A EDUCAÇÃO BÁSICA NO BRASIL ATUAL: DESAFIOS E PERSPECTIVAS

CLARETIANO CENTRO UNIVERSITÁRIO

POLÍTICAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA

KEILA FREIRES SANTOS

A EDUCAÇÃO BÁSICA NO BRASIL ATUAL: DESAFIOS E PERSPECTIVAS

MIRANTE-BA
2016

KEILA FREIRES SANTOS

A EDUCAÇÃO BÁSICA NO BRASIL ATUAL: DESAFIOS E PERSPECTIVAS

Trabalho apresentado no curso de graduação ao Claretiano – Centro Universitário.

Curso de Licenciatura em Geografia.

Prof. Paulo Eduardo Vasconcelos De Paula Lopes

MIRANTE-BA
2016

A Educação Básica no Brasil atual: Desafios e Perspectivas

A educação no Brasil ainda não é um motivo de orgulho a pesar de avanços e grandes mudanças depois da Constituição Federal de 1988 e da Lei de Diretrizes e Bases de 1996, que coloca em seu art. 2º a educação como “dever da família e do estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e a sua qualificação para o trabalho”. Mas podemos dizer, que em alguns casos ainda há uma grande distancia entre a lei e a realidade.

 Analisando o documentário do diretor João Jardim, Pro dia Nascer feliz, podemos perceber a realidade educacional de algumas escolas de três diferentes estados, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo, de diferentes culturas e classes sociais. No documentário Jardim levanta discussões sobre a educação do nosso país, onde professores e alunos expõem suas insatisfações, o filme deixa visíveis os vários fatores culpados pela precariedade do ensino: problemas na estrutura, organização e funcionamento das escolas, desmotivação e despreparo dos professores, falta de assistência aos alunos, pouco investimento, falta de currículo adequado ao contexto social dos alunos e métodos de ensinos tradicionais e ultrapassados, causando problema na permanência dos jovens na escola, pois acabam se sentindo mais atraídos pelo mundo fora da escola, e o pior de tudo, é a desmotivação, onde parece que vai passando de aluno para professor, diretor e contagiando a todos, como relata uma das professoras no filme, que conta que ela no início ficava até o fim da aula, mas como todos os outros professores não ficavam ela também passou a sair mais cedo, ou seja, a educação do jeito que está e todo mundo acomodado e ninguém faz nada.

A partir de 1990, o ensino público no Brasil, foi colocado como obrigatoriedade no país e fez com que crianças que antes eram excluídas passassem a frequentar a escola, assim, houve um aumento no número de matrículas, porem não houve investimentos para atender essas novas matrículas, mais um dos motivos que tornou a educação básica precária atualmente, pois sem dúvida a infraestrutura da escola tem grandes influências na aprendizagem dos alunos. Jardim relata essa falta de estrutura em seu documentário ao mostrar as instalações sanitárias das escolas em Pernambuco, e mostrar alguns números, da quantidade de escolas sem banheiro no país (13,7 mil) e sem água (1,9 mil), ele mostra também a dificuldade dos estudantes da cidade de Manari, que pra frequentar o ensino médio precisavam ir até Inajá, dependendo do transporte no qual se encontrava em condições precárias que sempre quebrava e deixava os alunos sem aula por dias, mesmo quando a lei diz que todos têm direito de acesso à educação, e no Art. 3º da LDB 9.394/96 que determina igualdade de condições para o acesso e permanência na escola como um dos princípios do ensino.

Outra dificuldade encontrada em muitas escolas são as práticas pedagógicas ultrapassadas, no qual não se alcança os objetivos da educação em formar sujeitos críticos, questionadores e preparados pra avida, se preocupam apenas em repassar conteúdos para que aprendam e passem de ano e desconsideram os conhecimentos que o aluno traz. Como foi mostrado no documentário com a história da jovem Valéria, que escrevia poemas, mas os professores não acreditavam que eram de sua autoria.

O currículo deve levar em consideração o contexto social em que o aluno esta inserido. Como estabelece O art. 26 da LDB 9.394/96: Os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela. Ou seja, é preciso uma preocupação com o contexto social dos alunos, é preciso conhecer suas histórias, conhecer o aluno faz a diferença, na história de Valéria, por exemplo, se a professora a conhecesse mais, ao invés de duvidar de da sua capacidade, poderia incentivá-la e aperfeiçoar mais os seus conhecimentos, e quem sabe, torna-la uma escritora e não desmotiva-la.

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