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A Análise do filme Tempos Modernos com a Revolução Industrial

Por:   •  8/9/2021  •  Trabalho acadêmico  •  694 Palavras (3 Páginas)  •  395 Visualizações

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Trabalho de Antropologia acerca do filme TEMPOS MODERNOS, 1936, produzido e dirigido por Charles Chaplin

Ariele Righetti Shimoda 190556-7

Condições do trabalhador perante a indústria:

No início do filme de Charles Chaplin, mostra-se Carlito (personagem principal da trama) trabalhando dentro de uma indústria. A função do personagem na fábrica é uma mera extensão da máquina, ele precisa acompanhar o ritmo imposto pela esteira e trabalhar de forma mecanizada, como uma engrenagem do equipamento, não tendo noção do produto final, mas apenas de uma parte do processo. Dessa forma, os operários vendem sua mão de obra, apesar de não terem noção de quanto ela vale.

Ainda no começo da obra cinematográfica, notamos como o trabalho operário é repetitivo e desgastante. Após muitas horas de serviço, o corpo de Carlito se mantém realizando os movimentos do trabalho, mesmo sem os instrumentos, produtos ou máquina. Também é colocado nesse momento do filme: “he’s crazy”, referindo- se ao personagem principal, que significa “ele está maluco”, pois Carlito tem uma crise nervosa e começa a ver parafusos em todo lugar: no nariz dos seus companheiros, nos botões do vestido de uma mulher que passava na calçada e em um hidrante no mesmo local, então ele apertava os parafusos como se ainda estivesse trabalhando. Essa situação mostra o descaso com a saúde física e mental dos operários com as longas jornadas de trabalho e como o mesmo era estressante.

Há um momento do filme em que é apresentado para o presidente da fábrica uma máquina que agilizaria o tempo em que os trabalhadores gastariam para se alimentar, para assim, trabalharem mais. Apesar do humor presente na cena, denuncia-se a visão dos empresários industriais, que visavam maior velocidade de produção. Além disso, nota-se uma desumanização do trabalhador, que era visto como uma máquina, ou seja, sem necessidades de descanso.

As novas classes sociais que surgiram durante a Revolução Industrial:

Durante a Revolução Industrial surgiram duas principais classes sociais: a burguesa e a operária. De um lado, aquele que possuía a fábrica e, de outro, o que trabalhava nela. Uma classe opressora, e uma oprimida, como podemos ver no filme quando Carlito participa, ao acaso, de uma greve operária que reivindicava “liberdade”.

Outros momentos da trama mostram as péssimas condições da classe trabalhadora. Em três situações há pessoas roubando por estarem passando fome, como foi o caso da “menina que nasceu no cais”, que roubava banana para alimentar a família, e depois, pão para si. Além dos bandidos que entraram na loja em que Carlito conseguiu emprego, eles explicaram ao personagem principal que roubavam o local por não terem o que comer.

A classe operária trabalhava incansavelmente e não era paga o suficiente para o básico. Enquanto que a burguesia utilizava-se de sua mão de obra e tinha uma vida mais favorável. Ao mesmo tempo que o personagem de Chaplin trabalhava na fábrica, no início do filme, e tinha crise nervosa, o presidente ficava sentado dentro de um escritório ditando os ritmos da produção fabril.

Mudanças culturais acarretada pela indústria:

Antes da Revolução Industrial, a maioria da população vivia na área rural, de onde retiravam seu sustento. Há um momento do filme em que Carlito sonha em como seria se ele vivesse em uma casa própria com a menina órfã que ele acaba criando uma relação no decorrer do filme. Na cena, o personagem comia o que havia nas árvores e bebia o leite que ordenhava da vaca, algo que, na cidade, não era mais possível e não passava de um sonho de Carlito.

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