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Escolas criticas

Por:   •  11/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.522 Palavras (7 Páginas)  •  551 Visualizações

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Fundamentos Epistemológicos da Geografia

19 de abril de 2014

Atividade portfólio:

Após o estudo da unidade 3 faça uma “análise comparativa” entre a escola geográfica denominada de Geografia Teorética ou Quantitativa (ou Neopositivista) e a Geografia Critica ou Radical e redija um texto respondendo as seguintes questões.

  1. Como surgiram essas escolas e quais as criticas que elas fizeram ás escolas anteriores?
  2. Quais as principais características de cada uma delas e quais as filosofias que lhes deram embasamento?
  3. Qual metodologia utilizada por cada uma dessas escolas?
  4. Quais visões dessas escolas em relação ao “espaço geográfico”?
  5. Quais foram às contribuições que cada uma delas trouxe para o pensamento geográfico?

A Geografia Teorética esta relacionada com o surgimento de nova perspectiva de abordagem na Geografia que está integrado a transformação profunda provocada pela segunda guerra mundial nos setores cientifico, tecnológico, social e econômico.

 Com isso a Geografia Tradicional empírica e descritiva entra em crise e passou a ser considerada uma ciência sem valor. Os geógrafos sentiram, então, a necessidade de tornarem a Geografia mais cientifica. Outro motivo foi que o geografo tradicional ficou marginalizado, pois não falava a mesma linguagem cientifica dos outros profissionais.  

Assim surgiu a Geografia quantitativa que é a Corrente de pensamento da década de 1963 que surgiu da necessidade de exatidão, através de conceitos mais teóricos e apoiados em uma explicação matemático-estatística. Ela é baseada no positivismo lógico, e, busca ser objetiva e imparcial, por meio de um rigor maior na aplicação da metodologia científica.

Diferente do que era dito na Geografia Tradicional onde a Geografia era vista como uma ciência singular, devendo possuir métodos próprios, na teorética os métodos científicos são comuns a todas as ciências.

Desenvolveu-se inicialmente nos Estados Unidos e teve seu núcleo de expansão em torno da figura de Edward Ulman, professor da universidade de Washington que transmitiu a seus alunos os estudos urbanos. Mas o grande centro difusão de ideias quantitativas foi à universidade de Chicago;

Seu grande percussor foi Brien Barry, que se dedicou aos estudos urbanos.

Na Suécia, ele teve seu início com os trabalhos de Torsten Hargerstrand. Ele elaborou cartas que indicavam a progressão da modernização correlacionando com o processo no meio urbano e rural utilizando, a larga escala os métodos estatísticos e as cartas temáticas. Na Inglaterra, alguns autores realizaram trabalhos intensos utilizando a pesquisa operacional, a cibernética e teoria dos jogos.

Os geógrafos desta nova corrente passaram a criticar a geografia tradicional empírica e descritiva o de base positivista. A crítica feita pela corrente quantitativa a Geografia Tradicional se dá em relação aos aspectos técnicos e metodológicos, e não quanto aos aspectos epistemológicos.

É uma critica acadêmica, que toca nos compromissos sociais do pensamento tradicional, visa apenas, a uma redefinição de forma de veicular os interesses do capital.

A geografia quantitativa condenou o ensino, o uso das excursões, das aulas práticas dos campos por achar desnecessária a observação da realidade, substituindo o campo pelo laboratório. Assim, a um empobrecimento do grau de concretude do pensamento geográfico. Para geógrafos, o temário da geografia poderia ser explicado com base em estudos matemáticos com inter-relações de fenômenos e elementos da ação da natureza sobre os homens, seriam expressos em temos numéricos e compreendidos na forma de cálculos.  

         As principais características dessa corrente geográfica são:

- Perspectivas “Ideográficas” e “Nomotética”: duas perspectivas podem ser aplicadas na abordagem de qualquer objeto de estudo, encarando como acontecimento único (ideográfica) ou constituindo exemplo de uma série genérica (nomotética).

- Utilização de técnicas estatísticas e matemáticas: maior rigor no enunciado e na verificação de hipóteses.

- Emprego de modelos: O emprego de modelo em ciência permitir estruturar, visualizar e compreender o funcionamento do sistema.

- Abordagem sistêmica: Instrumento conceitual que lhe facilita tratar dos conjuntos complexos dentro da visão sistêmica, como os da “Organização Espacial”.

- Levantamento de dados: Na geografia os geógrafos passam a utilizar mais o “trabalho de gabinete” por meio de técnicas mais sofisticadas na obtenção de dados, tais como: Sensoriamento Remoto, Dados Estatísticos, Censos Demográficos, emprego de computadores.  

Foi usada como um forte instrumento de poder estatal, pois manipulava dados através de resultados estatísticos. As principais críticas feitas à geografia quantitativa foram:

  1. Passou a usar a quantificação não como um meio, mas como um fim.
  2. Deram mais importância aos métodos e às técnicas de análise que os fins a serem atingidos.
  3. Os geógrafos passaram pra tecnicistas, ficando alheios aos problemas sociais e da agressão ao meio ambiente, preocupados apenas com as técnicas de planejamento.
  4. Passaram a utilizar em larga escala de dados estáticos das mais variadas fontes.

Predominou na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos, principalmente na década de 1960 a meados de 1970. A partir da década de 1960, a Geografia Pragmática começou a sofrer duras críticas. Uma das principais críticas é o fato de não considerar as peculiaridades dos fenômenos, pois o método matemático explica o que acontece em determinados momentos, mas não explica os intervalos entre eles, além de apresentar dados considerando o “todo” de forma homogênea, desconsiderando, portanto, as particularidades. Então , com as críticas cada vez mais duras , surgiu a GEOGRAFIA CRÍTICA.

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