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Resenha Crítica: A Era das Revoluções -

Por:   •  1/12/2019  •  Resenha  •  670 Palavras (3 Páginas)  •  449 Visualizações

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Seminário Diocesano Nossa Senhora do Patrocínio

Disciplina: História Geral e do Brasil

Docente: Maria Julia da Cruz

Discente: Lucas Emanuel Souza Melo

Resenha Crítica: A Era das Revoluções - Eric Hobsbawm. Capítulo 2 – A Revolução Industrial

O autor começa o capítulo discorrendo sobre o próprio nome “Revolução Industrial”, e apresentando o impacto particularmente tardio que teve sobre a Europa. A “Revolução” já acontecia na Inglaterra antes da cunhagem do termo em si. Segundo a grande maioria dos historiadores, o “start” para a Revolução se deu em torno da década de 1780, embora não se possa dizer que a mesma esteja completa, porquanto ainda caminha.

O avanço britânico não está relacionado à superioridade tecnológica e científica, levando em consideração que os franceses já estavam em um processo melhor consolidado de avanço nesse sentido com a produção melhores navios e o famoso tear francês, o mais completo até então. Para além disso, outras nações, tais como a Alemanha e a Rússia, já se apresentavam como economias em potência, e surgiam também polos de educação mais técnica em diversas áreas, o que fomentava também a ciência.

O que identifica a Grã-Bretanha como berço da Revolução Industrial é o seguinte: a monarquia absolutista já não era mais o regime comum e corrente; o desenvolvimento econômico, baseado em atividades de lucratividade era a preocupação central do governo; as atividades agrícolas já estavam voltadas para o comércio; as manufaturas também se alastravam pelo território. Além disso, a Grã-Bretanha já apresentava uma indústria ajustada à ideia de revolução industrial pioneira, podendo se lançar à indústria algodoeira e à expansão colonial.

O autor continua discorrendo sobre o comércio colonial, fator criador da indústria algodoeira e principal espaço disseminador e alimentador. As plantações das Índias Ocidentais forneciam os montantes de algodão para a indústria britânica e, de modo análogo, os agricultores compravam tecidos de algodão grande quantidade. Entre 1750 e 1769, a exportação britânica de tecidos de algodão aumentou mais de dez vezes. Em torno de 1840, a Europa adquiriu 200 milhões de jardas de tecidos de algodão, enquanto as áreas “subdesenvolvidas” adquiriram 529 milhões; com destaque para a América Latina – já separada de Portugal e Espanha – e as Índias Orientais.

Em resumo, o algodão dava possibilidades gigantescas para fomentar os empresários privados a se lançarem na ideia da revolução. O autor ainda fala do sistema “doméstico”, principal forma de expansão da cultura algodoeira, no qual se trabalhava a matéria-prima nas casas, recebendo-a e entregando-a aos mercadores que estavam a caminho de se tornar patrões.

Prosseguindo, em 1830, a “indústria” e a “fábrica” no sentido moderno ainda significavam quase que exclusivamente as áreas algodoeiras do Reino Unido. Se as culturas de algodão produziam, a economia alavancava, do contrário, a economia despencava.

O crescimento da indústria algodoeira, por outro lado, acabou ocasionando, entre 1830 e 1840, uma grande desaceleração no crescimento e uma queda da renda nacional britânica nesse período, o que gerou descontentamento na população. Houve muitas crises econômicas na época, que são destacadas no texto.

Outra atividade se tornou muito forte para a economia inglesa no período: a mineração, onde a Inglaterra era responsável por praticamente 90% da produção mundial. Com isso, houve um grande estímulo à construção de ferrovias, que se provaram muito viáveis na década de 1820, e na década de 1840, se consolidaram como fator extremamente importante para o desenvolvimento econômico inglês.

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