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Resenha Magnani

Artigo: Resenha Magnani. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  12/3/2015  •  962 Palavras (4 Páginas)  •  1.526 Visualizações

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RESENHA DO TEXTO:

“A ANTROPOLOGIA URBANA E OS DESAFIOS DA METRÓPOLE”

JOSÉ MAGNANI

ANDRÉ LEOPOLDO DA SILVA FILHO

1º ANO DE HISTÓRIA/NOTURNO

O texto analisa a situação da disciplina antropologia urbana no campo das ciências sociais e sua contribuição para o estudo e a compreensão do fenômeno urbano, principalmente no caso das grandes metrópoles contemporâneas. O eixo da argumentação é o de que, para realizar essa tarefa, a antropologia urbana tem à sua disposição o método etnográfico, porém o desafio é aplicar essa abordagem sem cair na "tentação da aldeia", isto é, a de buscar na heterogênea realidade das grandes cidades as condições da aldeia - pequenos grupos, contextos limitados - supostamente identificadas com o enfoque etnográfico. Vários exemplos de pesquisas recentes sobre a cidade de São Paulo, realizados no Núcleo de Antropologia Urbana (NAU) e no Departamento de Antropologia da USP são apresentados para mostrar as potencialidades da aplicação de conceitos, técnicas e métodos desenvolvidos na antropologia e, em particular, na antropologia urbana, para o estudo de formas de sociabilidade e práticas culturais na escala da metrópole.

Quando se considera o trabalho de um antropólogo voltado para as questões urbanas, segundo Magnani, há um certo preconceito por parte da própria antropologia. E o ponto de partida dessa visão é que a antropologia, em sua forma clássica, praticada no contexto das sociedades não ocidentais, desenvolveu uma reflexão própria a respeito de temas específicos como parentesco, mitologia, xamanismo, rituais que conformam um campo de reflexão reconhecido e legítimo no interior das ciências sociais. O autor questiona onde a antropologia urbana pode entrar no cenário geral da antropologia, questionando também se o estudo das sociedades e da cultura ocidental não caberia a outros ramos das ciências sociais. José Magnani coloca que a antropologia urbana, apesar de muitas vezes ser pensada como um desenvolvimento tardio da antropologia, apresenta alguns antecedentes que foram até contemporâneos àqueles da antropologia clássica voltada para os chamados povos primitivos.

Porém, em todo estereótipo, há certamente um perigo a identificar. Ao tomar como objeto do seu estudo as sociedades chamadas complexas, a antropologia urbana não deixa de ser antropologia, devendo manter-se fiel ao patrimônio teórico e metodológico da disciplina, ao mesmo tempo em que é obrigada a trabalhar com outro tipo de recorte. A problematização da antropologia urbana é o de tentar usar as condições chamadas clássicas da pesquisa antropológica tradicional, no estudo social e do desenvolvimento dos centros urbanos. Cabe notar que, se tais condições já não se aplicam nem mesmo nas próprias pesquisas da etnologia indígena, continuam presentes, no imaginário, como as características ideais da abordagem etnográfica.

Magnani propõe a hipótese de que a antropologia tem uma contribuição específica para a compreensão do fenômeno urbano. Ele especifica a pesquisa da dinâmica cultural e das formas de sociabilidade nas grandes cidades contemporâneas e que, para cumprir esse objetivo, tem à sua disposição um legado teórico-metodológico que, não obstante as inúmeras releituras e revisões, constitui um repertório capaz de dotá-la dos instrumentos necessários para enfrentar novos objetos de estudo e questões mais atuais. O método etnográfico faz parte desse legado e um dos desafios é como aplicar essa abordagem à escala da metrópole sem cair na “tentação da aldeia”.

O autor aborda

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