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ARISTÓTELES E SUA ESCOLA

Por:   •  3/3/2016  •  Pesquisas Acadêmicas  •  611 Palavras (3 Páginas)  •  454 Visualizações

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HADOT, Pierre: Aristóteles e sua escola. In: ______ . O que é filosofia antiga? São Paulo: Loyola, 1999. p. 119-138.

Renildo Belarmino Silva¹

A escola de Aristóteles busca sua formação através da filosofia “teorética”, um modo de conhecimento que tem por fim o saber pelo saber, e não um fim exterior a si mesmo. Trata-se de um modo de vida, que consiste em consagrar sua vida ao modo de conhecimento e de contemplação. E assim perfazer o caminho da ética filosófica que se define pela escolha, como fim, do conhecimento, em querer o conhecimento por ele mesmo, sem nenhum outro interesse estranho a ele. Aristóteles recomendava aos filósofos uma escolha de vida e uma formação que os tornariam ao mesmo tempo contemplativos e homens de ação, saber e virtude implicando-se mutuamente, não obstante a esse cultivo, ao mesmo, tempo um modo de vida e de discurso.    

Pag. 120: “[...] A escola de Aristóteles, [...] forma para a vida filosófica”.

Pag. 121-122: “Aristóteles distingue entre a felicidade que o homem pode encontrar na vida política, na vida ativa [...], e a felicidade filosófica que corresponde à theoría, isto é, a um gênero de vida consagrado totalmente à atividade do espírito”.

Pag. 123-124: “[...] o cume da felicidade filosófica e da atividade do espírito, isto é, a contemplação do intelecto divino, só é acessível ao homem em raros momentos, pois é próprio da condição humana não poder ser em ato de maneira contínua. Isso supõe que, no resto do tempo, o filósofo deve contentar-se com a felicidade inferior que consiste em investigar”.

Pag. 125: [...] “a filosofia ‘teorética’ é, ao mesmo tempo, uma ética. Assim como a práxis virtuosa consiste em escolher como fim tão-somente a virtude, [...] a práxis teorética [...] é uma ética do desinteresse e da objetividade”.

Pag. 126-127: [...] “é indiscutível que a vida do espírito, para Aristóteles, consiste, em grande medida, em observar, investigar e refletir sobre essas informações.” [pic 1]

Pag. 130: “Afirmamos, [...] que o conhecimento é sempre ligado ao desejo e à afetividade. [...] ‘O desejável supremo e o inteligível supremo se confundem’. Novamente, o modo de vida teorético revela sua dimensão ética”.

Pag. 133-134: “Quando Aristóteles elabora seu curso, [...] não se trata de ‘informar’, [...]  de entornar no espírito dos ouvintes um conteúdo teórico, mas ‘de formá-los’, [...] de realizar uma investigação comum: é essa a vida teorética. [...] espera de seus interlocutores uma discussão, uma reação, um juízo, uma critica. O ensino permanece sempre um dialogo. [...] os cursos destinam-se, antes de tudo, a familiarizar os discípulos com os métodos do pensamento”.

Pag. 136: “[...] o verdadeiro saber, aos olhos de Aristóteles, só nasce por uma longa freqüentação os conceitos, os métodos, mas também os fatos observados. [...] Sem esse esforço pessoal, o ouvinte não assimilará os discursos e eles lhe serão inúteis. [...] Os discursos filosóficos não bastam para tornar virtuosos”.

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