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A LITERATURA E ENSINO

Por:   •  25/11/2022  •  Pesquisas Acadêmicas  •  612 Palavras (3 Páginas)  •  49 Visualizações

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RESENHA CRÍTICA

Wanessa Kewry dos Santos Nascimento[1]

CABRAL, Maria do Socorro Coelho. Ideias e Manifestações Republicanas no Sertão Maranhense. São Luiz, Maranhão, 1989, p. 31-41.

Maria do Socorro Coelho Cabral, autora do texto “Ideias e manifestações republicanas no sertão maranhense”, foi professora de História da Universidade Federal do Maranhão. A professora faleceu em 2002 e deixou muitos trabalhos desenvolvidos, estes que colaboram para o estudo da região. Maria Cabral se destacou, principalmente, por meio das suas contribuições acerca da História do Maranhão.

O texto apresenta uma estrutura bem organizada e limitada por tópicos, o primeiro tópico apresenta considerações introdutórias, o segundo aborda aspectos da conquista do sertão maranhense e, por fim, o terceiro, destinado a abordar as ideias e manifestações republicanas no sertão maranhense.

A autora enfatiza, durante todo o texto, a influências do Iluminismo e de ideias de cunho liberal nesse processo de despertar dos sertanejos maranhenses. Conforme Maria do Socorro Cabral, o Iluminismo, a Independência das Treze Colônias (1776) e também a Revolução Francesa (1789) incentivaram não só a população maranhense, mas todo o território brasileiro a lutar por mais autonomia política, econômica e ideológica.

Uma série de movimentos liberais ocorreram no Brasil, dentre eles temos o movimento de Farroupilha no Rio Grande do Sul, a Sabinada na Bahia e a Cabanagem no Pará. Ideias desse segmento eram proibidas no país, por isso a repressão governamental matou muitos líderes liberais que se opuseram ao Estado. No entanto, viajantes e brasileiros que iam estudar fora traziam consigo essas ideias para o território nacional, difundindo-as por meio de textos e sociedades secretas. Januário da Cunha, Cipriano Barata e Gonçalves Ledo são exemplos de líderes radicais que foram perseguidos por D. Pedro.

A violência do Estado contra ideias de cunho liberal não inibiu a manifestação de todos. Apesar das repressões, em algumas regiões, como em Pernambuco e no Maranhão, ocorreram alguns movimentos de defesa à República.

A autora afirma que a partir de 1870 as ideias republicanas se intensificaram e, consequentemente, a luta pelo fim da monarquia também. A escritora ainda diz que a Monarquia já não era bem vista pelos populares, pois agora eles consideravam-na um atraso.

Acerca da ocupação do sertão, a escritora relata que o povoamento foi tardio e ocasionado, principalmente, pela expansão pecuarista. Maria do Socorro Cabral também argumenta acerca da matança, da violência e do genocídio de povos indígenas que habitavam a região. A presença de estrangeiros, principalmente portugueses que queriam dominar o território, ocasionou o conflito com povos nativos, provocando, portanto, a dizimação de muitos grupos étnicos.

No sertão, as ideias liberais e de defesa à República são mais enfáticas devido a autonomia do sertão em relação à capital. A não dependência do sertão à capital foi provocada pelo distanciamento da região, pelo poder dos fazendeiros e pela liberdade comercial do sertão com outras províncias. Com isso, em 1828 ocorre a fundação da República de Pastos Bons, porém, o governo regido por Costa Pinto reage e impede o seguimento da República fundada.

Isaac Martins, Leão Leda, Melo, Albuquerque, Rocha Lima e Dunshee de Abranches defendiam a República no sertão, pois, conforme eles, ela beneficiaria mais a região. No entanto, em 1889, Marechal Deodoro, por meio de um golpe militar, impôs a República no Brasil.

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