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Educação Com Aquisição de Novos Comportamentos: Teoria de Gestalt, Freud, Piaget, Vygotsky, Wallon

Por:   •  30/8/2015  •  Trabalho acadêmico  •  4.384 Palavras (18 Páginas)  •  555 Visualizações

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Faculdade Anhanguera Educacional de Valinhos

Educação com aquisição de novos comportamentos:

Teoria de Gestalt, Freud, Piaget, Vygotsky, Wallon

Etapa 1

Elisa Sutana Aguetoni                                        

Teoria de Gestalt

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A percepção e a sensação estudadas pela Teoria da Gestalt

     O princípio básico da Teoria de Gestalt é que organização dos dados que nos cercam é a parte do processo perceptivo, e não algo que é crescido depois das variáveis terem sido selecionadas.

     Para os psicólogos gestaltistas, toda percepção é uma Gestalt, um todo que não pode ser compreendido pela separação das partes. Assim, o todo é mais que a soma das partes.

     Para os Gestaltistas existe uma relação de causa e efeito entre um estímulo que o meio fornece e a resposta do indivíduo encontra-se o processo de percepção.

     A percepção é a atribuição de significado a informação recebida pelos sentidos. É a interpretação das sensações (estímulos) em base de seus atributos físicos, ligando-se diretamente ao quadro de referência do indivíduo e um único estímulo será percebido de modo diferente pelo mesmo indivíduo em ocasiões diferentes dependendo das condições que se modificam.

     No processo de desenvolvimento da competência interpessoal o feedback é um processo de ajuda para mudanças de comportamento e o entendimento da janela de Johari ajuda neste processo.

     O modelo de janela de Johari descreve os relacionamentos interpessoais, baseando-se na suposição de que qualquer interação entre duas pessoas se compõe de fatos conhecidos e os desconhecidos para cada uma delas. A interação do que é conhecido ou desconhecido pelas  cegas, o eu secreto e ou o eu desconhecido.

     Trabalhar em equipe é uma arte exige sensibilidade e grande afinamento.

     Gerenciar pessoas é chegar a um alto grau de cooperação, comprometimento e competência, entretanto para ter acesso e conseguir envolver verdadeiramente as pessoas que trabalham numa empresa, para que tornem colaboradores e parceiros da organização o gerente deve atentar para algumas condições:

•        Criar uma atmosfera grupal favorável e motivadora, com orientação democrática e participativa;

•        Respeitar as diferenças individuais e buscar reconhecer as potencialidades de cada um;

•        Entender que alguns processos apresentados pelas pessoas são resultados de suas histórias pessoais e nesse sentido reconhecer suas limitações;

•        Garantir o reconhecimento de um trabalho bem realizado, elogiando e incentivando novas realizações.

     Motivar significa ter motivos e razões para realizar alguma coisa ou deixar de fazer alguma coisa. Os motivos são os porquês do comportamento.

     A hierarquia é uma forma de demonstrar a evolução das necessidades, que se desenvolvem em função da ocorrência da satisfação das carências pelo indivíduo.

     A ideia de hierarquizar os motivos humanos nos ajuda a compreender melhor o comportamento humano em sua variedade, não só relacionando esses motivos a um único indivíduo, como também os estudando em pessoas diferentes e a sociedade como um todo. As  necessidades impulsionam o comportamento do indivíduo.

     O conceito da inteligência emocional, hoje é um diferencial exigido no mercado de trabalho e podemos identificar as cinco habilidades apresentadas por Daniel Goleman relacionadas a inteligência emocional: a autoconsciência, automotivação, empatia, engajamento. Assim, é importante identificar que estas habilidades apontadas por Goleman estão relacionadas a dois tipos de inteligência que integram a teoria das inteligências múltiplas, são elas as inteligências interpessoal e intrapessoal.

     A resistência à mudança é uma relação normal, natural e sadia, desde que represente um período transitório de tentativas de adaptação, em que a pessoa busca recursos para enfrentar e lidar com o desafio de uma situação diferente. Quando o indivíduo fica de tal forma fixada no passado, no que perdeu ou no que mudou, não consegue enxergar uma perspectiva construtiva de transformação.

     Evidentemente, características de personalidade terão influência decisiva sobre as percepções sentimentos e maneiras de reagir à mudança. Pessoas com um bom grau de confiança, flexíveis, corajosas, com iniciativa, autonomia e a boa resistência ao estresse, terão maiores possibilidades de aceitar e lidar melhor com o processo de mudança.

     Num grupo de trabalho, as diferenças individuais trazem naturalmente diferenças de opinião, expressas em discordâncias quanto aos mais variados aspectos.

     Essas discordâncias podem conduzir a discussões, tensões, insatisfações e conflito aberto, ativando sentimentos e emoções mais ou menos intensos, que afetam a objetividade, reduzindo-a a um mínimo, e transformando o clima emocional do grupo.

