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Filosofia, Ciência, Religião e Liberdade

Por:   •  2/9/2015  •  Artigo  •  1.608 Palavras (7 Páginas)  •  639 Visualizações

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EE JOSÉ HEITOR CARUSI

NOME:                                                                     no                

NOME:                                                                     no                

NOME:                                                                 no                    ANO: 3º ............

PROFESSOR RODRIGO MANZANO                     DATA: 04/09/2015    

Trabalho de Filosofia - 3º Bimestre

(Filosofia, Ciência, Religião e Liberdade)

Por seu turno, todavia, elas não passam de formas do pensamento que contém somente a faculdade lógica de unificar a priori, em uma consciência, o diverso daquilo que é dado na intuição; e por isso, caso se lhes retire a única intuição que nos é possível, elas podem ter ainda menos significado do que aquelas formas sensíveis puras, através das quais é pelo menos dado um objeto, ao passo que um tipo de ligação do diverso que fosse próprio ao nosso entendimento não significaria nada se não se lhe juntasse única intuição em que esse diverso pode ser dado. – Quando no entanto, denominamos certos objetos, como fenômenos, seres sensíveis, distinguindo o modo como os intuímos de sua constituição em si mesmos, já faz parte de nosso conceito que, por assim dizer, oponhamos àqueles, como objetos meramente pensados pelo entendimento, e denominemos seres inteligíveis (noumena): ou a eles próprios no que diz respeito a esta última constituição, mesmo que não possamos assim intuí-los; ou a outras coisas possíveis que não são de modo algum objetos de nossos sentidos. Pergunta-se agora se, no que diz respeito a esses seres inteligíveis, nossos conceitos puros do entendimento têm um significado e são um modo de conhecê-los.

Mostra-se desde logo, no entanto, uma ambiguidade que pode causar um grande mal-entendido: como, ao denominar um objeto meramente fenômeno em uma relação, o entendimento elabora ainda, ao mesmo tempo, uma representação de um objeto em si mesmo fora  dessa relação, e se representa que também poderia elaborar um conceito de tal objeto; e como, já que o entendimento fornece apenas as categorias, o objeto teria de pelo menos poder ser pensado nesta última relação através de tais conceitos puros, o entendimento é levado por isso a tomar o conceito inteiramente indeterminado de um ser inteligível, enquanto algo em geral fora de nossa sensibilidade, pelo conceito determinado de um ser que nós pudéssemos conhecer de algum modo através do entendimento.

Se sob númeno entendemos uma coisa, que não é objeto de nossa intuição sensível, porque fazemos abstração do nosso modo de intuí-la, então ele é um númeno em sentido negativo. Se, no entanto, entendemos aí um objeto de uma intuição não sensível, então supomos um modo absoluto de intuir, mais precisamente o intelectual, que é o nosso e cuja possibilidade não podemos discernir, e tal seria o númeno em sentido negativo.

(...)

Assim, a divisão dos objetos em fenômeno e númeno, e do mundo em sensível e inteligível, não pode ser admitida em sentido positivo, ainda que os conceitos certamente comportem a divisão em sensíveis e inteligíveis; pois não se pode determinar nenhum objeto para estes últimos, nem, portanto, oferece-los como objetivamente válidos. Como se pretende tornar compreensível, quando se toma distância dos sentidos, que nossas categorias (que seriam os únicos conceitos remanescentes para os númenos) ainda signifiquem algo, se para a sua referência a algum objeto teria de ser dado algo, além da mera unidade do pensamento, portanto além de uma intuição possível, a que elas pudessem aplicar-se? Apesar disso, o conceito de númeno, tomado de maneira meramente problemática, permanece não apenas permitido, mas, como um conceito que coloca limites à sensibilidade, também inevitável. Mas ele não é, nesse caso, um objeto inteligível especial para o nosso entendimento; um entendimento a que ele pertencesse é que constitui esse problema, a saber, o de conhecer seu objeto não discursivamente, através das categorias, mas sim intuitivamente, em uma intuição não sensível de cuja possibilidade não podemos elaborar a mínima representação. Agora, nosso entendimento obtém desse modo uma extensão negativa, ou seja, ele não é limitado pela sensibilidade, mas antes a limita ao denominar númenos às coisas em si mesmas (não consideradas como fenômenos). Mas ele também se coloca limites imediatamente, já que não as conhece por meio das categorias e, portanto, só pode pensa-los sob o nome de algo desconhecido.

Immanuel Kant, Crítica da Razão Pura

1 - Temos acima a distinção feita por Kant dos objetos em relação ao conhecimento, que são fenômeno e númeno. A partir da leitura do texto, por que podemos dizer que os númenos são elementos que colocam limites à sensibilidade ou que seu conhecimento é dado de forma negativa? Explicite o que Kant quer dizer com a ideia ao final do texto, em destaque.

2 – Relacione os dois conceitos principais desenvolvidos por Kant, fenômeno e númeno, aos dois campos do conhecimento objeto de nosso estudo nesse bimestre, ou seja, a ciência e a religião, mostrando porque cada ideia kantiana está mais ligada a um determinado campo do conhecimento.

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