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Uma Análise da Macroeconomia do “Antes” e do “Após” Crise de 1929 no Brasil.

Por:   •  6/11/2022  •  Artigo  •  1.026 Palavras (5 Páginas)  •  102 Visualizações

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Uma análise da Macroeconomia do “Antes” e do “Após” Crise de 1929 no Brasil.

Trata-se de artigo com base na análise da Crise do Café no Brasil que se inseriu no bojo da Crise Econômica de 1929 nos EUA, esta crise afetou gravemente as economias dos principais países capitalistas e, sobretudo, o Brasil.

No primeiro quartel do século XX, no Brasil, a política econômica estabelecida era a do Café com Leite (Primeira República), sendo o café o produto de exportação da elite econômica, destarte, a política cambial/fiscal eram as que norteavam a base econômica do crescimento nos governos. Nesta esteira, o Brasil era dependente da demanda de consumo dos EUA, ou seja, a produção/oferta do café dependia essencialmente do quanto essa procura existiria.

Durante o período mencionado, a balança cambial do Brasil, na maior parte das vezes estava em baixa e com a desvalorização da moeda aumentaria a aquisição do produto no mercado exterior.  Internamente, os governos já adotavam uma política fiscal para beneficiar os fazendeiros de café mesmo antes da Crise de 29 atingir o Brasil.

O intuito da política de valorização do café era de manter a rentabilidade do produto, tendo em vista o excedente que se produzia, a saber, a compra do excedente para armazenamento assim podendo manter uma constante dos preços no exterior, concessão de empréstimos aos cafeicultores e etc. Desta forma, adotando-se uma política fiscal e também monetária.

Neste cenário econômico, em um Brasil rural, com pouca diversidade de bens e serviços, mudança no sistema político brasileiro (Revolução de 1930), a Crise de 29 atingiu o País, no sentido de baixar vertiginosamente a procura do café, diante disso, mudou-se o cenário para crise econômica.

A partir deste novo quadro econômico de baixa acentuada nas exportações de café, estoques parados nos armazéns e queda na procura, resultou-se em deflação culminando em recessão.

A medida adotada pelo governo foi a de investir comprando as sacas paradas nos estoques dos cafeicultores e por seguinte queima-las para assim conseguir estabilizar a crise econômica, uma vez que esta não desapareceria tão cedo da respectiva conjuntura mundial e, indubitavelmente, mudaria a forma da política macroeconômica nas principais sociedades capitalista.

Ademais, as políticas macroeconômicas do “antes” e do “após” a Crise são bem distintas e ao mesmo tempo bem semelhantes, pois o intuito de ambas eram ainda beneficiarem os cafeicultores, pois no primeiro momento, ou seja, o “antes”, a politica macroeconômica tinha como meta a balança cambial para exportação do produto e internamente uma politica fiscal do Estado de protecionismo intervindo na economia do café (keynesianismo). Já, o “após”, verifica-se que o governo continuou com a política de proteção do café, porém em um cenário totalmente distinto, uma vez que se privilegia o mercado interno em detrimento do externo, pois com a baixa nas exportações, o governo comprou as sacas de café e não mais estocava para poder parcialmente vende-las ao exterior, pelo contrário, tomou-se uma medida radical no sentido de destruir o estoque para conseguir controlar o preço e, consequentemente, estabilizar a economia.

Portanto, cito o autor Peláez que sintetiza essa política nas palavras do Celso Furtado: “a política de proteção do café não passou, na realidade, de um autentico programa de expansão da renda nacional. O Brasil adotava na pratica uma politica anticíclica de envergadura muito mais ampla que a da que, nos países industrializados, não chegava sequer a ser sugerida... segue-se, claramente, que a recuperação da economia brasileira ocorria de 1933 em diante, não teve por causa nenhum fator externo.” (Furtado,1964.) .

A mudança, sobretudo na condução da política macroeconômica no pós Crise (desvalorização cambial e politica fiscal de ajuda ao setor cafeeiro), fatalmente influenciaria em um novo cenário econômico, em que engendrou a formação de uma indústria nacional, quase que obrigada a pari-la, uma vez que a importação de maquinário se encontrava com o preço muito alto e fazendo com que houvesse uma política fiscal de incentivo a industrialização nacional.

O drama que se vivia no Brasil acarretado pela Grande Depressão, aparentemente, pelo menos em parte, foi encontrado uma solução como explicada, contudo a política fiscal de proteção do café não teve o mesmo efeito ensejado do “antes”, pois a demanda externa não era a mesma e, com isso, inicia-se a industrialização do Brasil privilegiando o mercado interno em desfavor do externo.

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