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Resenha - Política para não ser idiota

Por:   •  31/8/2017  •  Resenha  •  2.088 Palavras (9 Páginas)  •  741 Visualizações

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DIEGO MARTINS

RESENHA SOBRE PALESTRA DE MARIO SÉRGIO CORTELLA

“POLÍTICA PARA NÃO SER IDIOTA”

Trabalho de pesquisa apresentado à disciplina de Filosofia, como requisito parcial de avaliação do curso de Bacharelado em Sistemas de Informação,  

do Centro Universitário Autônomo do Brasil.

Orientadora: Prof.ª Dra. Maria Aparecida Spanger

CURITIBA

2016

CENTRO UNIVERSITÁRIO AUTONOMO DO BRASIL

BACHARELADO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

DIEGO MARTINS

RESENHA SOBRE PALESTRA DE MARIO SÉRGIO CORTELLA

“POLÍTICA PARA NÃO SER IDIOTA”

CURITIBA

2016

“POLÍTICA PARA NÃO SER IDIOTA”

Cortella, realiza sua palestra fazendo várias citações sobre seus autores preferidos, outras de suas obras e histórias vivenciadas. Iniciando sua palestra com um pensamento de Benjamin Disraeli, “A vida é muito curta para ser pequena”. Comenta também que a única certeza do ser humano é sobre a morte, e ser o único mortal que pensa sobre isso.         

Descreve sobre a história de seu poeta preferido – não só do RS, mas do Brasil inteiro, Mario Quintana: um estupendo gaúcho nascido em Alegrete, que morreu em POA com quase 88 anos de idade, solteiro. Diz que ele tem o melhor argumento para não casar: o grande Mario Quintana, quando lhe perguntavam por que nunca se casou, respondia “Sempre preferi deixar dezenas de mulheres esperançosas do que uma só desiludida”! Lembraremos em 05 de maio seu falecimento (que foi em 1994), e devemos lembrar também uma importante frase que ele nos deixou: “Um dia…pronto!…Me acabo. Pois seja o que tem de ser. Morrer: Que me importa? O diabo é deixar de viver”. Que frase forte! E o que é deixar de viver? É ter uma vida pequena, banal, fútil, inútil, superficial. Justificando o tema de sua palestra.

