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Origem Da Filosofia

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Por:   •  12/3/2015  •  3.656 Palavras (15 Páginas)  •  267 Visualizações

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Origem filosofia

Quando falamos em nascimento imediatamente percebemos o sentido de geração de

alguma coisa a partir de algo que se supõe como anterior (por exemplo: os pais são precedentes ao nascimento de um filho). Assim, ao falarmos de nascimento da Filosofiapoderíamos querer estabelecer não só as condições materiais que permitiram que ele ocorresse, mas também a estrutura cultural que serviria de base para um tal episódio.

Muitas foram as discussões em que se tentou ou fazer um vínculo entre os gregos e o Oriente ou evidenciar a originalidade dos gregos em relação à Filosofia. Mas segundo o helenista Jean-Pierre Vernant, nem milagre, nem orientalismo em suas extremidades, definem o surgimento da Filosofia. Isso porque claramente ela tem dívida com o Oriente em razão dos contatos com persas, egípcios, babilônicos, caldeus – mas aquilo em que ela transformou esses conteúdos resulta em algo totalmente inovador no pensamento humano.

Enquanto muitas técnicas de previsão, cálculo etc., já existiam como práticas exercidas nas culturas citadas acima, a pergunta filosófica é inteiramente radical em relação àquilo que se tinha no cotidiano: a Filosofia pergunta sobre o que é a coisa, como é constituída a coisa, qual sua origem e causa. Mas ainda aqui há uma problemática, pois antes mesmo de se fazer essas perguntas, deslocando-as para um campo lógico-conceitual, já haviam respostas dadas que satisfaziam, ao menos temporariamente, as consciências da época.

É nesse ínterim que se desenvolveu a chamada Cosmogonia (cosmos = mundo organizado, universo;gonia = gênese, origem) que foi a primeira tentativa de se explicar a realidade. Esta era baseada em mitos (narrativas) que criavam, a partir de imagens de deuses, de seres inanimados, animais, etc., a estrutura hierárquica e organizada do mundo.

No entanto, a Filosofia surge como Cosmologia (lógos = razão, palavra, discurso, contar, calcular), ou seja, a compreensão de que o mundo é, sim, organizado, mas os fundamentos de suas explicações não são meramente seres antropomórficos, mas conceitos de nossa própria racionalidade. A Filosofia surge para substituir o modelo mitológico-cosmogônico, pelo cosmológico-racional. Não quer dizer que o processo anterior seja irracional, mas apenas se constitui como uma lógica imanente, no sentido de se atrelar ao psicológico ou a conteúdos que deem forma aos argumentos, enquanto que a Filosofia, ao se fazer e se constituir, vai propor o modelo inverso, qual seja, em que a forma lógica constitui melhor os conteúdos do pensamento, ascendendo ao verdadeiro conhecimento.

Portanto, com essa inversão, há duas consequências: a primeira é a de requerer a autonomia do ouvinte ou em geral do indivíduo para si mesmo e não mais conferi-la à autoridade externa dos poetas, rapsodos e aedos (artistas da época); a segunda é a de que esse processo de logicização e conceitualização promove a distinção entre misticismo e racionalismo de modo a desvelar o homem a si mesmo, com suas potências para conhecer e agir justificadas na razão, ou seja, finda o agonismo (combate) entre deuses e homens e fica apenas o agonismo entre os homens, como superação do trágico de nossa existência.

Filósofos pre socráticos

Os Filósofos pré-socráticos: filósofos da natureza

Elaborado por Luiz Meirelles

I – Introdução.

Até 600 a.C, aproximadamente, o homem grego utilizava a mitologia para explicar a natureza e fundamentar a própria organização sociopolítica grega. Os mitos mais antigos de que se têm registros remontam ao período Neolítico, isto é, aproximadamente 10.000 a.C. Os mitos, vale ressaltar, não são exclusividade da sociedade grega e estão presentes em todas as sociedades, sobretudo em suas épocas de formação. Temos, entre outros, os mitos nórdicos (Ex.: Thor, o deus do trovão) e os mitos egipcios (Ex.: Osires, o deus da Terra).

Homero e Hesíodo, por volta de 700 a.C., escreveram sobre os mitos gregos, tornando-se as principais fontes para estudo desses mitos.

O séc VI a.C foi marcado pelo encaminhamento de uma estabilidade sociopolítica entre os gregos, cujas cidades passaram a ser organizadas em pequenos grupos, denominados polis, administrados pela aristocracia.

O intercâmbio entre as várias cidades foi intenso e assim como as cidades jônias da Ásia Menor, entre as quais podemos citar Mileto e Éfeso, as colônias gregas da Itália meridional, entre elas Eléia, ganharam grande destaque pelas iniciativas culturais e políticas. Também o comércio foi bem desenvolvido por aquelas populações, o que lhes trouxe mais riqueza material. Foi nesse contexto que a Filosofia surgiu, num ambiente livre e distante do centro. Somente depois é que chegou à Grécia, propriamente dita, centralizando-se em Atenas.[1]

A filosofia grega pode ser dividida em três períodos: o primeiro, naturalista, em que o pensamento filosófico busca uma resposta para as questões da natureza, isto é, o período pré-socrático; o segundo, que pode ser dito antropológico metafísico, e abrange, principalmente, as épocas de Sócrates, Platão e Aristóteles; e o terceiro, o período ético, desde o fim da época aristotélica – IV a.C. – até a decadência da sociedade grega, por volta de VI d.C.

Nosso tema, nesse momento, diz respeito ao primeiro período, naturalista, ou também como é mais conhecido, pré-socrático.

Importa sublinhar que o fato de ser denominado pré-socrático não quer dizer, rigorosamente, que todos os filósofos desse período sejam anteriores cronologicamente a Sócrates, pois alguns foram seus contemporâneos.

Para facilitar o entendimento, as várias correntes pré-socráticas podem ser classificadas em:

1 - Escola Jônica (Ásia Menor), cujos principais representantes são Tales de Mileto, Anaximandro de Mileto e Heráclito de Éfeso.

2 - Escola Pitagórica ou Itálica (Magna Grécia), cujos principais representantes são Pitágoras de Samos, Filolau de Cretona e Árquilas de Tarento.

3 - Escola Eleata (Magna Grécia), os principais representantes são Xenófanes de Colofão, Parmênides de Eléia, Zenão de Eléia e Melissos de Samos.

4 - Escola Atomista (Trácia), cujos principais representantes são Leucipo de Abdera e Demócrito de Abdera.

Também pode ser adotada uma classificação mais

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