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Análise do Homem Cordial - Raízes do Brasil

Por:   •  16/12/2016  •  Dissertação  •  532 Palavras (3 Páginas)  •  421 Visualizações

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Universidade Estadual do Centro-Oeste – UNICENTRO

História – Coronel Vivida - 4º Ano

Acadêmica: Daniele Cristina Back Vieira

Análise do livro Raízes do Brasil de Sérgio Buarque de Holanda

        Quando citamos, falamos ou debatemos, seja o Raízes do Brasil, seja, comente seu autor, a primeira expressão que vem a nossa mente é o homem cordial. De tudo o que trata Sergio B. de Holanda, o que chama a atenção, o que fixou na memória de todos é o homem cordial. E o que seria esse homem cordial tão falado e tão debatido, tanto por Holanda, quanto por seus estudiosos?

        A partir dos ensaios de Cassio Ricardo e João C. C. Rocha, podemos forma uma ideia do quem é, ou melhor, quem “são” esses homens cordiais tratados por Holanda.

        Nos dois textos podemos perceber que o homem cordial tão citado por Holanda, não é meramente um homem bom, bondoso e afável, vai além disso, ultrapassa essa simples barreira ou sinônimo. O Homem cordial tem diversas facetas, faz parte do português colonizador, que encontra na cordialidade, na conquista por palavras e mediações o contato e a dominação sejam primeiro dos indígenas e seja posteriormente dos negros. É aquele que sabe quando deve ceder, quando deve não utilizar-se da violência para manter o controle da situação.

        Também é homem cordial os indígenas que souberam, muitas vezes “acolher” os intrusos de suas terras. O negro que encontrou na cordialidade, maneira de manter aspectos da sua cultura deixa muitas vezes do outro lado do oceano, encontrar uma forma de manter um pouco de si, aceitando imposições.

        Como propôs C. R., o homem cordial de Holanda, é um mediador, é atento a sua sociedade e as necessidades dela, é hospitaleiro com os visitantes, esperto o suficiente para não utilizar-se da violência, é o homem que sabe como interver seja no seu cotidiano nos menores conflitos do dia a dia, seja no âmbito político ao sempre fazer acordos que beneficies a todos, ao qual ninguém perde.

        Quando o português utilizou-se da catequese como meio de dominação dos indígenas e dos negros, ele estava utilizando-se de uma arma para manter o controle das religiosidades sem derramamento sangue, é uma violência sutil, mais “apropriada”. Quando casa-se com os as indígenas para criarem laços com as tribos indígenas, não é por bondade, por amizade, mas sim uma atitude pensada nos benefícios que essa união trará.

        O homem cordial, têm diversas facetas, utilizada sempre que convém ao brasileiro, está na nossa cultura desde sempre, impregnado na sociedade brasileira desde antes dos portugueses chegarem. Mas esse homem cordial, não quer dizer um homem bom ou bondoso, é apenas o brasileiro utilizando-se de suas armas mais sutis para conseguir o que quer, para dominar, entreter, avaliar a situação. É um jogo, é uma forma de conquistar aquilo que deseja sem “alterar a voz”, é a sutilidade do ato, da conversa, das atitudes, do saber ceder para ganhar.

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