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A Análise textual

Por:   •  26/10/2017  •  Trabalho acadêmico  •  885 Palavras (4 Páginas)  •  311 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

FACULDADE DE HISTÓRIA

GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA

Disciplina: História de Goiás.

Docente: Prof.ª Dr.ª Maria Lemke

Aluna: Mayara Melo Quinta Volz Terres.

20 de Setembro de 2017

MORAES, Cristina de C. P. Em terra de cego, caolho tem vida de rei: As migrações no setecentos para o sertão. Notas de pesquisa Goiânia: Revista UFG, vol. 13, n. 10, pp.68-92, jul. 2011

CAMPOS, Maria Verônica. Goiás na década de 1730: pioneiros, elites locais, motins e fronteira. In: BICALHO Maria Fernanda; FERNILI Vera L. A. Modos de Governar: Idéias e práticas políticas no Império português (séculos XVI-XIX). São Paulo, SP: Alameda Casa Editorial, 2007, pp. 341-359.

O motivo simples para fazermos uma analise entre os dois textos escolhidos, é o tema que os envolve, a migração de Goiás durante os setecentos. Os textos em questão são “Em terra de cedo, caolho tem vida de rei: As migrações no setecentos para o sertão do Guayazes” da autora Cristina de Cássia Pereira Moraes, e o texto “Goiás na década de 1730: pioneiros, elites locais, motins e fronteira” de Maria Verônica Campos.  Um ponto diferente que vemos é a forma de abordagem que cada uma irá trabalhar, Morais usa um viés econômico nas relações de migração das pessoas para o território, em quanto Campos usa o politico descrevendo o processo migratório e a mineração, por meio de auxilio da documentação fornecida.

Estabelecido a as relações entre os dois textos, permitamos a falar das teses e problematizações que as autoras nos fornecem no decorrer da leitura. Morais desde inicio deixa claro que o seu objetivo,” é identificar uma nobreza na terra sem dignidade ou de toga e espada e, sobretudo, pensarmos em um projeto de enobrecimento dos que para cá vieram, se aglutinaram e se fixaram”(MORAIS, 2011). Porem, logo começa a questionar e assim criar a discursão, como, que notícias se têm da existência de uma nobreza titulada nos domínios, para além dos governantes que vinham diretamente do reino português? Como discutir uma nobreza da terra permeada de discursos de decadência, estagnação, isolamento e atraso?(MORIAS, 2011) De que forma isso foi responsável, pela migração de centenas de pessoas que povoaram rápido, mas disperso. Além de quebrar os modelos cristalizados sobre o antigo sistema, ou seja, os ciclos econômicos, o exclusivismo colonial a ideia básica que a colônia existia para suprir as necessidades da metrópole. E ela trás toda essa metodologia apresentado os fatores econômicos que são importantes para a criação da capitania, já que ela mostra a existência de um dinamismo econômico, um mercado interno forte, configuração a formação de circuitos mercantis inter e intra-regionais de produtos para o abastecimento. Em contra partida, tem Campos que durante a leitura, percebemos que faz mais um levantamento do processo de migração e da exploração aurifica que possibilitou a origem das vilas, além das disputas de poder que são desenvolvidas com o passar do tempo desde o domínio de cargos até o controle do comercio da capitania de Goiás, que os clãs ou as famílias já estabelecidas iriam ter durante esse tempo. Como dito antes, a autora Maria Verônica não constrói uma problematização entorno dessas disputas, mas descreve, expõem, e faz um levantamento dos fatos através da documentação que nos chegou até hoje.

Podemos dizer ao final, que os dois textos se complementam. Mesmo que não tem a mesma forma ou metodologia de explicar, ambas tratam ainda sobre a questão da migração para o oeste e na exploração aurifica. Campos, como foi dito, faz um levantamento desde a migração até as disputas entre os clãs pelo poder/controle econômico na capitania. E no artigo de Cristina de Cássio pode complementar com a contextualização econômica da época, além de quebrar alguns conceitos sobre o antigo regime construído historiografia clássica, ela também vai tratar das nobrezas da terra que de acordo com ela -“[...] era necessário consolidar uma sociedade local e instalar uma nobreza da terra, o que implicava em ocupar cargos na câmara municipal, atuar na conquista, na defesa e dilatação das fronteiras [...]”. O que permiti-nos a relacionar com as relações dos clãs que Maria Verônica trata.

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