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Resumo The Geographical Tradition

Por:   •  4/4/2019  •  Resenha  •  933 Palavras (4 Páginas)  •  241 Visualizações

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Livingstone, faz um reconhecimento das mudanças da tradição geográfica ao longo da história, pois compreende que a geográfica mudou à medida em também se modificou os diferentes ambientes sociais e intelectuais da sociedade. O autor considera que os primeiros dados geográficos começaram a ser reconhecidos com as grandes navegações europeias dos séculos XV e XVI, através da descoberta e reconhecimento de novos povos, plantas e animais que não estavam presentes nas taxonomias existentes. Esse contexto faz com que seja despertado nos cientistas o interesse para as expedições científicas de reconhecimento do novo mundo, uma vez que o novo conhecimento geográfico estivesse desafiando as tradições acadêmicas aceitas. Além disso começou a nascer o interesse para solução de problemas tecnológicos e científicos como o mapeamento do caminho de volta das navegações, trazendo novos desafios para a cartografia. A construção de mapas era vista como a atividade dos geógrafos, e intimamente ligada a essa função estavam as habilidades na fabricação de instrumentos e a agrimensura, fazendo que os geógrafos estivessem envolvidos com o mapeamento temático das regiões.

Durante o século XVII, escritores desenvolveram um estilo de história natural chamado físico-teologia, baseava-se no mundo teologicamente projetado e providencialmente controlado. Interpretavam o ambiente como uma relação de funcionamento do propósito divino, entretanto apresentavam à história uma visão da natureza como um sistema holístico, que enfatizava as inter-relações e interdependência entre organismos e meio ambiente. Mais tarde, geógrafos renunciam à autoridade eclesiástica, para defender a libertação da ciência escolástica. Além servir a fins teológicos, a geografia em sua história, é frequentemente ligada ao campo militar, e em dada época ao imperialismo. Não é à toa que institucionalização da geografia tenha sido adotada pela primeira vez nas escolas militares. Os mapas eram instrumentos vitais para a logística de guerra, e muitos geógrafos disponibilizaram seus serviços durante as grandes guerras mundiais. Da mesma forma, o desejo de expansão territorial despertou um interesse renovado na geografia. A teoria da Heartland de Mackinder dependia crucialmente do controle de uma parte específica do espaço territorial no Velho Mundo. Friedrich Ratzel, na Alemanha, erigiu uma teoria orgânica do estado sobre sua noção de espaço vital. Nos Estados Unidos, o ponto de vista ratzeliano foi propagado por Ellen Semple.

Mesmo quando o determinismo ambiental estava se espalhando rapidamente entre os geógrafos, na Alemanha, cuja conversa se concentrava na capacidade da cultura humana de transformar seu ambiente natural. Alguns geógrafos passaram a reconhecer a interação do ambiente, hereditariedade e percepção na produção dos padrões geográficos da diversidade humana em toda a face do globo. Essa tensão crítica ambientalista surgiu da tradição da geografia cultural francesa associada a Vidal de la Blache, onde o ambiente era visto não como uma força determinante, mas como um fator limitante que estabelecia limites para as possibilidades culturais. O criticismo determinista emanou da escola de geografia cultural Carl Sauer e che Berkeley, nos Estados Unidos. Sauer consolidou esse discurso ao fechar os objetivos da geografia em torno do tratamento da cultura material residual, como artefatos históricos da diversidade cultural.

Juntamente com os esforços de delinear a geografia como um setor do espaço conceitual no esquema acadêmico, havia aqueles que estavam mais inclinados a falar de seu valor ambiental, ao tomar com igual seriedade os sistemas físicos e humanos. Certamente esta função de intermédio também tinha valor essencial na busca de identidade institucional e, por isso, foi apelado para justificar a geografia como uma disciplina acadêmica coerente e independente, tanto na Grã-Bretanha quanto nos Estados Unidos. Frequentemente, a geografia era vista como a disciplina integradora por excelência que mantinha o estudo da natureza e da cultura sob o guarda-chuva disciplinar.  

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