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As leis históricas universais: objetivo, lei e necessidade.

Por:   •  9/2/2017  •  Resenha  •  1.469 Palavras (6 Páginas)  •  229 Visualizações

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Acadêmico (a): Ketlin dos Santos

R.A: 14196290

16° Capítulo: As leis históricas universais: objetivo, lei e necessidade.

A História envolve o passado, presente e futuro, e com o resultado haverá um progresso ou retrocesso futuro. Nas teorias dialéticas o segundo indicador vai servir apenas como medida de valor e não como explicação do passado.

As filosofias da história querem as formulações verdadeiras sobre a historia do futuro. A história como resultada das ações humanas torna-se mais evidente com relação ao futuro do que com o passado. Se é possível apontar verdades sobre a história do futuro, nada depende da vontade humana ou da manifestação das leis universais, a história torna-se algo seminatural.

Essa formulação de afirmações História-no-futuro nada mais é que prévias. Essas prévias nada mais são que fenômenos sociais. Quem fala do futuro está falando do futuro do presente, resultado dos momentos em que estamos vivendo atualmente, uma previsão hipotética. Segundo a filosofia da história, a História é vista como causa eficiente do futuro.

Na vida cotidiana fazemos promessas que no calor do momento estamos hábeis a cumprir ou não. Promessas são compromissos, emocionais ou não. O sapateiro comprometeu-se a arrumar o sapato da cliente até o dia seguinte, do mesmo modo o namorado comprometeu-se a amar a namorada para sempre, no caso do sapateiro, ele quebra a promessa por suas condições de trabalho ter mudado durante o dia e assim sendo não conseguiu concluir o sapato em que estava trabalhando, não se trata de sentimento igual ao caso do namorado, é uma promessa sentimental pois ele disse o que estava sentindo no momento em que prometera, é algo que no momento dependia da realidade do sentimento.

A filosofia da historia deve ser entendida como um compromisso racional de valor, mesmo sendo mais complexo do que juras de amor eterno. A imagem do futuro de um compromisso verdadeiro sob duas condições: se o filosofo se envolve com os mesmos valores supremos na vida e na ação com os quais se comprometeu por ocasião da concepção e da formulação de sua teoria; assim como se não tiver valores não refletidos, contradições coerentes dentro de sua teoria. As afirmações do futuro podem ser observadas como declarações verdadeiras sobre o presente; sendo que, caso contrario, dever ser consideradas falsas.

A filosofia da historia não é um compromisso exclusivamente de um só filosofo, ao escrevê-lo o filosofo da historia espera fazer com que os outros se envolvam com os mesmos valores. O filosofo deseja que o futuro imaginado em sua mente seja criado, pois quanto mais exata for a filosofia da história mais a probabilidade de aceitação.

O conjunto de declarações verdadeiras sobre o futuro histórico, mais exatamente sobre o seu conhecimento, precisa ser bem fundamentado. Podem-se mostrar não todas as diferentes versões dessa fundamentação, porem as principais tendências teóricas:

  1. Necessidade Logica;
  2. Teleologia universal;
  3. Determinismo Universal;
  4. Desdobramento de categorias históricas de acordo com a logica delas.

Na A, analisada por Danto através do exemplo de Jacques,a dedução do fatalismo se dá da seguinte forma: Só haveriam verdades , P é verdadeiro e somente verdadeiro, não tendo a opção de ser falso. Segundo Aristoteles é possível que P seja verdadeiro e falso, sendo assim a necessidade logica nada prova. Assim nenhuma das filosofias da história teria de desenhar uma imagem do futuro apenas para mostrar que algo seja verdadeiro e que algo seja falso, é uma escolha que opta em perda da outra.

Na B, desde Aristóteles, a teleologia universal foi agregada na filosofia como uma teoria explicativa, que depois do aparecimento das ciências naturais, ficou limitada as filosofias da historia. Kant argumenta que a história precisa se juntar a ideia de finalidade, um versão fraca da teoria de teleologia, a versão forte alega a essência de um telos que age através da historia como um todo, já desenhada na ‘’praestabilita harmonia’’ de Leibniz, com toda veracidade, torna-se determinante, com Hegel.

Em C, O determinismo universal se compõe apenas das versões da teologia universal, afirmando que cada evento histórico é absolutamente determinado pelo precedente e assim por diante. Os teóricos colocam um ponto virtual no passado remoto como um período privilegiado em que se detona a cadeia de determinismo. De Rousseau a Freud, esse ponto coincide com o ato simbólico que produziu a civilização.

Na D, logica interna, o desenvolvimento histórico é a mais conquistado. A História é criada por correntes culturais, repetindo os mesmos padrões desenvolvimentistas, a História e entendida como história da vida da humanidade, com base no ‘’paralelismo’’ entre a filogênese e a ontogênese. Para Vico, os povos passam pelos mesmos momentos que os indivíduos, para Habernas a lógica interna do desenvolvimento cognitivo da criança serve como uma relação para a auto compreensão da racionalidade comunicativa por meio da historia humana. Marx argumentava as suas teorias do progresso histórico apontando que os seres humanos só podem desenvolver os elementos constitutivos da essência humana, daí o progresso constituir no desenvolvimento desta.

A teoria da logica interna também é formulada em modo condicional: se a historia avança seu progresso ha de ser um segmento à logica interna do desenvolvimento. Tais culturas são raciocinadas como estagnadas, regressivas ou atípicas. Em tal teoria, o Futuro é obviamente percebido como um final necessário desta logica mesmo em sua mais fraca formulação. Mesmo que os filósofos da historia resistam à teleologia, não conseguem evita-la. Estabelecendo um presente e um futuro como resultado do passado, as teorias trem um caráter essencialmente teleológico, assim, é necessário que o resultado estivesse lá no princípio. Por um lado a história é entendida como um desfecho de ações, resultado das vontades humanas, por outro é como um desenvolvimento do plano universal.

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