COMPONENTE CURRICULAR: TÓPICO TEÓRICO E METODOLÓGICO EM HISTÓRIA

UEPB- UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA

CENTRO DE EDUCAÇÃO- CEDUC I

DH- DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA

CURSO: HISTÓRIA

COMPONENTE CURRICULAR: TOPICO TEORICO E METODOLOGICO EM HISTÓRIA

DOCENTE: ROBERTO MUNIZ

DISCENTE: EDGAR MARTINS GUERRA NETO

MATRICULA: 131298828

FICHA DE LEITURA

CAMPINA GRANDE / 2014

        

Foucault e os domínios da linguagem: discurso, poder, subjetividade / Vanice Sargentini, Pedro Navarro Barbosa. – São Paulo: ed. Claraluz, 2004.

        O texto trata da relação entre história e discurso, que possuem varias variantes entre si impossibilitando assim afirmar que a analise do discurso é uma teoria homogenia, existem muitos documentos que mostram as diversidades nesse campo de pesquisa. Também como da emergência do sujeito com o arquivo. Façamos uma análise mais criteriosa de cada aspecto citado.

        A análise do discurso e a história é a relação entre a linguística e a historia, a linguística estava num patamar à cima da história, era considerada uma “ciência piloto”. Para Robin essa visão era errônea, ele dizia que a linguística deveria ensinar o historiador a ler o que havia escrito no texto, “O historiador não solicita mais um modelo à linguística. [...] O que ele solicita ao linguista é que o ensine a ler o que está no texto.” (ROBIN,1977,p.19). O que pode ser afirmado é que o dialogo entre historia e linguística não perdura quando se é levantada questões mais complexas que englobam o as condições sócio-históricas que estava sendo posta de lado, o texto deixa de ser só analisado por uma perspectiva estruturalista e passa as ser então questionado pela semântica, o que faz a história e a linguista alcançarem outro nível.

        A descontinuidade da História, Foucault demostrava muita oposição à continuidade da história, ele questionava na história quais encadeamentos e sequencias eram necessárias para que houvesse uma continuidade. Esse pensamento de Foucault sobre a questão da descontinuidade se mistura com outra linha de pensamento de visão da história, a escola de Annales. Fundada em 1929 por Lucien Febvre e Marc Bloch Annales chega com intuito de acabar com aquela forma de história positivista, surge como uma nova proposta no meio científico, contrariando a história política tradicional e abrindo espaços para a história social e econômica. Braudel na terceira geração lança o pensamento de que “a história é o homem e o resto. Tudo é história, a terra o clima, o movimentos geológicos” (BRAUDEL, magazine lettéreire, entrevista, novembro de 1984, p.22). Que foi denominada como “historia em migalhas”, nasce assim uma nova história que ira levar em consideração questões culturais, que levam o historiador a observar as relações de poder.

         O estudo do discurso está difundida na escrita da história, já que ambos utilizam as praticas discursivas como objeto de estudo, contudo para sustentar tal perspectiva estudo é preciso recolher, organizar o material a ser analisado sobre um novo enfoque. Que se refere à visão foucaultiana de arquivo, que em suma traz contribuições para o estudo da analise do discurso.

        Uma das primeiras análises feitas por Foucault sobre a construção e função dos arquivos e documentos foi no livro Arqueologia do Saber, publicado originalmente em 1969. Destaca-se, nesse trabalho, uma parte onde o autor dedica-se ao estudo da utilização e propriedade do arquivo, segundo sua visão teórica e a partir de metodologias de pesquisa utilizadas em obras anteriores. Nesse trabalho, Foucault para chegar às definições sobre o arquivo, apresenta uma construção que inicialmente baseia-se na construção do signo e da palavra e a partir dessa análise gradativa, vai identificando as funções, construções e utilizações do arquivo e do documento de arquivo.