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Os sete saberes necessários à educação do futuro. Traduzido para o português, pela Editora Cortez, de São Paulo, em 2000.

Por:   •  7/7/2022  •  Resenha  •  866 Palavras (4 Páginas)  •  102 Visualizações

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MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. Traduzido para o português, pela Editora Cortez, de São Paulo, em 2000.

Wallace Santana de Araújo[1]

Em 1999, por iniciativa da UNESCO, e de seu então presidente, Federico Mayor, Edgar Morin foi solicitado a sistematizar um conjunto de reflexões que servissem como ponto de partida para se repensar a educação do próximo milênio. Uma primeira versão do texto circulou pelos quatro cantos do planeta, cabendo a Nelson Vallejo-Gomez integrar comentários, sugestões e remanejamentos que, posteriormente, retornaram a Morin para o acabamento.

Este é um texto que se enquadra na categoria da educação e da filosofia e aborda de uma maneira simplificada, clara e objetiva caminhos de uma educação de fato, ressaltando a importância do ser humano em se compreender e compreender o outro, a compreensão de como fomos formados, como nós desenvolvemos e nossa contribuição na terra.  O texto trata o Desenvolvimento do ser humano como um todo, assim nos leva a pensar de forma crítica e estar em constante aprendizagem e ter a capacidade de sempre se renovar, aprender e buscar, para ter um conhecimento prático e aprender a entender as diferenças e a respeitar. Morin especifica que a educação tinha problemas que de alguma forma eram ignorados ou não compreendidos e sabia que os programas educativos precisam ser tocados de uma forma mais profunda.

Edgar Morin classificou esses problemas específicos em cada um nível educacional, seja ele primário, secundário e no ensino universitário como buracos negros, que deviam ser colocados no centro das preocupações da formação dos jovens e futuros cidadãos.

O primeiro buraco negro diz respeito ao conhecimento. Por quê? Porque, naturalmente, o ensino dá conhecimento, fornece conhecimento, saberes. Porém, nunca se ensina o que é o conhecimento, apesar de ser muito importante saber o que é o conhecimento, tendo em vista que nós sabemos que o problema chave do conhecimento é o erro e a ilusão.

Como se falar de intelecto, razão e ilusão, aceitando o fato de que nenhum conhecimento é absoluto. Segundo MORIN “não a conhecimento que esteja ameaçado(...) pelo erro ou pela ilusão” Isso porque existem erros de percepção, que o texto trata como percepção dos sentidos. O fato de como percebemos uma situação pode afetar o fato de como poderíamos corrigir e reconhecer nossas próprias falhas. A percepção de intelecto, a razão e ilusão influencia diretamente nossos pensamentos e multiplicam nossas chances de erro, e MORIN diz; “Nenhuma teoria científica está imune para sempre contra o erro” E o avanço científico veio revelar alguns erros.

Através de uma linguagem bastante acessível, Morin cita vários fatos relacionados ao conhecimento, ou da aceitação de se ter conhecimento sobre algo e não ser cem por cento verdadeiro, pois segundo ele existem erros mentais envolvendo o real e imaginário, que tem como causa nossa memória, que nos afirma algo muitas das vezes que nem existe, como figuras folclóricas ou lendas urbanas por exemplo.

É possível afirmar que o cenário político em que vivemos em nosso país, se basearmos nas observações relacionadas no texto de fatos históricos, relatam as ilusões extremamente iguais aos atuais;

No plano histórico há erros, se me permitem o jogo de palavras, histéricos. Tomemos um exemplo um pouco distante de nós; os debates sobre a Primeira Guerra Mundial, uma época em que a França e a Alemanha tinham partidos socialistas fortes, potentes e muito pacifistas, e que, evidentemente, eram contrários a guerra que se anunciava, mas, do momento em que se desencadeou a guerra, os dois partidos se lançaram, massivamente, a uma campanha de propaganda cada um imputando ao outro os atos mais ignóbeis, isto durou até o fim da guerra. Hoje, podemos constatar com os eventos trágicos do Oriente Médio da mesma maneira de tratar a informação, cada um do seu lado prefere camuflar a parte que lhes é desvantajosa para colocar em relevo a parte criminosa do outro. (MORIN, 2000 p.2)

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