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A produção do saber histórico na educação básica: o ensino de História e o uso de linguagens diferentes em sala de aula

Por:   •  13/5/2015  •  Artigo  •  5.608 Palavras (23 Páginas)  •  359 Visualizações

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A produção do saber histórico na educação básica: o ensino de História e o uso de linguagens diferentes em sala de aula

Paulo Rodrigo Teles de Oliveira

Kátia Regina Mendonça Santos

Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI

Curso (HID0214) – Trabalho de Graduação

27/06/2014

RESUMO

Este trabalho dedica-se à reflexão acerca do uso de diferentes linguagens e fontes para o ensino de História. Essa atitude na educação básica parte do pressuposto da promoção de um ensino de História baseado em práticas de pesquisa. Para o desenvolvimento deste estudo, foi feito uma pesquisa historiográfica sobre o ensino de História no Brasil e acerca da produção histórica, sociológica e filosófica relativa às especificidades de diferentes linguagens (música, filme, fotografia, televisão, literatura, entre outras). A atividade de conhecer, a partir de um processo de ensino articulado, com iniciação à investigação em decorrência da exigência de conhecimentos acerca das linguagens utilizadas em sala de aula, contribui para uma aprendizagem sólida do discente, pois faculta a este saberes à leitura e à compreensão do mundo que o cerca. As mudanças ocorridas no campo historiográfico, possibilitaram para a história, o trabalho com novos objetos, novas fontes e a partir de novos problemas. Entretanto, é necessário domínio em relação às novas linguagens e fontes abordadas em sala de aula, para que o ensino de História não aconteça à custa da perda de qualidade e de solidez, que deve caracterizar o conhecimento histórico.

Palavras-chave: Linguagens, Ensino de História, Aprendizagem em História.

1 INTRODUÇÃO

O tema A produção do saber histórico na educação básica e o ensino de História com uso de linguagens e fontes diversificados em sala de aula, se ancora na área de concentração Dinâmicas do Ensino de História que procura refleti as transformações ocorridas nas últimas décadas. Historiadores e professores de história a cada dia estão mais atentos à questão da “transposição didática”, ou seja, como os conhecimentos científicos e acadêmicos podem chegar adaptados ao ambiente escolar sem serem vulgarizados. Desta forma, procura-se evitar o distanciamento da história como disciplina cientifica e acadêmica da história como disciplina escolar. Neste sentido, têm surgido numerosas técnicas e recursos pedagógicos para tornar o ensino de história mais interessante e atrativo para os alunos. Certamente as novas tecnologias da informação têm revolucionado as metodologias do processo de ensino-aprendizagem, e o ensino de história não ficou imune a tais transformações, daí a importância deste estudo.

Discussões sobre o que e como ensinar História estiveram presentes no Brasil desde a chegada da institucionalização da disciplina escolar no currículo obrigatório do século XIX, pra ser exato, em 1838 e nas instituições de ensino secundário. A obrigatoriedade em relação aos primeiros anos da escolarização (ensino elementar) não foi uma realidade no período. Somente com a estruturação dos cursos de formação de professores voltados para o ensino primário, com destaque nas primeiras décadas do período republicano, tal ensino se espalhou entre as antigas escolas de primeiras letras ou elementares. No período das décadas de 1940 e 1950, período de fundação das Faculdades de Filosofia, Ciências e Letras, novos debates e discussões em relação aos métodos e objetivos do ensino de História, se concretizaram, por exemplo, em artigos divulgados em revistas de História, conforme registra a pesquisadora Bittencourt (2004).

Ressalta-se que a formação docente em História que ocorreu nas faculdades por volta da década de 1940, exerceu influencia sobre o ensino básico dessa disciplina. Exemplo disso, foi o que aconteceu com a historiografia marxista nos anos 1960, ecoando na produção de livros didáticos para o ensino secundário, marcados pela proposta de ensino voltada para construção do cidadão político e crítico. Tal proposta foi parada, entretanto, em 1964. A partir de então, modificações ocorridas no âmbito da História ensinada, como a redução de carga horária, a instituição dos estudos sociais como disciplina escolar e a difusão de uma concepção tecnicista, contribuíram para o desenvolvimento de uma crise no ensino de História, definida por um processo de descaracterização das ciências humanas como área de desenvolvimento autônomo.

O abismo entre universidades e escolas de primeiro e segundo graus, ocorrido em decorrência da crise, atrapalhou o diálogo entre pesquisa acadêmica e saber escolar, dificultando, como afirmam os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998), a introdução de reformulação do conhecimento histórico e pedagógico no âmbito da educação básica. Tal reformulação associa-se à incorporação daquilo que se pesquisava e discutia dentro das universidades. Nesse contexto, ganham espaço discussões a respeito da absorção de práticas de investigação científica às ações didático-pedagógicas. Um aspecto para se trabalhar na educação básica e que facilita uma aproximação da pesquisa com o ensino, consiste no uso de diferentes linguagens e fontes.

Nesse ínterim, o presente trabalho procurar mostrar uma reflexão sobre o uso de diferentes fontes e linguagens no ensino de História. Essa ação na educação básica parte da hipótese da viabilidade da promoção de um ensino de História baseado em práticas de pesquisa. Para o desenvolvimento deste estudo, foi feita uma pesquisa historiográfica referente ao ensino de História no Brasil e a respeito da produção histórica, sociológica e filosófica quanto às particularidades de diferentes linguagens (televisão, literatura, filme, música, fotografia, entre outras).

O estudo hora apresentado contribui para a compreensão do que hoje se discute a respeito de como ensinar a história da humanidade e, ao mesmo tempo, do que a sociedade atual espera da escola e da aprendizagem em História, mostrando, dessa forma, possibilidades do uso de práticas que beneficiará o processo de ensino-aprendizagem do conhecimento histórico. A atividade de conhecer, a partir de um processo de ensino articulado com a iniciação à investigação, em decorrência da exigência de conhecimentos referentes às linguagens utilizadas em sala de aula, ajuda de forma significativa para uma aprendizagem sólida do aluno, pois faculta a este saberes à leitura e compreensão do mundo em que ele vive.

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