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História e Memória uma Relação na Confluência Entre Espaço e Tempo

Por:   •  11/9/2018  •  Resenha  •  739 Palavras (3 Páginas)  •  515 Visualizações

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Universidade Veiga de Almeida.

Professora: Rogéria Olimpio Dos Santos.

Aluno(a): Ariana Maria Meira Bastos.

Historiografia Geral e Brasileira.

O autor por meio desse trabalho vem esclarecer as relações entre memória e história atentando para a interação entre espaço e tempo, tem como objetivo traçar uma opinião a partir das discussões historiográficas feitas acima desse assunto. Ele usa em seu texto vários questionamentos propostos por outros autores.

Logo no começo do texto ele usa uma frase de Leroi-Gourhan “O tríplice problema do tempo, do espaço e do tempo constitui a matéria memorável”, Leroi se referia as grandes civilizações na antiguidade e o uso da memória nelas.

Na verdade, desde que recoloquemos as expressões “tempo” e “espaço” em uma perspectiva já contemporânea, pode-se dizer que ainda teremos nesta tríplice relação entre “espaço”, “tempo” e “homem” o ponto nodal não apenas do “memorável contemporâneo”, mas também da hoje imprescindível reflexão sobre a Memória Coletiva e suas relações com a História.” (Pg. 36)

Na citação acima José busca explicar o significado de tais palavras na contemporâniedade, dizendo que não só a memória das novas gerações importavam, e sim, que as memórias pertencentes a gerações passadas ajudavam a reconstituir a historia.

Em um trabalho mais recente, no qual se propõe a refletir sobre “Memória Coletiva e Memória Histórica”, Maurice Halbwachs discute ainda a possibilidade de se considerar outro par conceitual, que opõe a “memória autobiográfica” à “memória histórica” (p.2006, p.73).” (p.36)

A memória autobiografica nada mais seria do que a memória pertencente a uma pessoa em questão, que, por ter vivenciado fatos históricos tem sua versão de tal acontecimento que pode vir a divergir da memória história, que, em na maioria das vezes é constituída por documentos, etc.

“Trataremos aqui de uma relação ambígua, complexa, mutuamente enriquecedora para cada um dos dois pólos – a História e a memória. Desde já, será oportuno atentar para o fato de que, se Memória e História são coisas distintas e geram espaços de saber diferenciados, tal como já propunham autores como Maurice Halbwachs, em meados do século XX. Na última década, tem sido particularmente enfatizada a diversidade de riquezas que pode ser trazida pela interpenetração entre as duas instâncias. Paul Ricoeur, em La mémoire, l'histoire et l'oubli (2000), chamará atenção para os benefícios da busca de uma "política da justa memória", o que inclui as possibilidades de uma memória "esclarecida pela historiografia" e a de uma historiografia profissional passível de "reanimar uma memória declinante". (p.36)

Nesse parágrafo o autor explica a necessidade de haver um certo cuidado em relatar fatos, pois algum dos lados pode se sentir ofendido de acordo com a versão que será contada.

O uso de relatos orais para a construção de uma reflexão associável à História remonta a tempos bastante recuados. No século XVI, Bernardino de Sahagún, munido da pretensão de entender os povos nativos conquistados pelos espanhóis, resolveu entrevistá-los e registrar seus depoimentos sobre a Conquista da América. Naturalmente que, hoje, à luz do desenvolvimento da História Oral, surge uma reflexão sobre até que ponto o entrevistador não estrutura ou motiva as respostas dos entrevistados em uma determinada direção. Há problemas diversos recorrentes na passagem do registro oral para o registro escrito, na passagem de uma língua a outra, na própria difusão de elementos que pode se dar através de uma determinada maneira de o entrevistador fazer uma pergunta, escolher uma pergunta, impõe determinadas condições ao desenvolvimento da entrevista. É interessante notar também variou no tempo que a opinião dos historiadores sobre as possibilidades de utilização pela História de fontes orais. No século XVI, como vimos com Bernardino de Sahagún, esse caminho estava aberto aos historiadores e cronistas renascentistas. No século XVIII, declina um pouco a credibilidade historiográfica nos registros orais, sob o peso do padrão de cientificidade e ideais de objetividade almejados pelo Iluminismo. A memória individual, tida como espaço aberto às subjetividades, é colocada sob suspeição por uma ciência que pretende alcançar a verdade e a objetividade. Da mesma maneira, a Memória, por se abrir a particularismos, também compromete o padrão científico do Iluminismo, que buscava a universalidade.” (pg.60)

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