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O CELULAR NA ESCOLA

Por:   •  3/5/2015  •  Projeto de pesquisa  •  3.244 Palavras (13 Páginas)  •  290 Visualizações

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O USO DO CELULAR COMO RECURSO PEDAGÓGICO NA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO: WHATSAPP NAS AULAS DE GEOGRAFIA

O USO DO CELULAR COMO RECURSO PEDAGÓGICO NA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO: WHATSAPP NAS AULAS DE GEOGRAFIA!

Marcus Vinícius Cardoso

Como professor, antes de iniciar este PROJETO, tenho que explicar primeiro o significado da expressão: “CELULAR COMO RECURSO PEDAGÓGICO”. Meu objetivo foi incentivar e analisar o uso do celular nas aulas de Geografia, mais precisamente nas aulas de Cartografia,  um exemplo de prática pedagógica auxiliada por recursos midiáticos dando ênfase ao aparelho celular, um equipamento que tem evoluído de forma muitas vezes assustadora, gerando polêmicas, restrições e até proibições para o seu uso nos espaços escolares.

Busco através deste projeto desmistificar o alegado prejuízo dos celulares para o desenvolvimento das aulas. A pesquisa surgiu da ideia de criação de um grupo no whatsapp com  meus alunos, por meio do qual eu compartilho informações, gravações de áudio com o conteúdo a ser estudado e questões que os alunos devem responder, valendo nota.

Percebi ao longo da minha trajetória como educador que costumava perder um tempo considerável da aula repreendendo os alunos por utilizarem o celular na sala. Então percebi que poderia aproveitar aquele interesse dos alunos de uma maneira que contribuísse para o aprendizado. Existe uma lei que proíbe o uso de celulares na sala de aula, mas EU permito o uso pedagógico. Em cada sala de aula  foi escolhido um líder que ficou responsável em passar uma listagem onde fossem registrados os nomes, números de telefones e e-mails de todos os alunos da sala. A partir dai eu como administrador do grupo em conjunto com o aluno cadastramos  os números dos  alunos em um grupo no aplicativo e passamos a utilizá-lo como ferramenta de suporte ao trabalho realizado.

A partir daí, o grupo passou a fazer parte da dinâmica das aulas. Eu explico a matéria e depois passo uma questão para eles responderem pelo Whatsapp. Às vezes, falo pra eles tentarem responder o mais rápido possível, pra ver quem responde primeiro, ou apenas registro as atividades de dever de casa. Neste momento esclareci a todos os alunos que não seria obrigatório ter celular com whatsapp ou mesmo ter internet em casa, pois eu mesmo utilizei o laboratório de informática da escola para criação dos e-mails. Esclareci também que o uso do whatsapp seria apenas um complemento e não somente o único meio de trocar informações, visto que em todas as aulas que passo dever ou anotações elas são passadas no quadro antes de serem repassadas pelo whatsapp.

Além das questões em sala de aula, são enviadas gravações de áudio de até três minutos que sintetizam assuntos discutidos na sala de aula. E para incentivar os alunos a estudar em casa, envio também questões para o grupo durante o período da tarde. Essas, em geral, são sobre algum assunto discutido na aula daquele dia. Como foi no caso do TRABALHO SOBRE A ÁGUA. Como eles sabem que terão de responder a uma questão sobre a matéria da aula no período da tarde, eles acabam prestando mais atenção no conteúdo. Alunos que não possuem whatsapp podem realizar essas tarefas por outros meios, como trabalhos escritos ou digitados, também, para não serem prejudicados.

Inicialmente, os alunos estranharam a iniciativa, pois eles estavam acostumados a enxergar o Whatsapp apenas como uma ferramenta para conversar com os amigos, e mostraram certo receio em permitir que o clima dos estudos se infiltrasse naquele ambiente virtual. Após algumas aulas, porém, eles se acostumaram a incluir o grupo em sua rotina de estudos. A direção foi comunicada do fato do uso do celular nas aulas de geografia, apesar de uma incerteza inicial sobre como o aplicativo seria incorporado às aulas.

PROJETO DE CONSCIENTIZAÇÃO DO USO DO CELULAR COMO FERRAMENTA PEDAGOGICA

INTRODUÇÃO

É indiscutível que uso deste pequeno aparato tecnológico tornou-se indispensável para milhões de pessoas no mundo. Segundo algumas pesquisas, há quase o mesmo número de celulares nos países em desenvolvimento que pessoas com acesso a banheiros.  97 países já possuem uma quantidade de telefones celulares superior ao total de suas populações. No entanto, é suscitado um questionamento: Será que o uso deste aparelho é tão indispensável assim? Seu uso se faz mesmo necessário no ambiente escolar?

A polêmica em torno deste impasse fica maior quando há o conflito de posicionamentos entre pais e professores. Os educadores alegam que o uso do aparelho celular na escola prejudica o processo de aprendizagem por gerar distração por parte dos alunos. Já os pais entendem que o uso deste aparelho é justificável por razões ligadas à segurança dos filhos. 

2. EMBASAMENTO TEÓRICO

As aulas de geografia trabalhadas com a inserção de vários suportes midiáticos, como computadores, internet, lousa digital e celular, refletem, além de uma visão construtivista de ensino, um recorte do real. Para muitos professores, o que vale ainda é a prática  instituída, tradicional, em que prevalece a reprodução de conteúdos  considerados inquestionáveis, fechados em si mesmos; o verbalismo; a memorização. Buscamos, então, uma prática interativa, com a participação efetiva dos alunos e seus conhecimentos tecnológicos, em função de uma aprendizagem mais significativa.

De acordo com Lana de Souza Cavalcanti, no que se refere à necessidade de uma interação mais ativa dos alunos com os conteúdos curriculares e o meio externo, as:

“Ações devem pôr o aluno, sujeito do processo, em atividade diante do meio externo, o qual deve ser inserido no processo como objeto de conhecimento, ou seja, o aluno deve ter com esse meio (que são os conteúdos escolares) uma relação ativa, uma espécie de desafio que o leva a um desejo de conhecê-lo”. (CAVALCANTI, 2008, p. 14).

Hoje não podemos deixar de considerar a “cultura geográfica” dos alunos. No cotidiano, eles constroem conhecimentos geográficos que deverão ser confrontados com o saber geográfico mais sistematizado. Ampliar esses conhecimentos e levar os alunos a socializar  suas dúvidas, por meio de diferentes práticas inseridas em sala de  aula, reflete a “cultura escolar”, que pode ser entendida como uma  seleção do repertório cultural da humanidade, levando-se em conta os comportamentos desenvolvidos no cotidiano da escola, seus ritmos, sua linguagem, suas práticas.

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