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A Historia e Filosofia

Por:   •  1/9/2021  •  Ensaio  •  769 Palavras (4 Páginas)  •  92 Visualizações

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                As autoras BELTRAO C. e HORVAT P., em seu texto da Aula 1 “O Pensamento – conhecimento e senso comum” da apostila Cederj, nos convidam a refletir sobre a importância do saber filosófico, como forma de se construir o verdadeiro conhecimento - o científico -, superando o estágio mais cru e visceral do mesmo – o senso comum.

                Para isso, há a definição inicial de filosofia que seria “um saber que pertence à esfera da consciência”. Então para que cheguemos à compreensão de qual seria esta consciência, devemos nos ater ao seu determinativo “ciência”, termo este que deriva do grego episteme, significando inicialmente “raízes”, e ao longo do desenvolvimento etimológico filosófico, passou a ser entendido como “fundamento”. Este fundamento passa a ser a base de um conhecimento teórico cuja fundamentação é ditada por leis racionalmente elaboradas, através da observação e verificação. Oposto a esse conhecimento teórico, havia a praxis (conhecimento prático).

                Com a evolução do termo “ciência”, em sua acepção latina presente nas palavras scientia, esta advinha do termo scire, significando “saber”. E é exatamente neste ponto em que as autoras fazem um corte, quando categorizam os saberes, expressando que alguns deles não pertencem ao que é compreendido hoje como ciência (o saber não-crítico do senso comum e saberes práticos do cotidiano), por não se tratarem de saberes científicos, muito menos filosóficos.

                Os saberes científicos, para que sejam diferenciados do saber comum e do filosófico, devem ser analisados conforme sua natureza, e para isso, busca-se a definição de ciência encontrada em (FERRATER MORA, Dicionário de Filosofia, s.v. “ciência”) como “um modo de conhecimento que tenta formular, por meio de linguagens rigorosas, explicações gerais, racionais, dos fenômenos.” Aqui, há a elucidação de que o saber científico se comunica diretamente com a realidade, uma vez que o saber científico trata justamente da observação e interpretação dos fenômenos (sejam estes físicos, biológicos, psicológicos, e até sociais), processo este consolidado através das leis científicas, que possuem pontos em comum como: se tratam de regras gerais e universais; são comprováveis empiricamente; e podem ser consideradas como válidas em um tempo futuro. Desta maneira, as autoras chegam à conclusão de que o saber científico é uma composição de 3 saberes: teórico (pelo uso de modelos de explicação da realidade), metódico (por valer-se de modelos de experimentação) e rigoroso (por possuir uma linguagem própria).

                Contudo, as autoras afirmam que o sentido mais amplo do saber encontrado no latim se preservou ao longo do tempo, quando elas mencionam o estado de “estar ciente de algo”, como sendo “algo que está fora de nós, no mundo”. Seguem discorrendo que, quando estamos ciente de um evento que ocorrerá no futuro, por mais que não saibamos, indubitavelmente, se isso ocorrerá, internalizamos essa proposição como sendo de um fato consumado. Um saber para si. E este tipo de saber seria a manifestação de nossa consciência.

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