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A VIDA E EDUCAÇÃO

Por:   •  22/9/2015  •  Ensaio  •  1.305 Palavras (6 Páginas)  •  154 Visualizações

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Universidade do Estado da Bahia – UNEB

Curso: Pedagogia (I semestre)

Disciplina: Filosofia ( Celso Silva)

Discentes: Asenate Viana, Micael Fagundes e Roseane S. Gaspar

        

VIDA E EDUCAÇÃO

DEWER, Jonh .Vida e Educação – . Tradução e estudo preliminar por Anísio S. Teixeira. São Paulo: Edições  Melhoramentos, 1930.

Este ensaio tem o intuito de discutir a vida e a experiência no processo educativo levando o leitor a perceber a importância da educação dentro e fora da escola. A educação não é preparação ou conformidade, educação é vida, é viver, é o processo continuo de desenvolvimento do ser humano; vida e crescimento não estão subordinados a nenhuma outra finalidade se não mais vida e crescimento, ou seja o processo educativo deve ser então uma continua reorganização, construção e transformação da vida. “O habito de aprender da própria vida deve fazer que as condições da vida sejam tais que todos aprendam o processo de viver que é o processo mais rico que pode a escola alcançar” ( Dewey, p.31).

Vida e experiência são dois elementos que se chocam e precisam ser trabalhados intimamente, para que o indivíduo entendendo o universo como um conjunto de elementos que se relacionam da maneira mais diversa possível, entenda também a complexidade e variedade dessas relações que os obrigam a continua transformação. O processo de experiência de vida pelo qual o indivíduo desde criança passa, surge para alargar permanentemente a atividade do processo de aprendizagem, possibilitando-o uma maior e melhor compreensão de si mesmo. Entendendo pois, a experiência como um modo de existência da própria natureza , vemos que ela é tão real na vida do indivíduo quanto tudo que o cerca; a sua concepção ampla deixa-nos ver que ela; a experiência que cada ser  começa a adquirir desde o seu nascimento torna-se elemento imprescindível  no seu processo de aprendizagem, pois sua vida nada mais é que uma contínua experiência, uma vez que simultaneamente vivemos experimentamos e aprendemos.

A experiência educativa é pois, essa experiência inteligente em que participa o pensamento através do qual se vêm a perceber relações de continuidade antes não percebidas; alargando  portanto os conhecimentos, e enriquecendo o nosso espirito dia a pós dia nos dando uma significação mais profunda da vida. E é nisto que segundo Dewey consiste a educação; educar-se é crescer, no sentido mais amplo da palavra, é ascender o espiritual de uma vida humana mais rica e mais bela  em um mundo cada vez mais adaptado,  mais propício mais benfazejo para o homem.

Educação como processo de reconstrução e organização da experiência pelo qual lhe percebemos mais agudamente os sentidos e com isso nos habitamos a melhor dirigir o curso de nossas experiências futuras. (Dewey, 1930,P.17).

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Por essa definição educação é o fenômeno da vida, tão inelutável como a própria vida. A contínua reorganização e reconstrução da experiência pela reflexão constitui então o característico mais particular da vida humana.

Um dos aspectos mais importantes a notar nessa definição entre experiência e educação é que pela experiência o fim da educação deve identificar seus meios como processo do resultado final da arte de viver. Não se deve portanto confundir educação como qualquer processo de preparação seja na infância na idade adulta ou na velhice, todos participam do caráter educativo de suas experiências ; pode-se assim dizer que a educação é um resultado inevitável de suas experiências, experiências estas que se desenvolvem também no meio social, e é essa permanente circulação de informações e reações que forma a vida em comum dos homens e que lhes permite a perpetua renovação de suas existências .Vida educativa não se processa no vácuo ela é uma resposta a estímulos específicos ou gerais nascidos do próprio organismo e do meio ambiente em que o indivíduo vivi; no processo educativo então, o indivíduo e o meio social deve ser dois fatores harmônicos e ajustados ,não um fator de interesse sistemático onde o fim da educação seja levar os educandos a ter as mesmas ideias que prevalecem entre  um único público de modo geral e assim dar as coisas  e aos atos o mesmo sentido  que os outros, gerando portanto um controle social onde opera apenas o que convém ao sistema.

A aquisição isolada do saber intelectual, tendendo muitas vezes a impedir o sentido social que só a participação em uma atividade de interesse comum pode dar, deixa de ser educativa contradizendo o seu próprio fim.( Dewey, 1930, p.27).

A escola não deve ser simplesmente a casa onde se vai estudar alguns fatos e algumas habilidades mecânicas previamente determinadas em programas fixos. Perde-se por esse modo a oportunidade de aprender o que verdadeiramente importa para a vida do aluno; segundo Dewey a escola tem que se transformar então em um meio real de experiências reais e de vida real, ou seja,  toda aprendizagem deve ser integrada a vida, isto é adquirida em uma experiência real da vida, onde o que for aprender tenha o mesmo lugar e função que tem na vida; o que se aprende “isoladamente’ de fato não se aprende. Toda teoria de educação deve portanto ter como ponto principal a restituição da aprendizagem ao caráter natural que ela tem na vida.

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