TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

O processo de construção da cidadania científica da Antropologia e suas implicações para a pesquisa científica moderna

Seminário: O processo de construção da cidadania científica da Antropologia e suas implicações para a pesquisa científica moderna. Pesquise 859.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  5/8/2014  •  Seminário  •  1.336 Palavras (6 Páginas)  •  367 Visualizações

Página 1 de 6

Objetivos de aprendizagem

Compreender o conceito da ciência da Antropologia evidenciando experiências históricas etnocêntricas e pluralistas no encontro com o diferente cultural.

Entender o processo de construção da cidadania científica da Antropologia e suas consequências para o hoje da pesquisa acadêmica.

Distinguir as escolas, seus fundadores, os métodos e algumas técnicas específicas da pesquisa antropológica úteis em cada campo de saber e atuação profissional.

Seções de estudo

Veja, a seguir, as seções que compõem esta unidade de aprendizagem.

Seção 1 - A ciência do ánthropos e seus campos de saberes: direito de todos os pesquisadores

Seção 2 - Busca histórica antiga: da Antiguidade à Idade Moderna

Seção 3 – Modernidade e etnocentrismo: consequências entre nós.

Para início de estudo

Nesta unidade, você viaja pelo rio da Antropologia e já fica de olho no afluente que nos interessa: a Antropologia Cultural. Vai conhecer o conceito de Antropologia desde o filológico e seus campos de atuação até o que essa ciência tem a ver com sua atividade acadêmico-profissional. Para remar no barco chamado ánthropos, escolhemos um porantin (remo em tupi-guarani) porque lembra os povos originários de cujo encontro temos aprendido muito sobre nossas identidades. Boas remadas, amigo/a.

Seção 1 - A ciência do ánthropos: direito de todos os pesquisadores

Você certamente já ouviu falar na palavra Antropologia. Está cada vez mais frequente na mídia, principalmente quando requer analistas de fenômenos culturais, fatos sociais e da natureza. É também sempre mais comum o pedido de laudos antropológicos profissionais exigidos para estudos de impacto ambiental, por exemplo. De fato, todo estudioso pode elucidar e opinar sobre aspectos humanos de acordo com o seu campo de saber.

Qualquer que seja o aspecto específico de análise sobre o humano ou em referência a ele, será denominado de antropológico; já vamos ver o porquê. Assim pode ocorrer com cada ciência quando trata do humano em seu objeto específico de estudo.

Temos, por isso, uma antropologia filosófica, uma antropologia teológica, mas também uma antropologia jurídica, política, econômica, ecológica e outras. Qual o olhar de cada uma destas ciências sobre o humano?

O mesmo se pode perguntar também sobre o humano de uma cultura diferente da nossa.

A propósito, já lhe perguntaram algum dia sobre a referência com o humano em seu campo de saber? E em relação ao humano de cultura diferente?

Recentemente, um aluno de ciências contábeis foi auxiliar uma comunidade mbyá-guarani na atualização da personalidade jurídica criada na aldeia.

Seguiram-se dois anos de troca de saberes. Neste período de visitação e observação, o acadêmico passou por vários estágios, até que descobriu naquele povo a existência de uma etno-matemática.

Fez, então, a experiência de estranhamento de que falaremos ao longo deste percurso: questionou o porquê havia apenas aprendido a matemática greco-romana e arábica. Jamais soubera da existência de uma etno-matemática guarani.

Não se conteve e discorreu em sua monografia sobre o “Contador pluralista: ensaio de contabilidade com os mbyá-guarani das aldeias Ka´akupé e kuri´y”. A banca lhe deu nota em guarani. Foi outra surpresa. Os docentes mostraram ao formando a importância de fortalecer este olhar antropológico-cultural de pesquisador pluralista de ciências contábeis.

Para consultar a monografia mencionada, visite o blog Revitalizando Culturas, indicado no Saiba Mais do espaço virtual de aprendizagem desta disciplina.

Filologia de ánthropos e homo.

Você pode perguntar o porquê de tantas antropologias. A resposta é simples: porque a própria palavra antropologia em sua raiz tem esta referência - o ser humano. Você pode aprofundar a importância deste foco, desta referência, buscando apoio da filologia.

A filologia é um termo do grego antigo Φιλολογία (filologia) composto pelo adjetivo φιλος (filos), amigo, e o verbo λογεϊν (loguein), λογος (logos), estudar, instruir-se, conhecer, palavra, discurso. É a ciência que estuda o sentido das palavras, de uma língua e sua literatura com amor, profundidade e radicalidade, pelas raízes da etimologia.

Alguns filósofos, como Leonardo Boff (2001), nos advertem que palavras como antropologia “estão grávidas de significados existenciais porque reúnem infindáveis experiências, positivas e negativas, de busca, de encontro, de certeza, de perplexidade e de mergulho no ser. Com os dados da filologia, podemos desentranhar sentidos das palavras com suas riquezas escondidas.” (BOFF, 2001, p. 83)

Rememos com o porantin numa viagem filológica a esta primeira palavra-chave de nossa ciência: a Antropologia Cultural. vem do grego Άντθρωπος (ánthropos), que significa humano. Deste termo podemos deduzir o que os antigos pensavam de si mesmos, dos seres humanos.

De fato, Άντθρωπος (ánthropos) é composto pelo prefixo Άν, que quer dizer todo aquele que (com ideia de desejo, possibilidade, que afirma ou interroga de maneira suave). A outra parte vem do verbo Τρέφω (tréfo), que significa crescer.

Portanto, os antigos davam o nome de ánthropos ao ser humano como um ser que cresce, que desenvolve, é bem nutrido, educado, tem força, e está

...

Baixar como (para membros premium)  txt (8.9 Kb)  
Continuar por mais 5 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com