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Resenha Entre Continuidades e Rupturas

Por:   •  11/11/2018  •  Resenha  •  797 Palavras (4 Páginas)  •  982 Visualizações

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Entre continuidades e rupturas: uma investigação sobre o ensino e aprendizagem da História na transição do quinto para o sexto ano do Ensino Fundamental.” Educ. rev., Dez 2011, no.42, p.127-139. ISSN 0104-4060

O artigo “Entre continuidades e rupturas: uma investigação sobre o ensino e aprendizagem da História na transição do quinto para o sexto ano do Ensino Fundamental” de autoria da professora Doutora Marlene Rosa Carnelli aborda uma preocupante realidade no que tange o ensino da disciplina de História entre a 4ª série (5º ano) e 5ª série (6º ano) do ensino fundamental no estado do Paraná. O estudo realizado pela autora foca na transição desse período, uma vez que para os paranaenses, essa também é uma mudança do ensino publico municipal para o estadual. O objetivo do artigo foi descobrir como essa mudança afeta o ensino da História, quais as consequências dessa ruptura na vida escolar das crianças e a desarticulação entre essas duas estruturas distintas.

Segundo a autora, no estado do Paraná o processo de municipalização das séries iniciais do ensino fundamental começou a acontecer na década de 1950 e culminou por volta de 50 anos mais tarde. Durante esse processo não foi pensado numa forma de articulação entre o município e o estado. Essa realidade mostrou-se nas entrevistas realizadas, onde percebeu-se que trabalhos de parceria e continuidade do ensino praticamente não existem. Diante dessa situação o aluno transita entre dois sistemas diferentes sem nenhuma preparação, o que reflete nas estatísticas do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas, INEP, que mostra uma grande distorção na continuidade do ensino, além de um grande percentual de desistências.

Além da falta de preparo para essa transição, os alunos eram levados a acreditar que esse processo teria efeitos totalmente negativos na formação deles, visto que os professores com um grande numero de alunos para atender não lembraria sequer o nome do novo aluno ingressado nessa nova fase escolar.

Carnelli relata que embora todas as pesquisas realizadas com alunos durante esse processo de transição, indicassem que nas séries iniciais as aulas de história eram mais demoradas e mais instigantes, elas não passavam de uma transmissão positivista de fatos históricos já que a formação profissional dos educadores não tem contato direto com a História ciência, visto sua formação em Letras e Pedagogia.

Outra pesquisa feita com professores do 6º ano, formados em História, constatou que as suas aulas se baseiam no livro didático, seja de maneira direta ou indiretamente. O livro didático é responsável pelo ritmo da aula, exercícios e conhecimento a ser ensinado. Os professores que participaram da pesquisa  poucas vezes utilizam o recurso da lousa para anotações extras, os alunos fazem suas leituras individuais e em seguida o professor organiza as informações do livro na lousa, através de tópicos do próprio texto, faz perguntas sobre o que foi lido, discutindo e acrescentando informações ou reformulando as ideias de alunos que tiveram um entendimento parcial do texto lido. A estrutura da aula toda se baseia no livro didático, o professor determina o conteúdo que os alunos irão reter determinando os textos que serão objeto de discussão posterior. As atividades desenvolvidas são as descritas no livro didático ou que utilizam o mesmo para consulta.

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