O escritor ironiza sobre as críticas populares, onde muita gente que, ao falar da escola, da família, da sociedade (…), a única coisa que sabe dizer é “Este mundo tá perdido!”. Cortella costuma dizer que quem diz “O mundo está perdido” é quem já começou a se perder neste mundo; e é acima de tudo um pessimista; e um pessimista é antes de mais nada um desistente. E ao desistir se entrega, se acovarda, se enfraquece e admite que as coisas acontecem mesmo que se diga que não deviam acontecer. E nesta hora é preciso trazer à tona o que há de mais importante a ser evitado na formação de nossas crianças e nossos jovens: pessoas mornas. Já que o livro do Gênesis (por onde começa a reflexão) é o primeiro livro da Bíblia cristã e já foi citado, agora vamos citar o último livro: o Apocalipse. O último livro do Novo Testamento da escritura sagrada cristã é o Apocalipse, sendo que há 27 livros no Novo Testamento. Esse livro fala do fim: do fim de todos os tempos, do fim de tudo. E ele traz uma frase muito forte que deve nos alertar quanto à família, à escola, à educação, à sociedade em geral. Lá no livro do Apocalipse os cristãos escreveram, no capítulo 3, versículos 15 e 16, “Deus vomitará os mornos”. Aliás, a frase completa é: “Porque tu não és nem quente nem frio, hei de vomitar-te”. Conhece gente morna? Morna no trabalho, morna na família, morna na comunidade, morna no casamento, morna na religião… Morna! Gente mais ou menos, gente que não é quente nem fria, gente que não cheira nem fede. Uma vida mais ou menos, gente morna! Morna na amizade, morna na fraternidade, morna na convivência. Gente morna é aquela que, quando você vai apertar a mão, dá só a pontinha do dedo e você aperta aquela minhoca ‘desmilinguida’; ou então morna no abraço: você vai abraçar e ela abraça meio de lado, parece que ela está com nojo. Ou, ainda, gente morna é aquela que faz uma coisa inacreditável: ela economiza afeto, esquecendo que afeto e conhecimento são duas coisas que se você guardar, você perde. Afeto e conhecimento, se guardados, são perdidos. Por isso, cuidado você e eu para não sermos mornos na vida. “Como é que tá o casamento?”, “Tá ruim com ele, pior sem ele”. “E como é que tá lá na escola?”, “Ah, vamos levando, né? Fazer o quê?”. “E como é que tá lá a cidade?”, “Ah, o que que eu posso fazer? A vida é assim”. “E as crianças, como é que tão?”, “Ah, vamos ver, né? Sabe como é que é, essa geração tá perdida”. Opa! Tem alguma coisa estranha! Há gente morna em tudo, até na religião. Tem gente que, quando vai a um culto religioso, escolhe o horário de menor duração. Então vai pra quê? Ou você acha que seu Deus é burro? Você chama Ele de Todo Poderoso e Ele não sabe que você escolheu um horário curto? Gente mais ou menos, vida mais ou menos, “Um dia…pronto!…Me acabo. Pois seja o que tem de ser. Morrer: Que me importa? O diabo é deixar de viver.” Nós não podemos ter uma família mais ou menos. E família mais ou menos não é uma família remediada do ponto de vista material. Família mais ou menos é aquela que não tem convivência, amorosidade, educação incisiva (sem ser violenta, mas que seja firme). Uma escola mais ou menos é aquela que oferece só aquilo que se chama de “formação científica”, o que é importante, mas não exclusivo; que forma só pro vestibular, o que é importante, mas terminará (como já terminou em vários países). A mesma coisa para uma cidade mais ou menos, uma vida mais ou menos. Cuidado, repetindo: Deus vomitará os mornos. E a “mornidade” resulta de algo forte: as pessoas não se colocarem como personagem principal da própria vida e do próprio futuro.

Utiliza a expressão de Leonardo Boff pra gente nunca esquecer é: “Todo ponto de vista é a vista de um ponto”. Ou seja, cuidado você e eu para não nos imaginarmos como sendo a única referência na vida, na sociedade, na comunidade. Por que ele disse isso? Porque o trabalho dos educadores, pais (…) é formar uma geração que entenda a ideia de fraternidade. Para isso, não se deve esquecer que “O mundo que nós vamos deixar para os nossos filhos depende dos filhos que nós vamos deixar para este mundo”. A fraternidade tem tudo a ver com a antropodiversidade, alertando sobre o limite não ser barreira e sim a fronteira.

Utiliza-se da etimologia das palavras e descreve sobre Os gregos antigos, há 2500 anos, davam um nome para quem só se preocupava com o próprio umbigo, gente que não participava da vida da comunidade e achava que na vida é cada um por si e Deus por todos: a expressão era “idiotes”, que deu origem à palavra idiota! O prefixo -idi significa “próprio, pessoal, privado”. Ex.: Idiopatia, idiossincrasia, idiotia. “Idiota” não era sinônimo de “tonto”; era o sinônimo de alguém que fica aprisionado dentro de si, que só olha pro próprio umbigo, que a única coisa que faz quando alguém diz “Olha como as coisas estão!” é “O que que eu posso fazer? A vida é assim!”. Traz também a compressão para Político,  ser derivada do grego  POLITIKOS, que significava “relativo ao cidadão ou ao estado. Esta palavra por sua vez, era tinha origem em POLITES, que em grego era “cidadão” e ainda tem mais um ramo: POLIS, “cidade”. Afirma a necessidade de cautela para que nós não formemos uma sociedade em que aceitamos a idiotia como conduta de vida.

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