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A vida e a amorte de sr. Gale

Por:   •  5/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.544 Palavras (7 Páginas)  •  328 Visualizações

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CAPÍTULO 1

LINHAS

  • Ornamental - Função essencialmente estética. Atuam como complemento, sendo, de certo modo, dispensáveis em uma imagem.
  • Estrutural - São partes fundamentais de uma composição. Sua eliminação prejudicaria sobremaneira a estrutura da obra.
  • Expressivo - Funcionam como elemento fundamental para a transmissão da mensagem artística, enfatizando o tema abordado. Geralmente, são vigorosas, marcantes, indispensáveis na composição.

CORES

As cores também carregam consigo um conjunto de significados visuais.

  • Azul - Sugere tranquilidade, repouso. Em determinadas épocas, como no Renascimento Cultural, era comum o hábito de beber água em recipientes dessa cor, pois associavam à calma, à serenidade. Simbolicamente, é ligado ao sagrado, ao divino, por exemplo, na representação do Céu ou dos mantos de ícones nas pinturas ctólicas.
  • Verde - Cor calmante, associada à vida, `natureza. Simbolicamente, representa a fertilidade, como nas vestes usadas por mulheres retratadas na Renascença. Representa também a permissão, a liberdade. Em outros casos, representa o jogo, o dinheiro e a esperança.
  • Amarelo - Por sua luz, inquieta bastante, dependendo do local em que está presente, pode gerar sensação de euforia, cansaço, sede, fraqueza. Simboliza a riqueza, a alegria, mas também, dependendo do tom, a doença, a loucura.
  • Vermelho - Considerada a rainha das cores, a cor vermelha é certamente a que mais nos afeta. Mexe com as nossas emoções das mais variadas maneiras, pois ten associação com a paixão, o sexo, a raiva. Na arte, simboliza tanto o sagrado - como o manto e o sangue de Cristo - quanto o profano - a carne, o desejo.

VICENT VAN GOGH (1853 - 1890)

  • Foi um dos precursores da arte moderna e sua liberdade criativa e expressiva.
  • Desenvolveu seus estudos em uma época em que valores estéticos norteadores das mais importantes correntes artísticas do século XIX ainda se chocavam, época em que o movimento Impressionista apresentava ao público obras criadas de maneira racional, científica, caracterizadas pelo predomínio de um colorido intenso e variado, baseado não na emoção ou no instinto, mas na pesquisa.
  • Vicent, embora tenha se influenciado marcantemente pelos impressionistas, fugiu de sua frieza em direção à expressividade das linhas e das cores, da emotividade, da espiritualidade.
  • Fascinado pela cor amarela, o pintor dos girassóis, como ficou conhecido, via nessa cor o símbolo da vida, da alegria, por isso o sol, os girassóis e suas cores, seu brilho.

PAUL GAUGUIN (1841 - 1903)

  • Era menos impulsivo que Van Gogh, agia com firmeza de propósito.
  • Em comum com Vicent, tinha o desejo de liberdade, a procura por uma arte isenta dos cânones acadêmicos e dos valores clássicos.
  • Assim como Van Gogh, também rompeu com os amigos impressionistas, porém em busca da originalidade do impulso criativo natural, puro, inato do primitivo.
  • Queria a inocência, a espiritualidade da arte, algo que o conduziu ao afastamento dos grandes centros e o fez viver junto aos povos nativos do Taiti.
  • Seu comportamento, independentemente da educação formal que teve, decretou sua morte solitária.
  • Suas obras, cujas cores transmitem uma aura de paz, pureza e encantamento, deixaram um legado de encalculável valor para o Modernismo e tudo que viria a posteriori.
  • Van Gogh e Gauguin mantiveram um laço de amizade por um tempo - um tanto conturbada, é verdade - época essa em que dividiram a mesma casa do sul da França. Discutiam sobre arte e, embora não concordasse em muitos pontos de vista, trabalharam, produziram juntos, pois também tinham ideias em comum, até a fatídica noite em que Vicent, sob efeito do álcool, cortou a própria orelha após ameaçar o amigo com uma navalha.

WASSILY KANDINSKY (1866 - 1944)

  • Foi outro importante nome a reforçar a importância dos elementos visuais.
  • Diferentemente de Gauguin e Van Gogh, direcionou seus estudos especificamente ao espiritual e aos efeitos subjetivos das cores, formas e linhas sobre o ser humano.
  • Pai do abstracionismo, acreditava que a liberdade viria a partir do momento que o homem se desvencilhasse das armadilhas da pintura figurativa e sua carga objetiva.
  • Kandinsky convidava o espectador para um exercício de contemplação, isenta de intenções, senão a pura fruição e lirismo das combinações presentes na tela.

