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O PRINCIPE

Por:   •  9/5/2019  •  Resenha  •  2.184 Palavras (9 Páginas)  •  97 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL

CAMPOS DO PANTANAL

CURSO DE HISTÓRIA

RUTINÉIA LOPES

RESENHA DA OBRA O PRÍNCIPE

CORUMBÁ

2017

RUTINÉIA LOPES

UMA VISÃO DE CONDUTA QUE TODO PRÍNCIPE DEVERIA TER

 Resenha apresentada a Prof. Dr Marco Aurélio

                                       Responsável pela disciplina: História Moderna I

                                       Curso de Graduação História do Campus do Pantanal da

                                       Universidade                          CPAN/UFMS.

Corumbá

2017

UMA VISÃO NA CONDUTA QUE TODO PRÍNCIPE DEVERIA TER

Rutinéia Lopes[1]

Um governante que oprime seus súditos, com maldade, e olha o mundo através das frestas de seu castelo forte, e tem domínio de todos que estão a sua volta, que se apodera das realizações de homens honrado, que gasta seu sustento em planos cívico, como enormes igrejas, majestosas edificações, que tomam decisões que aparentam o bem estar de todos os súditos. Acaba por transformar o Estado em um equipamento de lucro para si e para seus amigos. Não teme em arrançar os bens do homem rico ou a dignidade de moças castas.

Essa é a representação do príncipe que vive só, é falso e mal com quem entra no seu caminho ou ameaça o seu governo.

A obra O Príncipe de Nicolau Maquiavel mostra como deve ser a conduta de um governante diante de uma sociedade, como deve ser a organização social, nos mostra com uma grande variedade de argumentos as regras comportamentais, explicações que abrange uma série de ensinamentos.

Maquiavel interpreta as cenas de sua experiência pessoal, tira de sua vivência ensinamentos que ultrapassam o tempo e o espaço. O grande talento do autor contribuiu para o sucesso de sua obra. O livro traz grandes temas como as transformações de um determinado tempo e o rompimento dos valores. O príncipe surge num momento de mudança que era a passagem do século XV para o século XVI, tempo em que a Idade Média fortalecia e organizava sua estrutura governamental. Maquiavel não vinha de uma família rica, não tinha talento político, não tinha auxilio material para chegar ao poder, o que ele tinha era ousadia de romper com os valores.

Para a sua época ele foi considerado um renovador que rompia com os padrões de seu tempo. Ele não via no homem a vocação de se fazer o bem, era dotado de impulsos egoísta, o que os motivavam era a ambição, a inveja, o interesse próprio e grande vontade de dominar o outro. No conceito dele se um príncipe age com bondade ele só tem a ganhar.

Por impulso os homens eram inimigos uns dos outros, para Maquiavel sem alguma coisa que domestique o que governará é a guerra e a negação de autoridade. E a política vem para organizar a cidade para que o impulso de destruir não predomine. Dessa forma dominar se torna um bem para quem detém o poder político e sabe comandar. Pessoas sem essas capacidades para governar o que terá são guerras.

Ao analisar a vida política, Maquiavel olha como ela é e não como ela deveria ser. A obra de Maquiavel só foi reconhecida depois de morto, mesmo assim ele influenciou muitos reis, muito cardeais com seus conselhos político. Em cada capítulo de seu livro ele se dirige a um determinado governante ou um conselho que os reis ou príncipe deveriam seguir para se tornar um bom governante.

Só havia uma explicação para a política na visão dele, o mundo era movido pela ambição, as forças e as fraquezas humanas e isso movimentava a vida política. O mundo poderia girar e sempre só haveria dois tipos de pessoas as que mandam e as que obedecem.

Para Maquiavel os esforços de um príncipe não tem medida, mesmo que para isso ele use de crueldade e fraude, ele faz de tudo para manter a conduta reta da população. Esse guia de conduta traz como tema central que para continuar e conservar no poder, o líder deve estar preparado para desconsiderar toda boa moral e recorrer muitas vezes à força, o país para Maquiavel deve ser militarmente forte e a confiança desse exército deve estar depositada nos habitantes de seu país, pois depender de estranhos era arriscado e perigoso, tornando-os fracotes e frágil, devendo assim buscar apoio na sua população.

O autor explica que ao apropriar-se de um território o governante tem que ser cruel de uma só vez, para não ter que todos os dias voltar nelas, os bens deve ser devagar para ser bem estimado. E também para ter um bom resultado é preciso ter auxiliares que sejam de confiança, que tenham competência e sejam fiéis.

A grande polêmica do livro O Príncipe é a questão “é preferível que um líder seja amado ou temido?”, a resposta é deve ser temido e amado, entretanto a preferência é que seja temida, a explicação é que amor é inconstante e as pessoas se apegam naturalmente aos seus próprios interesses e com isso podem ser traidores e infiéis, já o medo da punição é um sentimento que não tem substituição e nem pode ser ignorado.

É abordado também que uma pessoa que governa deve usar de mentiras e também de engano, difamar e não cumprir suas promessas se essas lhe trouxerem consequências desfavorável a sua e ao seu interesse, poderiam ser dissimulado quando fosse preciso e ter atenção quanto a promessa de outros pois o mesmo poderia estar mentindo.

Na obra o autor discorre sobre acontecimento que houve ao longo do tempo e faz um comparativo ao seu tempo. O Príncipe foi uma obra encomendado pelo cardeal Giulio de Médice, mas foi dado ao príncipe Lorenzo de Médice como presente, onde havia seus pensamentos e suas reflexões, a sociedade também era analisada de uma maneira fria e egoísta e não se media esforço para conseguir e se conservar no poder.

A obra esta dividida em 26 capítulos que são distribuídos em cinco partes: do capítulo I ao XI são analisados os diferentes tipos de principados e os meios de se obter e manter os mesmos. Nestes primeiros capítulos vemos vários exemplos, o valor de se ter um exército, o controle completo de todo território e a sua permanência, a necessidade de matar o inimigo do país reprimido, como trabalhar em cima das leis já existentes antes da sua chegada, a permissão de violência e de impiedade, para se obter resultados convincente.

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