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Texto Le Goff

Por:   •  1/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  761 Palavras (4 Páginas)  •  337 Visualizações

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O autor começa colocando que foi proposto para ela elaboração de uma obra que se trata da História Medieval, na qual ele se identificou bastante, pois seguia as ideias dos Annales, onde seria preciso recorrer à fontes que tivessem sido pouco exploradas e que interessavam a ele, como por exemplo as imagens ou as artes.

A civilização medieval ocidental – ressaltando a palavra civilização, como o próprio autor deixa claro que seja uma – é tida para ele como um corpo, concepção na qual eu concordo plenamente, mesmo correndo o risco de ter uma interpretação erronia, pois acho que um corpo é algo que apesar de ser autossustentável, depende de uma série de membros para ficar completo e assim forma-se e encanta-nos. Assim como a Idade Média, que é formada por vários fatores e características únicas, compreendendo em uma montagem de uma sociedade, ou melhor, de uma civilização que nos fascina até hoje.

Sabe-se que o pensar sobre a Idade Média, logo remete ao pensar sobre religião. E é para esse âmbito que caminha o texto, trazendo para nós primeiramente a questão da Criação do mundo por Deus, que era tema de debates entre os sábios da época, que faziam cálculos, hoje tidos como absurdos, por exemplo o de haver se passado até ali somente cerca de 4.000 a 5.000 anos. Percebe-se assim, um estabelecimento de uma cronologia que foi pautada numa leitura da Bíblia, que segundo o autor havia uma leitura crítica, pelo fato de não ficar na simples repetição, mas ao mesmo tempo seria uma leitura que tomasse os textos bíblicos como uma fonte “incontestável” dos fatos, desde a Criação com Adão e Eva até o Apocalipse com o fim dos tempos. Desse modo, para Le Goff, já teríamos ali, com o uso da Bíblia, uma tentativa de “fazer história”, mesmo que equivocadamente, podendo ter até antecipado alguns dos métodos modernos.

Em seguida, Le Goff entra em uma discussão da ligação entre homem, natureza e Deus, que em minha opinião é algo complexo, pois historicamente falando, a meu ver, ora esses aparecem juntos, ora separados, numa formação de um mundo que deveria ser centralizado nesse Ser que é supremo e que, apesar de não ser se quer visto concretamente, pode se fazer alimento para a sua própria criação. Mas para isso, para essa ligação entre homem e Deus, entre Criador e criatura, era (é) necessário, um tipo de intermediador, se é que posso chamar assim, a Igreja. E nesse ponto no texto faz com que o autor fale repetitivamente em hierarquia. Porém ele ressalta que essa é uma hierarquia que traz relações recíprocas, reforçando assim a reflexão que há pouco, onde Deus se encarna, o homem se diviniza.

Em meio a essas reflexões o texto se insere na discussão sobre purgatório, onde o Céu desce sobre a Terra, aonde o céu vem viver entre nós. Encaro esse discurso como um momento de contenção da Igreja sobre a questão de se impor sobre seus seguidores pelo medo que se inseria na época sobre a sociedade que vivia intensamente esse medo. Medo de cometer qualquer pecado e ir parar no inferno, ou até o medo, que em minha opinião é o pior, que é o de viver uma vida sob os dogmas da Igreja, mas por causa de um ato que fosse mal interpretado ir parar nas mãos da inquisição e assim sofrer sua punição ainda em vida.

Nesse contexto a Igreja aproxima mais as pessoas de Deus, que passa a ser um bom pai e não um castigador. A sociedade

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