CÂNDIDO PORTINARI

  • Considerado o maior expressionista brasileiro.
  • Deixou seus sentimentos transparecerem por meio das tintas, as mesmas tintas que o intoxicaram e o levaram à morte.
  • Sua infância é demonstrada de maneira lúdica, em cores vivas e alegres, como se quisesse que penetrássemos em suas lembranças de moleque na pequena Brodowski, em São Paulo.
  • Portinari denuncia o trabalho exaustivo e a desigualdade na divisão da riqueza do país.
  • Com os retirantes, as situações retratadas são ainda mais dramáticas. São cenários de fome, deserto, sofrimento, em que bandos de famintos e moribundos tentam se manter-se vivos ou choram os mortos debaixo de um sol escaldante e de abutres que sobrevoam como que à espera do trágico destino daquele povo esquecido pelos governantes.
  • A obra de Portinari resulta da inquietação e insatisfação do artista diante da injustiça social no Brasil. É um manifesto declarado de alguém que presenciou o sofrimento de um povo e que fez da arte seu instrumento de protesto e denúncia.

CAPÍTULO 2

O QUE É ARTE?

  • Durante séculos, vários filósofos e teóricos da arte tentaram explicá-la, conceituá-la, no entanto cada teoria gera um novo questionamento, cada manisfestação, cada movimento artístico promove um olhar diferenciado sobre a relação arte, artista e obra, somando ainda a figura do espectador, aquele que contempla, que é atingido, que dialoga com o objeto, respondendo aos questionamentos e propostas artísticas.
  • O termo arte decorre do latim Ars e corresponde ao grego Tékne, processo, meio para alcançar um resultado, logo percebemos sua amplitude e aplicação.
  • Os gregos, mais especificamente os Sofistas (século V a. C.), interessados pela natureza e sua relação com os seres, sua origem e transformações, traçaram questões que envolviam o Bem, a Virtude, a Lei e o Belo. Mais adiante, Sócrates (470 - 399 a. C.) buscava a essência da pintura, mas foi seu discípulo Platão (427 - 347 a. C.), no diálogo A República, quem abre caminho para as discussões sobre arte, realidade, beleza e sua finalidade. O filósofo rejeita a pintura e a escultura, ressaltando seu caráter ilusório, sua consição abaixo da verdadeira beleza e da ciência, sua capacidade de afastar o homem da verdade, uma vez que seria mera mímese, imitação de um mundo que já seria uma imitação. A arte deixa de ser objeto de fruição e passa a ser fonte de investigação racional pela filosofia.
  • No período medieval, sob orientação católica, principal mecena até o Renascimento Cultural, a arte torna-se essencialmente funcional, um veículo voltado para a transmissão da mensagem religiosa. O naturalismo da forma dá ugar ao primitivismo e ao expressionismo, de acordo com a intenção. O corpo humano é negado, uma vez que representaria a carne,  pecado e a heresia. Santos, divindades, não poderiam ser comparadas ao homem, impuro, pecador, assim, as imagens tornam-se essencialmente didáticas. Devemos lembrar que o princípio bíblico da iconoclastia significou um importante referencial para essa negação à criação artística.
  • Durante o Renascimento Cultural, arte e natureza fundem-se, estabelecem uma relação direta com o Belo. A figura do artista ganha um valor até então não concebido. As obras passam a representar um universo de beleza. Surgem propostas que mais tarde promoveriam o desenvolvimento de Estética, disciplina filosófica de estudo do Belo e da Arte. Os renascentistas resgatam ideias, existentes desde os primeiros temnpos da filosofia grega, que buscavam determinar abeleza por meio da ordem, equilíbrio, simetria, harmonia, tendo a racionalidade das proporções matemáticas como sua definidora. O uso da proporção áurea, do número de ouro, torna-se quase que uma regra.
  • As noções de arte e de objeto vêm acompanhados de uma justificativa racional, sujeita a um conjunto de normas e padrões estéticos.
  • "A arte é uma atividade humana que consiste no fato de que um homem, conscientemente, por meio de sinais externos, transfere a outros sentimentos que ele experimentou, de modo que outras pessoas são contagiadas por estes sentimentos e também os experimentam" (Tolstoy).
  • "Uma obra de arte é constituída por dois elementos: o interior e oi exterior. O elemento interior, tomado individualmente, representa a emoção da alma do artista. Na verdade, esta emoção é capaz de suscitar na alma do espectador uma emoção correspondente. Enquanto a alma estiver ligada ao corpo, este apenas poderá, regra geral, receber vibrações por intermédio dos sentimentos. O sentimento constitui, portanto, uma ponte que conduz do imaterial para o material (artista) e do material para o imaterial (espectador). Emoção - sentimento - obra - sentimento - emoçao" (Wassily Kandinsky).
  • "Arte é tudo que considero arte!" (Marcel Duchamp). Duchamp, em 1917, escandaliza e provoca a ira de críticos e consumidores ao expor em uma galeria um mictório, uma peça de toalete de produção industrial como obra de arte. A peça é intitulada de A Fonte e o artista usa um pseudônimo (R. Mutt) para assinar esta obra. Logo em seguida, reagindo ao que considera tradicionalismo da arte e conservadorismo social, expõe uma cópia da Monalisa de da Vinci, porém com suntuosos bigodes. A visão de Duchamp rompe com todos os conceitos vigentes até então. Traz uma ideia tão simples e ao mesmo tempo tão ampla que nos mostra um leque de possibilidades de compreensão do que vem a ser e obra de arte, cujo fator determinante é na verdade o indivíduo.

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