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FICHAMENTO A "Objetividade" do conhecimento na Ciência Social e na Ciência Política

Por:   •  30/10/2018  •  Resenha  •  617 Palavras (3 Páginas)  •  610 Visualizações

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WEBER, Max. A "Objetividade" do conhecimento na Ciência Social e na Ciência Política. in: Metodologia das Ciências Sociais. 3ª ed. São Paulo: Cortez, 1999.

O texto intitulado "A "Objetividade" do conhecimento na Ciência Social e na Ciência Política", foi escrito pelo intelectual Max Weber, considerado um dos pensadores responsáveis pela fundação da Sociologia. Quando redigiu o texto, em 1904, Weber ocupava o cargo de direção em uma revista chamada "Arquivo para Ciência Social e Política Social", nesta época, a incumbência das revistas científicas era a construção do conhecimento,  sendo assim, o principal objetivo da publicação era analisar as orientações gerais dadas à revista, entretanto, sua avaliação - dada ao longo dos 47 parágrafos escritos no texto - apresentou questões essenciais para a prática científica de âmbito social.

Através de uma observação crítica que buscava o esclarecimento da evolução do conhecimento humano na área da Sociologia, Weber apresenta uma forma metódica de preservar a objetividade dos estudos na Ciências Sociais, ao pontuar e descrever a fragilidade das perspectivas estudadas a partir de leis gerais antes pautadas para ciências naturais. Assim sendo, o alvo de críticas do autor é justamente as tradições econômicas pautadas no marxismo, em que discorre que não há compreensão histórica que alcance o conhecimento da realidade. Posto isso, o autor apresentará seu método a partir da análise de algumas questões:

A primeira questão abordada por Weber é a necessidade de haver uma distinção do juízo de valor e da realidade empírica, ou seja, para o autor, a consciência do valor não deve guiar a investigação científica, havendo, então, uma obrigatória separação dos juízos de valor na análise da vida social dos indivíduos, pois tais juízos podem possuir individualidades de crenças, opiniões, etc., o que interfere na busca de analisar a realidade de maneira objetiva. Por conta disso, o pesquisador precisa expor seus estudos e argumentos de forma de coincidam com contextos históricos, carregados de dados concretos, para analisar as possibilidades futuras.

"As construções da teoria abstrata só na aparência são deduções (...) na realidade trata-se antes do caso especial de uma forma da construção de conceitos, próprios das ciências da cultura humana e, em certo grau, indispensáveis." (WEBER, 1904, p. 137).

Mas além disso, a busca pela objetividade encontra outra barreira: os modelos de leis nas ciências sociais vigentes na época. Isso porque, até então, examinava-se o meio social com as mesmas leis que explicavam os objetos, sem considerar que o objeto de estudo das ciências sociais é histórico e dinâmico. Portanto, para Weber, o cientista social não trabalha com leis, mas com padrões de probabilidades.

Entretanto, o próprio Weber assume que sempre irá haver a possibilidade de análises sociais conterem certa parcialidade, sua metodologia propõe, portanto, a construção de uma tipologia ideal que seja capaz de evitar ao máximo os chamados juízo de valor e os pressupostos de vivências pessoais. Esse tipo ideal seria, então, "uma construção intelectual destinada à medição e à caracterização sistemática das relações individuais, isto é, significativos pela sua especificidade" (WEBER, 1904. p. 144).

O autor conclui, portanto, que a validação de uma pesquisa científica se dá através da realidade estudada juntamente com o conhecimento empírico do pesquisador, apesar de que isto, por si só, apresenta uma linha tênue.

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