Análise de Spartacus

ANÁLISE DO FILME:

“SPARTACUS”

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IRECÊ

2017

• O filme (Breve resumo):

O filme retrata uma célebre revolta de gladiadores prisioneiros contra os Romanos, marcada pelo derramamento de sangue de ambos os lados. Spartacus, um escravo condenado à morte e que tem a sua vida poupada por Batiatus, um homem de negócios treinador de gladiadores. Comprado por Batiatus, Spartacus é submetido a passar por uma série de treinamentos exaustivos para arte da guerra, bem como as humilhações por parte dos seus superiores. Juntamente com outros homens, possivelmente comprados pelo negociante para servirem de entretenimento para os patrícios, ele e os demais vivem no cúmulo do que seria a vida humana, sem as mínimas condições, obrigados a seguir as ordens dos soldados e acima de tudo sofrerem com os castigos e maus tratos.  

Certo dia para a surpresa de Batiatus, chegaram de Roma dois homens e duas mulheres os quais queriam assistir a um espetáculo entre os gladiadores, um desses homens era Marco Licínio Crasso, importante membro do senado romano. A condição seria que os combatentes lutariam até a morte, não muito contente o negociante que sairia no prejuízo não se contentou com a ideia, mas para manter uma boa relação com Roma acaba por ceder e concede o espetáculo aos Romanos. Desse modo, Spartacus é escolhido para enfrentar o gladiador Draba, este sai vencedor mas não finaliza Spartacus. Ao recusar matá-lo, Draba é alvejado por lanças dos soldados que lá estavam, pois partiu em ataque lançando seu tridente em direção a tribuna onde continham os patrícios. A partir desse episódio cresce em Spartacus um desejo de revolta contra a classe que os oprime, levando-o a liderar uma batalha contra o exército Romano. Tomando conhecimento dos fatos, onde Roma perdia o prestígio a cada ataque dos gladiadores, o Senado decide reagir com todo o seu poder militar indicando o ambicioso general Marco Licínio Crasso para essa missão.  

• Análise do filme: 

1. A Organização Social de Roma na República

A República de Roma foi caracterizada pela constituição de um senado composto pelo magistrado sendo a mais alta autoridade do Estado, e a sociedade constituía-se em plebeus, patrícios e clientes. Os patrícios eram os nobres, estavam no topo da pirâmide, eram proprietários de terras, ocupavam cargos importantes no Senado além de serem descendentes dos fundadores de Roma. Os plebeus compunham a maior parte da sociedade, artesãos, pequenos comerciantes, trabalhadores livres. Porém, não possuíam muitos direitos. Os clientes embora livres, viviam presos aos patrícios, essa classe era composta por estrangeiros e pessoas pobres, ajudavam os patrícios em troca de favores. No filme é devidamente representada a relação entre essas classes, principalmente entre plebeus e patrícios quanto a função de cada um na sociedade e a subordinação de uma classe pela outra de tal forma que essa relação onde os patrícios donos de terras se beneficiavam as custas do restante da sociedade, o que veio garantir a revolta por parte dos plebeus.  

         A princípio era inacreditável que o exército de prisioneiros conseguissem vencer inúmeras tentativas dos romanos, mas a estratégia do seu líder era reunir em grande número os demais prisioneiros, só assim seria possível vence-los, ou seja, através da numerosidade dos seus gladiadores. No filme, a classe desfavorecida é enfatizada nos prisioneiros, que são sem nenhum direito próprio, propriedade dos homens patrícios que os possuem submetidos às ordens dessa classe. Além dos proprietários de terra e escravos, os homens do senado também usufruem da boa vida que esse título lhes concedeu, ou seja, a parcela desfavorecida foi completamente usurpada pelos demais. Apesar de Roma ter um modelo semelhante, mas ao mesmo tempo diferente da Grécia, é notável que a República ainda não alcançou a todos.

2. A Organização Política e Administrativa

  A organização política e administrativa de Roma se divide em três diferentes períodos, monarquia, república e império romano. O filme se passa no período republicano de Roma que teve início com a destituição do último governante da monarquia de linhagem etrusca, Tarquínio o soberbo. Roma passou a ser governada por um sistema de senado e uma magistratura que compunha cônsules, pretores, questores, edis e sensores, cada um exercia um diferente papel no governo republicano. Neste mesmo período foi iniciado o processo de expansão do território romano que objetivava: garantir terras para a prática da agricultura/pastoreio e defender Roma de possíveis confrontos com os povos vizinhos. Algumas rivalidades decorrentes de confrontos deram início às guerras Púnicas, que se dividiram em três etapas. Com o fim das guerras iniciou-se um período de conflitos sociais em Roma, onde os povos menos favorecidos pelos posicionamentos governamentais se revoltaram em busca de seus direitos. A crise começou com a instituição da triarquia que era composta de três pessoas, a primeira triarquia foi composta por Marco Crasso, Pompeu o Grande e Júlio Cesar.

No filme tem-se o guerreiro Spartacus que rebelou-se contra Roma, e o governo republicano da época convocou a primeira triarquia para acabar com a revolta dos escravos, como ficou conhecida, Spartacus liderou mais de 70 mil escravos nessa luta que durou três anos e teve fim quando o exército de escravos foi derrotado em uma batalha na Lâcania que tinha o objetivo de matar Marco Crasso, muitos escravos morreram e outros foram crucificados.

3. Religiosidade

O culto religioso praticado na Roma Antiga caracteriza-se pelo politeísmo. Existiam praticas religiosas comuns na época, como santuários domésticos e templos para cultos públicos aos deuses. Os governantes romanos administravam os rituais religiosos, onde cultuar outras religiões era terminantemente proibido.

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