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Resenha Crítica Observação e Interpretação (N. Russel Hanson)

Por:   •  9/8/2023  •  Resenha  •  504 Palavras (3 Páginas)  •  160 Visualizações

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Resenha Crítica

HANSON, N. RUSSELL. "Observação e Interpretação". in: . In: Filosofia da ciência, Sidney Mergenbesser (org.). Cultrix, 1979, p.127-138.

Nerwood Russel Hanson foi um filósofo da ciência pioneiro na afirmação que a observação é teoricamente carregada. No texto Observação e Interpretação ele discursa sobre ambos os termos, apresenta questionamentos, reflexões e apontamentos, assim como casos hipotéticos, narrativas comparativas, indagando sobre o que vemos, o que observamos. Ao longo do trabalho aponta críticas ao neo empirismo, pois eles separam os registros de dados sensórios de nossas elaborações intelectuais, no qual segundo eles sustentariam a observação científica, enquanto Hanson argumenta ser inseparáveis e explica o porquê isso é inconcebível no decorrer do texto.

No começo do texto, Hanson contrapõe argumentos realizados por outros filósofos, não especificados ou nomeados por ele, sobre Observação e Interpretação, com suas considerações e críticas, também apresentando dialéticas e indagações.

Ao decorrer da dialética, ele apresenta questionamentos, reflexões e analogias a respeito das possíveis interpretações das relações entre ambos os termos, a divisão entre eles ou indissolubilidade entre os temos. Apresenta, a partir de referenciais teóricos, de comparativos descritivos e citações o que estes temo implica.

O âmago da obra são os questionamentos de Hanson, que apresenta ao decorrer do trabalho perguntas sobre o que seria de uma observação apartada sua intepretação, se teria a possibilidade de separar as duas coisas e responde, após interrogar, como esse par conceitual é inseparável, que as partes nunca se manifestam uma sem a outra.

Hanson aponta que a ideia de observação neopositivista, que aparta os registros de dados sensórios, que são os sinais-de-apreensão-de-sensações, das nossas elaborações intelectuais, a nossa apreciação-do-significado, seria uma destruição do que entendemos por observação científica, posiciona que isso decorreria na morte da ciência natural. Ele segue com o debate e descreve a diferença entre observação e especulação, esta é trazida por ele como um erro, ao exagerar as descrições do observado, as descrições-de-observação, e explica que este equivoco não está relacionado a falhas dos órgãos do sentido.

Também escreve sobre o Empirismo, questiona e apresenta como seria destacar as propriedades da natureza das propriedades inerentes às teorias, explica que isso só seria possível caso os observadores ficassem restritos aos estímulos sensoriais recebidos pelos órgãos do sentido, apartados assim das elaborações acerca desta natureza.

Ele apresenta argumentos em defesa de uma ciência mais realista, descreve que duas pessoas podem observar o mesmo fenômeno e ter observações muito distintas sobre ele, pontuando que observar é diferente de impelir teorias em dados puros. Expõe em seus argumentos a diferença entre dois termos, experiência e estados físicos.

Ao final do texto, após todas argumentações, Hanson diz que as reflexões conduzem à conclusão de que a observação e a interpretação se encontram intimamente associadas. Disserta que, a observação científica e a interpretação científica não precisam nem ser conjugadas, nem separadas, utilizando estes termos. Termina o trabalho contando que o exposto por ele não é novidade para a Ciência, mas que se apresenta como embates filosóficos, presentes na filosofia. Dialoga até a última linha do texto, se posicionando e levantando provocações.

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