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O Rio Paraiba Do Sul

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Por:   •  15/8/2014  •  1.068 Palavras (5 Páginas)  •  318 Visualizações

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CAPITULO I

O RIO PARAIBA DO SUL

Histórico da região.

Durante todo o século XVI, até os fins do século XVII, o Vale do Paraíba tornou-se passagem obrigatória de todos os que se dirigiam do Rio de Janeiro às Minas Gerais e à São Paulo, através dos chamados “Caminho Velho” e “Caminho dos Paulistas”. Ao longo desses caminhos foram surgindo núcleos humanos permanentes. Esses núcleos formavam-se como locais de pouso de viajantes. Em fins do século XVIII já existiam as vilas de Taubaté, Guaratinguetá, Jacareí, Pindamonhangaba, São José dos Campos, Cachoeira, Bananal, Caçapava, Paraibuna, Paraitinga, todas muito pobres, produzindo apenas o necessário para o próprio sustento.

No século XIX, a cultura cafeeira atingiu o Rio de Janeiro, começando no litoral: Angra dos Reis e Parati, daí deslocando-se também para São Paulo: Ubatuba, Caraguatatuba e São Sebastião. Porém foi no Vale do Paraíba que o café prosperou e desde então, toda energia econômica volta-se para o cultivo do café, que era vendido ao mercado europeu em expansão e sem concorrência. Torna-se, por isso, o estabilizador da economia do Império, a ponto de se poder dizer, na época, que o “Brasil é o Vale”.(Figura 1 ANEXO I ).

Por volta de 1.840 – ano do início da primeira fase do reinado pessoal de D. Pedro I - o Vale do Paraíba produzia 80% do café de todo o estado de São Paulo e sua produção rural representava 37% da produção do Estado. A partir de 1.850 o café passou a ser o principal produto do Vale do Paraíba, com a produção aumentando sempre até o fim do século. Foi uma época de grandes riquezas em que o Vale do Paraíba se sobressaiu politicamente, representado pelos “barões do café”. (Figura 2 e 3 ANEXO I)

O Império tinha na mão de obra escrava, o seu ponto principal de sustentação e os senhores de engenho e os barões do café constituem a camada dominante do Império, pela simples razão de que a economia é escravista, monocultora e inteiramente voltada para o mercado externo (Figura 4 e 5 ANEXO I). Dominando o poder econômico, detinham o poder político. O Império expressava, pois, os interesses dos senhores de engenho e dos barões do café do Vale do Paraíba. Ramos de fumo e café faziam parte do Escudo do Brasil Império.

A proibição do tráfico negreiro em 1.850 representou um duro golpe aos senhores de engenho e barões do café, essa situação se agravou após a Guerra do Paraguai quando a luta pela abolição da escravatura se coloca no centro dos debates políticos. Em 1.888 a Lei Áurea foi assinada pela Princesa Isabel dando um fim à escravidão.

As terras eram intensamente exploradas, se exauriram, e o único motivo que ainda as tornavam economicamente rentáveis – o trabalho escravo – foi eliminado.

A proclamação da República, em 1.889, vem atender os interesses dos grandes fazendeiros de café, paulistas, mineiros e fluminenses. A República Velha é, por isso, a “República do Café”.

Em 1.895, a economia cafeeira começava a mostrar sinais de crise: superprodução e queda de preço. Em 1.906 a safra de café ultrapassou os 20 milhões de sacas, para um consumo mundial inferior a 16 milhões, enquanto os preços continuavam a cair. Para solucionar esse problema os governadores de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro firmam um acordo conhecido como “Convênio de Taubaté” e decidem que para evitar a queda de preço, os governos estaduais interessados devem contrair empréstimos no exterior para adquirir parte da produção que excede o consumo do mercado internacional. Inicia-se, assim, a “política

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