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A Bolsa e a Vida

Por:   •  29/6/2016  •  Resenha  •  6.128 Palavras (25 Páginas)  •  790 Visualizações

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   A BOLSA E A VIDA: ENTRE O DINHEIRO E O INFERNO: A USURA E O USURÁRIO.

 

 

    No século XII ao XIX, muitos enxergavam uma vida melhor com mais conforto. Mais uma trava, cujo nome era Igreja Católica, não permitia a acumulação de bens, a usura. E os condenava ao sofrimento eterno se assim fizessem. As regras eram claras e amedrontavam os cristãos.

    Os jovens, os homens novos, como cita no texto, Len bgvtf acreditava na nova visão dessa nova geração. Uma visão diferente referente ao futuro e o desenvolvimento pessoal e coletivo. Como nos dias de hoje, as novas gerações tinham visões diferentes, idéias diferentes das suas gerações anteriores. No século XII, essa maneira de ver com outros olhos o futuro não era diferente, porém condenada pela Igreja, e sempre foi assim, sempre olhando para o que poderia vir a diante é natural, é o instinto do homem, de evoluir, sempre esteve presente nas relações humanas. Mais as regras impostas nessa sociedade medieval cristã, pela autoridade máxima, a Igreja Católica, os impedia de ver um futuro, desenvolvido e longe do sofrimento eterno. O inferno.

     Diante de todas essas dificuldades, o desenvolvimento e circulação econômica na idade média, o [...] “ parto do capitalismo” [...] pag: 9. Já havia  ocorrido, e era apenas uma questão de tempo para a Igreja Católica perder a batalha contra seu maior inimigo, o dinheiro. A usura, o capitalismo, tinha formas monstruosas para o cristão  medieval. O capitalismo e o usurário tiveram em seu redor, um mundo de comparações terríveis, a Igreja, o comparava com personagens de mitos, e ao judeu deidecida, ao pior dos sete pecados capitais. O usurário já condenado por seus atos pecaminosos, emprestava seu dinheiro a altos juros, para muitos era visto como necessário, e pela religião, detestado,  poderoso e frágil aos olhos de simples pessoas, pois já estava condenado.

     No século XIII, a usura era intitulada como um grande problema. Pois estava lançada a ameaça a mais poderosa instituição religiosa de todos os tempos, a Igreja Católica, que no seu auge, se sentiu ameaçada. E para o desenvolvimento prematuro do capitalismo, o que era de menos valor, eram os velhos valores da Igreja, que de todas as maneiras, impediam qualquer outro tipo de centro das atenções que não fosse a própria Igreja. Para as pessoas menos ligadas as tradições rígidas da religião predominante, a Católica, seria sem duvida o começo de uma luta  árdua, contra a mentalidade formada pela Igreja nos cristãos medievais. A tentativa de fazer essas pessoas entender a diferença entre o lucro licito e o ilícito era o começo da desvinculação, e de  intervir no poder que a Igreja tinha perante a mentalidade das pessoas.

       Diante dessa luta travada entre a igreja e o dinheiro, Le Goff, pergunta-nos, como justificar a riqueza da própria Igreja, mal adquirida? A Igreja condenava quem amasse  e acumulasse bens, e para garantir a salvação desses usurários, suas riquezas teriam que ser doada para a Igreja, assim sendo, teriam a garantia do perdão, e o livramento de viver pela eternidade no inferno.

     Passagens bíblicas,  ressaltam os exemplos dados pela Igreja aos cristãos, de que uma pessoa não pode servir á dois senhores de uma só vez, pois tende á se apegar a apenas um deles, no caso o dinheiro e deixar de lado Deus.      

    Esse sentimento de culpa, que assombrava os seguidores da palavra de Deus, já existe entre os homens desde o tempo de Jesus Cristo na terra, que abandonavam os negócios para seguir apenas um senhor, Deus.

     Os usurários eram identificados, não apenas por seus atos visíveis, também por via escrita, feito por confessores, esse método de registrar a usura ou outro tipo de crime  cometidos por pessoas comuns, ou não, era normal, transcrever as confissões da Idade Média se tornou tempo depois o documento mais importante para esclarecer certos pontos da condenação pela usura.A questão da religiosidade destes usurários era encontrada nesses documentos, que sofreram modificações entre os séculos XII e XIII.

A Igreja Católica mantinha um estilo de castigo bárbaro, não condenava os atores e sim os atos cometidos, as pessoas eram divididas em categorias, os clérigos, laicos, livres ou não-livres.

    O sentido de “pecado” se modificou entre o final do século XI ao início do século XIII. A questão “pecar”, agora deveria ser aprofundada, cabia ao confessor, questionar o pecador sobre sua vida intima, e descobrir se seu pecado se encaixava na maneira e nas condições de vida desse pecador, e se a intenção do pecado era má ou boa. Essa mudança de ver o pecado por outros lados, foi adotada nas mais importantes escolas teológicas do século XII. Mudando completamente a confissão. A confissão transforma-se para coletiva e pública, que dava mais atenção aos graves pecados, em auricular, o pecador confessava seus erros ao confessor, e cabia á ele, avaliar e dar a penitencia. As confissões tornam-se freqüentes, e em maior quantidade, e diferenciadas.        

       O quarto Concílio de Latrão, ocorreu em 1215, sendo essa data o marco de um novo jeito de se confessar, sendo obrigatório uma confissão todo ano durante a Páscoa. Essa nova lei, imposta pela Igreja Católica, obrigava homens e mulheres que seguiam o cristianismo, a confessar-se pelo menos uma vez por ano. Cabia ao confessor, por meio de perguntas dirigidas ao pecador, conhecer sua vida particular, e ver qual era a semelhança de seu pecado com sua real situação. Assim lhe aplicava a penitência justa ao pecado cometido. Ao contrário de antes, a maneira de ver os pecados e as penitências  aplicadas, se transformaram, o arrependimento e o auto exame, passaram a fazer parte do rito de purificar o pecador, e por meio dessa auto avaliação, o levasse ao arrependimento sincero, e assim a penitência era aplicada.

       Com o auto-exame do pecador, estava lançado o inicio da psicologia, o ato de se auto avaliar, interrogar-se á si próprio sobre seus erros cometidos. Um novo lugar, é chamado pelos Católicos de Purgatório, era o lugar para onde  iriam pessoas que morriam carregadas de pecados considerados perdoáveis, para purificar-se, e se livrar da eternidade no inferno.E os que morriam sem confessar seus mais graves pecados iriam direto para o lugar da morte, sofreriam pela eternidade no inferno.          

      Com esse novo estilo de confissão, os confessores tinham dificuldades em analisar e distinguir pecados mais graves, de pecados leves, e que penitência aplicar nos fiéis. Muitas dúvidas, eram freqüentes, diante de tantas confissões, de vários níveis de  gravidade, geraram uma necessidade  de pedir ajuda aos mais eruditos da Igreja, sobre as penitencias que deveriam ser aplicadas. Essa ajuda vinha em forma de manuais, para padres menos cultos, e menos experiente em matéria de analisar e aplicar a penitencia.  

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