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Resenha do Documentário Pro Dia Nascer Feliz

Por:   •  11/11/2020  •  Resenha  •  697 Palavras (3 Páginas)  •  554 Visualizações

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Instituto de Ciências Humanas

Estágio Obrigatório: Etnografia das Instituições Educacuionais

Aluno (A): Francielen Esterlane De Oliveira

A escola tem o papel fundamental na vida do indivíduo pois atua como um dos principais agentes da socialização e de sua formação identitária. O documentário “Pro dia nascer feliz” apresentou diversas histórias, vivências e perspectivas divergentes do mundo escolar entre alunos, professores e afins.

Foram expostos vários cenários, apresentando casos como em cidadezinhas no Estado de Pernambuco, onde a verba disponibilizada para as escolas quase não supre as necessidades, deixando os ambientes extremamente precários. Manari-PE por exemplo não tinha escolas de ensino médio, e com isso, os adolescentes tinham que se deslocar de ônibus para outra cidade para assim conseguirem estudar. Mas isso acontecia apenas quando o ônibus funcionava.

Posteriormente, foram apresentadas escolas de regiões periféricas nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo onde a criminalidade era motivo de extrema preocupação nesses respectivos locais, e uma escola particular também situada no Estado de São Paulo. Após visualizar todos os cenários, é possível perceber o quão discrepante é a vida dos jovens retratados.

De um lado, têm-se o cenário das meninas em Pernambuco, que gostam de estudar e vêem no estudo um meio de serem bem sucedidas, Valéria por exemplo é “perseguida” por escrever bons textos, e é taxada pelos professores como plagiadora, o adolescente Douglas na periferia do Rio de Janeiro que não levava a escola muito a sério e passou de ano pelo conselho de classe, e os outros alunos de escolas públicas na periferia de São Paulo que apesar dos problemas como falta de professor e ensino precário, alguns sonhavam em ingressar em uma faculdade (Ronaldo sonhava em cursar Filosofia e ser padre), e assim por diante.

Do outro lado, temos uma escola particular em São Paulo, e logo consegue-se ver o abismo entre a infraestrutura de lá com as outras escolas que foram mostradas no documentário. Destaca-se também os problemas sociais apresentados pelos jovens, onde os alunos da escola particular diziam que a cobrança era maior, que se sentiam pressionadas a escolher entre uma faculdade ou outra, e que estudavam muito, deixando de lado assim sua vida social. Na rede pública os alunos se encontravam desmotivados, sem sentir que pertenciam ao espaço escolar e com problemas nas relações com os professores.

Uma professora criticou a metodologia de ensino que as escolas tinham até então, alegando que esta era defasada e que havia a necessidade de serem aplicados novos moldes e funções, fazendo o seguinte comentário: “[...] ela tinha que ser repensada, porque a gente tá vivendo uma escola de século passado [...]”. Em seguida, ela diz que o professor está preparado, mas não para este tipo de aluno (se referindo aos alunos desinteressados, baderneiros, residentes da periferia).

Tanto quanto a escola, esse pensamento da professora também é antiquado, pois não é apenas esse “tipo” de aluno, são alunos no geral. Uns são mais centrados, outros nem tanto, outros são sim bagunceiros e desorganizados, mas isso não é um problema ligado estritamente à classe social. Em escolas públicas, particulares e até mesmo instituições de ensino superior se tem alunos assim, e separá-los em “classes”, como “os mais inteligentes”, “os casos perdidos”, e etc não é a solução.

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