     A partir de diferentes percepções e ideias, as pessoas se colocam em posições antagônicas, caracterizando uma situação conflitava. Pode parecer estranho, mas as situações conflito são componentes inevitáveis e necessários na vida grupal. A priori, o conflito entre si não deve ser considerado patológico nem destrutivo. De um ponto de vista mais amplo,  o conflito tem muitas formações positivas. Ele previne a estagnação decorrente do equilíbrio constante da concordância, estimula o interesse e a curiosidade pelo desafio da oposição, descobre os problemas e demanda sua resolução. Funciona como desencadeador de mudanças pessoais, grupais e sociais.

     O conflito pode ter, então, consequências funcionais e disfuncionais, dependendo de sua intensidade, estágio de evolução, contexto e forma como é tratado. Essa é a questão principal, é preciso saber lidar com os conflitos e administrá-los.

Teoria de Piaget

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     As teorias de Jean Piaget tentam nos explicar como se desenvolve a inteligência nos seres humanos. Repassamos aqui algumas ideias centrais de sua teoria, com a colaboração do “Glossário de Termos”.

  • 1 - A inteligência para Piaget é o mecanismo de adaptação do organismo a uma situação nova e, como tal, implica a construção contínua de novas estruturas. Esta adaptação refere-se ao mundo exterior, como toda adaptação biológica. Desta forma, os indivíduos se desenvolvem intelectualmente a partir de exercícios e estímulos oferecidos pelo meio que os cercam. O que vale também dizer que a inteligência humana pode ser exercitada, buscando um aperfeiçoamento de potencialidades, que evolui "desde o nível mais primitivo da existência, caracterizado por trocas bioquímicas até o nível das trocas simbólicas”.
  • 2 - Para Piaget o comportamento dos seres vivos não é inato, nem resultado de condicionamentos. Para ele o comportamento é construído numa interação entre o meio e o indivíduo. Esta teoria epistemológica é caracterizada como interacionista. A inteligência do indivíduo, como adaptação a situações novas, portanto, está relacionada com a complexidade desta interação do indivíduo com o meio. Em outras palavras, quanto mais complexa for esta interação, mais “inteligente” será o indivíduo. As teorias piagetianas abrem campo de estudo não somente para a psicologia do desenvolvimento, mas também para a sociologia e para a antropologia, além de permitir que os pedagogos tracem uma metodologia baseada em suas descobertas.
  • 3 - “Não existe estrutura sem gênese, nem gênese sem estrutura” .Ou seja, a estrutura de maturação do indivíduo sofre um processo genético e a gênese depende de uma estrutura de maturação. Sua teoria nos mostra que o indivíduo só recebe um determinado conhecimento se estiver preparado para recebê-lo.
  • 4 - O desenvolvimento do indivíduo inicia-se no período intrauterino e vai até aos 15 ou 16 anos. Piaget diz que a embriologia humana evolui também após o nascimento, criando estruturas cada vez mais complexas. A construção da inteligência dá-se, portanto em etapas sucessivas, com complexidades crescentes, encadeadas umas às outras. A isto Piaget chamou de “construtivismo sequencial”.
  • 5 - A importância de se definir os períodos de desenvolvimento da inteligência reside no fato de que, em cada um, o indivíduo adquire novos conhecimentos ou estratégias de sobrevivência, de compreensão e interpretação da realidade. A compreensão deste processo é fundamental para que os professores possam também compreender com quem estão trabalhando. A obra de Jean Piaget não oferece aos educadores uma didática específica sobre como desenvolver a inteligência do aluno ou da criança. Piaget nos mostra que cada fase de desenvolvimento apresenta características e possibilidades de crescimento da maturação ou de aquisições. O conhecimento destas possibilidades faz com que os professores possam oferecer estímulos adequados a um maior desenvolvimento do indivíduo.

      “Aceitar o ponto de vista de Piaget, portanto, provocará turbulenta revolução no processo escolar. Quem quiser segui-lo tem de modificar, fundamentalmente, comportamentos consagrados, milenarmente. Onde houver um professor ‘ensinando’. aí não está havendo uma escola piagetiana!”. O lema “o professor não ensina, ajuda o aluno a aprender”, do Método Psicogenético, criado por Lauro de Oliveira Lima, tem suas bases nestas teorias epistemológicas de Jean Piaget. Existem outras escolas, espalhadas pelo Brasil, que também procuram criar metodologias específicas embasadas nas teorias de Piaget. Estas iniciativas passam tanto pelo campo do ensino particular como pelo público. Alguns governos municipais, inclusive, já tentam adotá-las como preceito político-legal. Todavia, ainda se desconhece as teorias de Piaget no Brasil. Pode-se afirmar que ainda é limitado o número daqueles que buscam conhecer melhor a Epistemologia Genética e tentam aplicá-la na sua vida profissional, na sua prática pedagógica. Nem mesmo as Faculdades de Educação, de uma forma geral, preocupam-se em aprofundar estudo nestas teorias. Quando muito oferecem os períodos de desenvolvimento, sem permitir um maior entendimento por parte dos alunos.

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