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Resenha Rashomon

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Por:   •  6/6/2013  •  2.657 Palavras (11 Páginas)  •  382 Visualizações

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Resenha

Filme : Rashomon

O drama acontece em uma ilha chamada RASHOMON no Japão no século XI e descreve um estupro e assassinato através dos relatos amplamente divergentes de quatro testemunhas, incluindo o próprio criminoso e, através de um médium (Fumiko Honma), a própria vítima.

A história se desvela em flashbacks conforme os quatro personagens — o próprio bandido (Toshiro Mifune), o samurai assassinado Kanazawa-no-Takehiro (Masayuki Mori), sua esposa Masago (Machiko Kyō) e o lenhador sem nome (Takashi Shimura) - recontam os eventos de uma tarde em um bosque. Mas é também um flashback dentro de um flashback, porque os relatos das testemunhas são recontados por um lenhador e um sacerdote (Minoru Chiaki) para um grosseiro plebeu (Kichijiro Ueda) enquanto eles esperam por uma tempestade em uma portaria arruinada.

Um lenhador sem nome alega ter encontrado o corpo de uma vítima (o samurai) três dias atrás enquanto procurava por madeira na floresta. Ao descobrir o corpo, o lenhador foge em pânico para alertar as autoridades.

Um sacerdote budista viajante alega ter visto o samurai e a mulher no mesmo dia em que ocorreu o assassinato. (Como seu depoimento não diz nada sobre o assassinato em si e não contradiz os outros relatos, ele está presumivelmente dizendo a verdade.)

Tajōmaru, um notório bandoleiro, alega que ele enganou o samurai para que este saísse de sua trilha na montanha e fosse com ele verificar um esconderijo de espadas anciãs que ele havia encontrado. Na alameda, ele amarrou o samurai a uma árvore, e então retornou para agarrar a mulher. Ele planejava estuprá-la, e ela inicialmente tentou se defender. Quando capturada, ela submeteu-se à visão de seu marido e foi "seduzida" pelo bandido. A mulher, então coberta de vergonha, implorou ao bandido para duelar até a morte com seu esposo, para que a salvasse da vergonha de ter dois homens cientes de sua desonra. Ele honoravelmente libertou o samurai para que então ambos pudessem duelar. Na recordação de Tajōmaru eles duelaram habil e ferozmente, mas no final Tajōmaru venceu seu oponente e a mulher fugiu. No final da história, ele é perguntado sobre uma cara adaga possuida pela esposa do samurai. Ele diz que, durante a confusão, ele se esqueceu completamente disso e que foi tolice de sua parte deixar para trás tão precioso objeto.

A esposa do samurai, Masago, alega que depois que ela foi estuprada por Tajōmaru, que a deixou a chorar em desespero, ela implorou a seu marido para que a perdoasse. Ele simplesmente a olhou com frieza. Ela então o libertou e implorou para que ele a matasse, de modo que ela pudesse ficar em paz. Ele continuou a olhar para ela com uma sensação de frieza. Sua expressão penetrou em sua alma e ela implorou mais uma vez para que a matasse, sem prejuízo, e então ela desmaiou com a adaga na mão. Após acordar, encontrou seu marido morto com a adaga cravada no peito,ela reconta a tentativa de se matar, incluindo a tentativa de se afogar em um lago próximo momentos depois, mas falhou em todos os seus esforços.

Através de um médium , o samurai falecido, Kanazawa-no-Takehiro , alega que após ter sido capturado por Tajōmaru, e depois que o bandido a estuprou, Tajōmaru a pediu para que fugisse com ele.Ela aceitou e pediu ao bandido para que matasse seu marido, de modo que ela não se sentisse culpada por ter sido desonrada por dois homens. Tajōmaru, chocado pelo pedido, a agarrou e deu ao samurai a escolha de deixá-la partir ou matá-la. A mulher fugiu, e então Tajōmaru, após tentar recapturá-la, desiste e liberta o samurai. O samurai então se suicida com sua própria adaga. O fantasma então menciona que alguém removeu a adaga de seu peito. Ao ouvir isso (ou mais precisamente no enquadramento seguinte em após esta parte de que o flashback é recontado), o lenhador fica assustado e alega que o morto deve estar mentindo, porque ele foi morto por uma espada.

O lenhador então afirma que havia mentido em seu depoimento anterior, declarando que ele não queria se envolver muito. Ele confessa que na verdade testemunhou o estupro e assassinato. Ele diz que Tajōmaru estuprou a esposa do samurai, e então implorou para que a mulher em prantos casasse com ele. Ao invés disso, a mulher libertou seu marido, e continuou a se lamentar. O samurai disse que ele se negava a morrer por uma mulher como aquela, e que ele estaria mais de luto pela perda de seu cavalo do que pela perda de sua esposa. Após escutar essas palavras, Tajōmaru perde o interesse na esposa do samurai e começa a se retirar. A esposa do samurai continua a chorar, mais intensamente agora, o que estimulou seu marido a exigir que ela parasse. Tajōmaru replicou que as advertências do samurai eram efeminadas de sua parte desde que, de acordo com Tajōmaru, "mulheres são fracas" e não podem parar de chorar. Nesse ponto, a mulher já estava agravante e amarguradamente provocada, tanto pela relutância de seu marido em proteger a sua própria esposa quanto pela frieza a falta de amabilidade de Tajōmaru, cuja afeição passional tinha se transformado de maneira tão imediata em piedade. Em uma explosão de fúria descontrolada, ela excitou os dois homens a brigarem por ela, movimento do qual ela pareceu se arrepender tão logo quanto ambos começaram uma briga patética, aparentemente mais pela razão de se manter defronte ao outro do que por qualquer afeição pela mulher. Depois de uma briga patética, Tajōmaru venceu o duelo, mais por sorte do que por habilidade, e matou o samurai, uma vez que este estava tentando fugir para os arbustos. Ao avistar a morte de seu marido, a mulher gritou aterrorizada e fugiu de Tajōmaru, que tentou se aproximar dela. Tajōmaru, incapaz de a seguir, pegou a espada do samurai e saiu da cena mancando.

No templo, o lenhador, o sacerdote e o plebeu são interrompidos das discussões sobre o relato do lenhador pelo choro de um bebê. Eles encontram a criança abandonada, e o plebeu pega tanto o quimono quanto um rubi que serve de proteção para o bebê na cesta. O lenhador repreende o plebeu por roubar pertences de uma criança abandonada, mas o plebeu o questiona sobre a adaga da mulher; o lenhador não responde e, dessa forma, o plebeu junta as peças do quebra-cabeça e percebe a verdade: aquele lenhador é um ladrão, tendo roubado a adaga utilizada no assassinato do samurai. O plebeu, sorrindo e falando por entre suas aparentes observações agudas, alega que todos os homens são egoístas, e que todos eles estão olhando por eles próprios no fim das contas. Essa série de mentiras e decepções abalam a fé do sacerdote na bondade da Humanidade. Ele é trazido de volta para seus sentidos quando o lenhador tenta alcançar o bebê nos braços do sacerdote. Após inicialmente repreender

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