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A Cultura e Democracia

Por:   •  15/2/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.084 Palavras (5 Páginas)  •  148 Visualizações

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Cultura e Democracia

O texto produzido por Marilena Chaui relata que o conceito de cultura muda de acordo com o a situação política e econômica da época. Inicialmente apresenta o significado de cultura que vem do latim “colere” como o cultivo da terra, o cuidado, o ato de fazer brotar, florescer e frutificar.  

A partir do século XVIII a cultura é vista como semelhante de civilização, partindo do pressuposto Iluminista, a cultura é o método que mede o quão civilizada é uma sociedade. Através dos antropológicos, foi criado um o padrão utilizado para medir o desenvolvimento dessa cultura, e esse padrão foi o da Europa capitalista, sendo assim a sociedade tornou-se a ser avaliada conforme a inserção e a falta  de fundamentos que derivam da Europa Capitalista, O Estado, o mercado e a escrita, são os fundamentos  a serem seguidos pelas sociedades, caso fugissem desse âmbito eram consideradas culturas primitivas, e uma sociedade que não era desenvolvida de acordo com esses elementos era classificada como uma sociedade de cultura pouco evoluída ou como falta de cultura.

Esse contexto remete a ideia que aquele que não conseguir alcançar todos esses níveis influenciados pelo padrão europeu, não chegarão ao ápice ou ao um estágio maior. Onde a cultura europeia se fundamenta nessa nesta ideia para justificar o imperialismo e colonialismo. Ainda no século XIX o conceito de cultura passa por uma transformação, onde passa a diferenciar a natureza e história.

Mas, de acordo com o texto, na segunda metade do século XX, os antropológicos europeus mudam os rumos, deixando de lado o conceito etnocêntrico e imperialista da cultura e acreditam que cada cultura representa historicamente e materialmente a ordem humana simbólica com uma individualidade própria e uma estrutura própria. A cultura é redefinida e ganha o caráter voltado para as construções coletivas do ser humano, e se torna autentica. O texto apresenta uma discursão entre sociedade e comunidade e mostra a sociedade como se fosse o resultado do produção capitalista onde o mundo moderno desconhece a comunidade e relata que na sociedade há a atomização dos indivíduos. E que na comunidade todos remete a concepção onde todos os membros estão na busca pelo bem comum.

O texto traz a discursão que dentro da cultura há divisões como a cultura formal, e a cultura popular. No Romantismo do século XIX a cultura popular tem um significado mais coletivo, do povo bom, verdadeiro e justo, para a Ilustração Francesa XVIII a cultura popular é vista como tradição, uma mistura entre superstição e ignorância, já para a visão do populismo do século XX a cultura popular é feita pelo povo e por isso se torna verdadeira, e por isso torna –se tradicional e atrasada, precisando ser atualizada, utilizando tanto a vertente Romântica como a vertente Iluminista para formar seu conceito de cultura popular.

Uma outra linha de pensamento do texto é sobre a implementação da indústria cultural e como ela atua, inicialmente ela divide os bens culturais dando valores para determinados grupos que são classificados no texto como elite culta e massa inculta, separando cada bem para determinada classe socioeconômica trazendo obras baratas e comuns em valores acessíveis a massa. Em segundo plano desmitificam a impressão de que a indústria cultural separa os bens culturais por classe social e devaneia uma ideia que todos tem acesso aos mesmo bens culturais só que cada um escolhe os que bens culturais que lhes convém. Após isso a indústria cria o “espectador médio”, “ouvinte médio” e “leitor médio” e com esse sistema, atribui capacidades mentais “médias”, sempre com o intuito de regozijar o consumidor, trazendo à tona sempre o que ocasiona prazer para o quem compra esse cultura. Em última instancia, define cultura como lazer e entretenimento e relata um conceito por Hanna Arendt que a cultura passa por transformações.

Em um outro viés do texto, a autora refere-se no modo como o Estado opera no Brasil como o produtor de cultura, atribuindo generalidade nacional ao retirar das classes sociais antagônicas o lugar onde a cultura se faz.  Mas o Estado não pode ser o produtor da cultura, pois ela se apresenta com significados diferenciados para cada sociedade, a partir desde princípio, o Estado passa a ser visto como elementos integrantes da cultura, ou seja um produto da cultura que representa a multiplicidade e divisão sociais.  O texto também relata que a relação que o Estado tem com a cultura é compreender- la como um direito do indivíduo e possibilitar o acesso às obras culturais e o direito de utiliza-las, de criar, e também possibilitar o direito que o cidadão tem de participar das decisões sobre políticas culturais.

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