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Fichamento do artigo PINTO, João Alberto da Costa. “A origem e o sentido político do projeto História Nova do Brasil (1963-1965)

Por:   •  19/3/2019  •  Trabalho acadêmico  •  673 Palavras (3 Páginas)  •  217 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS.

Aline Bueno da Silva

Resumo.

Historiografia Brasileira – João Alberto.

PINTO, João Alberto da Costa. “A origem e o sentido político do projeto História Nova do Brasil (1963-1965) in: CUNHA, Paulo R., CABRAL, Fátima., (orgs). Nelson Werneck Sodré: entre o sabre e a pena – 2° ed. – São Paulo: Editora Unesp, 2011.

     O autor introduz o texto falando sobre o protagonismo de um professor do ISEB (Instituto Superior de Estudos Brasileiros), Nelson Werneck Sodré, ao longo do projeto de História Nova do Brasil, no Rio de Janeiro. Este tinha como objetivo principal a produção de livros didáticos de história para o ensino médio iniciando em 1963 até 1964, quando os trabalhos foram encerrados, uma vez que os livros produzidos trouxeram grandes desconfortos para o governo militar em 1964, e os participantes do projetos foram todos exilados ou presos, além de terem seus nomes difamados por alguns jornais importantes e suas produções apreendidas.

      Dessa forma, Pinto faz sua crítica acerca da pouca historiografia existente desse episódio importante da ditadura, sugerindo a seguir uma rápida intervenção para elucidar “as razões e as práticas envidadas pelo grupo...” que compunham a proposta de reforma dos livros de ensino histórico. [PINTO, 2011, p. 344]. Para isso, o autor, reconstrói os laços “interinstitucionais” do projeto História Nova do Brasil com diversas instituições de cunho educativo em várias instâncias, como a FNFi (Faculdade Nacional de Filosofia), onde segundo ele, no Centro de Estudos de História se desenvolveu as principais problematizações que se faziam necessárias para as obras do projeto.  E o próprio ISEB que se transformou no intuito de organizar e atuar na ““revolução nacional brasileira”” [PINTO, 2011, p. 346]. Esta última demonstra ser também muito importante, pois terá detalhamentos de suas fundamentações e sua estrutura, principalmente pelo fato de ter contado com Sodré em sua trajetória.

         A seguir o autor descreve a conjuntura do espaço de ensino, tanto médio quanto superior, apresentando o cunho pedagógico positivista-nacionalista no Ensino de História na década de 1930, essa ideologia passa a ser fortemente criticada por grupos de intelectuais, situação que ele expõe da seguinte forma: “Nesse contexto de luta por um ensino renovado é que se gestou e se organizou a necessidade estrutural de um projeto de reformas como as que haveriam de sugerir o projeto da História Nova.” [PINTO, 2011, p. 348]. Neste grupo de intelectuais é claro, se encontrava Sodré e mais tarde seus convidados que chamaram a atenção do mesmo, todos do Centro de Estudos Históricos e do Boletim de História da FNFi. A faculdade por sua vez era palco principal da mobilização acerca da reforma dos livros didáticos e também contra os professores catedráticos, em sua maioria com posicionamento positivista, que se encontravam em constantes conflitos com estudantes e jovens professores mobilizados em conjunto a favor das novas perspectivas do Ensino de História. Assim, o autor justifica a repercussão em cima do projeto que marcou a reputação do ISEB e brutalizou a perseguição de todos envolvidos.  

         Para concluir, Pinto evoca sua tese de que não se deve direcionar a produção principal do projeto apenas a Nelson Werneck Sodré e ao ISEB, mesmo que Sodré tenha sido essencial ao trabalho por conta de suas obras, sem a mobilização estudantil e de alguns professores movidas dentro da FNFi não aconteceria na escala ocorrida. Para enfatizar essa questão ele abre uma discussão sobre um autor não diretamente relacionado ao projeto História Nova, Francisco Calazans Falcon e afirma que ele não deve ser excluído do grupo, pois foi um importante colaborar. E por fim, monta um panorama conciso das propostas gerais do projeto que consiste basicamente em: “...fazer do povo brasileiro o principal personagem da evolução histórica da nação, e essa por sua vez, deveria ser explicada na inserção dos fatores de interesse mundial, para se compreender, assim a evolução subordinada, dependente, da História do Brasil.” [PINTO, 2011, p. 357]

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