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A Escola dos Annales

Por:   •  28/8/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.001 Palavras (5 Páginas)  •  150 Visualizações

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Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri

Faculdade Interdisciplinar em Humanidades

Disciplina: Introdução aos Estudos Históricos                          Turma: A

Nomes: Jannyllian Christine da Silva Viana

             

Nova História: uma crítica a Escola dos Annales

Introdução

Este trabalho tem por objetivo analisar a primeira geração da Escola dos Annales e a Nova História. Apresentando as principais características presentes em cada uma, iremos mostrar pontos de analogias e de diferenças entre elas. Para compreendermos a contribuição de ambas para a história da historiografia, se faz necessário avaliar em que contexto elas surgiram.

Com a finalidade de criar uma história total e mais interdisciplinar, a Escola dos Annales, procurou se aproximar de outras ciências, como a sociologia, a psicologia e a antropologia. Tornando possível um campo de estudos mais abrangente, valorizando os fatos sociais e as atitudes coletivas.

Isto certamente contribuiu para o surgimento da chamada Nova História. Defendendo uma abordagem sobre a cultura popular e uma busca pelas práticas e representações, ela não se limitou à inclusão de novos objetos, mas como também inseriu novos métodos historiográficos. Embora tenha nascido como uma crítica a História das Mentalidades dos Annales, a Nova História sempre esteve vinculada a eles.

Desenvolvimento

Com a preocupação de que a história era exclusivamente uma forma de narrar acontecimentos políticos e militares, houve a constatação de que seria mais importante não citar apenas as guerras e a política, mas que devia focar nas leis, na moral e nos costumes da sociedade. De acordo com o texto, em um artigo de François Simiand, diz que deveria ser derrubado três ídolos da tribo dos historiadores, “o ídolo político”, “o ídolo individual” e “o ídolo cronológico”.

Esta mudança de pensamento consolidou-se através da criação da revista Annales em 1929, sendo seus fundadores Lucian Febvre e Marc Bloch. O principal objetivo era motivar os historiadores a contribuírem em outras disciplinas, como a psicologia, a sociologia e a geografia, a favor de uma abordagem nova e interdisciplinar da história.

Aos poucos, os Annales transformaram-se num centro de uma escola histórica, aonde se aspirava erradicar da historiografia todos os métodos tradicionais que valorizavam os eventos, a política e os grandes personagens. Preocupados em problematizar a história e fazer dela uma história vista de baixo, os Annales rejeitaram a narrativa dos acontecimentos e passaram a analisar as estruturas. Empenharam-se em desenvolver uma história total, abordando as atividades humanas e as transformações econômicas e sociais sucedidas em longo prazo.

Em 1944, Bloch foi fuzilado pelos alemães deixando a revista apenas aos cuidados de Febvre, que em 1956 morreu deixando ela nas mãos de Fernand Braudeal seu “filho intelectual”.

A partir do final da década de 1960, quando a História das Mentalidades dos Annales estava em seu auge e após algum tempo entrou em declínio, diversas mudanças atravessaram o campo historiográfico: inclusão de novos objetos, novas fontes, enfim mudanças estas que trouxeram novas correntes historiográficas.

A partir da década de 1970, os historiadores retomaram com a narrativa, mas não como aquela tradicional. Esta nova narrativa era densa e envolvia tanto os acontecimentos quanto as estruturas, tratando não apenas dos personagens desses acontecimentos, mas como também das vivências e dos discursos.

Dentro deste contexto se dá o surgimento da Nova História, e assim várias correntes se originaram, como por exemplo: a Nova História Cultural, a Micro-história, a História do Cotidiano, a História da Vida Privada e a Nova História Política.

Estes campos historiográficos estudam a cultura popular a partir das práticas discursivas, das identidades, das representações, enfim, pelo modo de vida das pessoas comuns de toda e qualquer sociedade de certo período. Trazendo a narrativa literária, sem perder o foco na veracidade dos fatos, os historiadores exploram diversas fontes, o que oferece uma descrição etnográfica e mais detalhista dos objetos. Estas novas modalidades da historiografia estão voltadas para temáticas como: família, sexualidade, infância, corpo, loucura, violência, domesticidade, alimentação, entre inúmeras outras.

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