriminação contra a maconha. Também mostra como é a guerra contra as drogas. Essa guerra não tem como vencer, porque envolve uma serie sentimentos, visões, principalmente de pessoas envolvidas. Alias, muitos contextos históricos mostram que o uso de droga em diferentes momentos, influenciou de alguma forma o mundo em que vivemos.

Os depoimentos dos ex presidentes, Fernando Henrique Cardoso, James Carter e Bill Clinton, e também do escritor Paulo Coelho foram exibidos pelo motivo de serem viciados e/ou ex-viciados, eles, entre outros famosos revelaram que o uso de drogas é prejudicial.

Um dos pontos de vista que chama a atenção no documentário é a comparação com os danos causados entre drogas e a discriminação pelo uso de drogas. Isso acontece paulatinamente, os viciados primeiramente experimentam uma novidade, contudo, conhecem as drogas e sabem que realmente são perigosas, então, começam a manter o contato com uma quantidade mínima de maconha e na sequência passam para o crack, cocaína, heroína e outras tantas mais perigosas, depois passam a ser taxados de criminosos e vão para a cadeia.

O idealizador do filme, influenciado por FHC declara que seu objetivo é alertar e ampliar essa proposta, ele sabe que ninguém pode fingir que não existe uma política sobre as drogas e diz que a maconha é proibida não por trazer prejuízo à saúde humana, pois suas reações são inferiores aos danos causados por álcool e tabaco, mas por fatores biológicos viciantes causados pela droga.

        O filme fala da sua dificuldade de enfrentar os riscos entre pedradas e troladas, reações típicas que são esperadas quando se fala desse tema polêmico; há um tabu que diz: “o que é, e o que significa, discriminar o uso de drogas”. Além disso, o conceito distinto de como poder ter liberdade sem ser discriminado, pode se confundir com o dito popular “liberou geral”.  

A convivência do ser humano com as drogas é muito ligada à ousadia como abordado em um nebuloso histórico, este raciocínio tem a ver com o que dizem as pessoas que consumem, contestando a discriminação das drogas, mostrando que sempre foram utilizadas pela espécie humana.

Ao iniciar a guerra às drogas consideradas ilícitas, inúmeros usuários perdem a consciência não sabendo lidar contra sua própria vontade, ligado a isso, há uma multidão de traficantes que fizeram disso sua profissão e precisam trabalhar na venda de drogas sendo capazes de receber altas quantias. Eles vendem maconha como se fosse legalizada para o consumo de seus clientes, mas, paradoxalmente, precisam comprar e vender ilegalmente o entorpecente de outros traficantes tornando-se um círculo.

        Tem uma parte do filme que mostra o médico Dr. Drauzio Varella que atendeu uma prisioneira de um presídio feminino e orientou a ela que parasse de usar a heroína diminuindo o contato, mas ela respondeu: “é impossível me afastar uso das drogas pesadas”. Outras detentas também consomem, por vários motivos, a tentativa é de proteger as usuárias e também os usuários dos presídios masculinos, e, claro, tratá-los sem puni-los, apenas orientá-los. Assim, pode-se reduzir os números das mortes por infecção por doenças como o HIV, que é adquirida pelo simples ato de compartilhar seringas. Essa parte do documentário é muito chocante. Provavelmente as pessoas que já abandonaram as drogas podem ter a chance de viver melhor.