A Filosofia da Educação

Luz do Cais

Renato Braz

Quem deseja ser do céu¹

Não vacila frente ao mar²

Pula o cerco

Visa o cais

Corre em busca do mais³

Não se cansa

Não retrai

Não no instante em que cai

Quem precisa ter nas mãos

O direito de escolher

Sente o vento 4

Livra o olhar

Deixa o amor derivar

Não balança

Não se trai

Segue a trilha que vai

Bem no instante em que cai

¹ Para sair da posição de menoridade em que nos encontramos por não usar nossa autonomia como deveríamos, por covardia e até mesmo por comodismo, já que nos orientamos por razões de outrem, dando origem a tutores que nos dizem o que é certo ou errado a fazer.

²Temos que ter coragem e ousadia para pensarmos por nós mesmo de acordo com o esclarecimento que adquirimos quando saímos do comodismo e nos desprendemos dos tutores que nos orientavam como agir; nos avaliamos de forma racional.

³Portanto, quando abandonamos o comodismo e nós lançamos em busca de conhecimento, ficamos mais esclarecidos e mais livres sobre que diretriz a seguir, mas em alguns casos podemos raciocinar, mas deve-se obedecer. Por conseguinte, o uso que um professor empregado faz de sua razão diante de sua comunidade é unicamente um uso privado, porque é sempre um uso doméstico. Vivemos em sociedade, onde tudo nos é lícito, mais de acordo com as regras de boa convivência nem tudo me convém.

4 A liberdade que ao mesmo tempo é ilusória pois ainda temos regras a seguir e nem sempre concordamos com elas A partir do momento em que temos esclarecimentos e já raciocinamos por conta própria nos tornamos livres de opiniões que nos foram impostas, e que já não nos amedronta mais.